quinta-feira, julho 20, 2017

«Fados de Coimbra», disco de António Bernardino





Uma acidental navegação pelo youtube deu para «achar» uma belís-sima preciosidade ribeirense: a grande voz de António Ber-
nardino (o Berna) em disco. O disco «Fados de Coimbra», editado pela Alvorada e com temas como Um Fado de Coim-
António Bernar-
dino (o Berna
)
bra, Fado Alentejano, Asas Brancas e O Beijo. Uma delícia, para ouvir em rigoroso silêncio e meditação contemplativa!
O Berna foi oportunamente homenageado por Óis da Ribeira, que em 1996 atribuiu o seu nome à rua que vai da escola primária à da Pateira, depois de ser considerado Comendador da Ordem do Infante D. Henrique da República, condecoração atribuída pelo Presidente Mário Soares,tendo conta os «relevante serviços prestados à cultura» e entregue no dia 10 de Junho de 1995.Considerado uma das maiores vozes do fado de Coimbra, António Berna é filho de Aires Carvalho e Santos e Maria Pires, que moraram na Rua Manuel Tavares (Cabo), na casa que é hoje de sua família (viúva Eugénia e filha). Nasceu em 1942, este ano faria 75 anos, e começou cedo a cantar o fado de Coimbra, ainda estudante em Aveiro.
Interpretou os melhores autores do fado coimbrão, foi acompanhado pelos melhores músicos e teve os melhores mestres. Correu o  mundo a cantar.
Chegado à cidade do Mondego, Bernardino foi influenciado por José Afonso e Adriano Correia de Oliveira, tornando-se um dos mais destacados intérpretes da canção de Coimbra e, em particular, dos poemas de Manuel Alegre.
Gravou vários discos e actuou no estrangeiro como nenhum outro da sua geração coimbrã - 
 dos Estados Unidos à ex-URSS, da América Central à Tailândia, da América do Sul à Malásia, da África a Macau, entre outros. E foi acompanhado pelos grandes nomes: António Portugal, Octávio Sérgio, Nuno Guimarães, Eduardo e Ernesto Melo (guitarra), Rui Pato, Durval Moreirinhas e Jorge Moutinho (viola).

«Flores para Coimbra» foi o seu disco mais relevante, marcado pela poesia de Manuel Alegre e pela música de António Portugal, fica na história da canção de Coimbra.
Óis da Ribeira foi (é) a sua terra natal, onde nasceu a 20 de Agosto de 1941. E lá se encontra sepultado. Faleceu a 17 de Junho de 1996.
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