sexta-feira, junho 24, 2022

Avalistas da ARCOR «festejaram» a liquidação do empréstimo bancário !

O Centro Social da ARCOR foi avalizado por 17 óisdaribeirenses de coragem
e grande confiança no futuro da instituição! Alguns «fugiram»!

Grupo de 12 dos 17 avalistas do empréstimo bancário da ARCOR: Armando
Reis, José Maria Gomes, Manuel Almeida (Capitão), Armando Ferreira (já 
falecido), Diamantino Correia, Fernando Pires e Porfírio Pires (de pé), Maria
Madalena Neves, Celestino Viegas, Agostinho Tavares (falecido), Fernando
Reis (falecido) e Milton Gomez

A ARCOR tem nova direção, presidida por Eva Santos e com enormes e delicados desafios pela frente - desde logo começando pela requalificação do centro social.
Tarefa que implicará pesados investimentos e para a qual a instituição assumiu financiamento bancário de 200 000 euros, já em Agosto de 2021, na direcção do dr. Estima Reis (Zeca) mas que incluía os 4 «adões» da presidente Eva: António Brinco, Steven Pires, Rio Fernandes e Maria de Fátima Melo.
O que não é coisa pouca, não é..., mas não deve assustar ninguém.
Os desafios são para se ganhar.
E ao que e porque hoje vimos aqui?
Pois, por coisa simples e ao mesmo histórica: hoje se fazem 16 anos sobre o dia em que um grupo de 12 dos 17 avalistas da operação bancária que financiou a construção do centro social festejaram a sua liquidação. A liquidação da dívida.
A 24 de Junho de 2006, um sábado.
Quando a Segurança Social liquidou dívida de alguns anos de atraso: nada mais ada menos que 201 600 euros. Seriam 238 661,04 euros nos dias de hoje e segundo o conversor da PORDATA.
Os presidentes Fernando Pires (da Junta) e Celestino
Viegas (da ARCOR), D. António Marcelino e Arlindo
Reis (tesoureiro da ARCOR), a 20 de Fevereiro de 2002).
Dois meses antes do empréstimo e quando o Bispo de
Aveiro considerou a obra «maior que a freguesia»


Obra maior que
a  freguesia !

As dificuldades financeiras desse tempo bem se podem imaginar pelas palavras de D. António Marcelino, o então Bispo de Aveiro sobre a grandiosidade da obra, considerando-a «maior que a freguesia».
Dificuldades que levaram a direção de Celestino Viegas a negociar um financiamento bancário, obtido no Crédito Agrícola de Águeda em finais de 2002, sob forma de conta caucionada e até ao limite de 400 000 euros. 
Seriam agora, segundo o conversor da PORDATA, qualquer coisa como 527.634,49 euros.
Os 200 000 que a ARCOR agora deve são qualquer coisa parecida com 38% daquele inimaginável valor de 2002.
Não são para assustar!!!
A operação de 2002 implicou necessários avales pessoais e a direcção presidida por Celestino Viegas, depois da aprovação do empréstimo na assembleia geral de 12 de Dezembro de 2002, convidou os óisdaribeirenses para tal disponíveis a assumir o título de dívida.
Alguns, furtivamente abandonaram a assembleia mas, com honra e sentido associativo, 17 arcorianos solidariamente assumiram a pesada responsabilidade.
Foram eles, já em Maio de 2003:
1 - Os 5 elementos da direção: presidente Celestino Viegas, o vice-presidente Dinis Alves, o tesoureiro Agostinho Tavares, a secretária Maria Madalena Neves, o vogal Milton Gomez e os suplentes António José Tavares, Porfírio Pires e Rui Fernandes.
2 - Os conselheiros fiscais Armando Ferreira, Armando Reis e Arlindo Reis.
3 - Os vogais Fernando Reis, Fernando Pires e Manuel Soares da assembleia geral.
4 - Os associados Diamantino Correia, José Maria Gomes e Manuel Almeida (Capitão).
A página do livro/revista

Obra concluída e Estado
a dever 201 836 euros !


A leitura do livro/revista «A minha História de uma Associação», do presidente dessa altura, nota que, concluído o centro social (e sede da Junta de Freguesia) em 2005, faltava ainda receber elevadas comparticipações do Estado Português.
Mais de 300 000 euros e já com o centro social a funcionar desde 2 de Setembro de 2004. E pago o terreno anexo - adquirido ao casal Cândida Tavares Ferreira e José Bernardino Estima Reis, o dr. Zeca, o presidente da ARCOR que faleceu a 29 de Dezembro de 2021, em exercício de funções.
A última e mais relevante foi recebida a 14 de Junho de 2006, no valor de, imagine-se..., de 201 836 euros. Qualquer coisa como 238 940,43 euros, a valores de hoje e segundo o mesmo conversor da PORDATA.
A conta caucionada no Crédito Agrícola de Águeda foi liquidada e os avalistas assinalaram o facto num almoço de convívio na ARCOR, que, por diferentes razões, não teve participação de Arlindo Reis, Manuel Soares, Rui Fernandes, Dinis Alves e António José Tavares.
Foi a 24 de Junho de 2006, há 16 anos.
A data é para o movimento associativo arcoriano não esquecer mas, isso sim, deixar em memória daqueles que por Óis da Ribeira alguma coisa fizeram - no caso, arriscando a sua segurança financeira, ao avalizar a elevada operação de financiamento.
O exemplo, hoje aqui recordado, nada mais pretende que incentivar os actuais dirigentes, encorajá-los para os tempos próximos - que serão mais de 8 anos de combate pelo futuro da ARCOR.

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