domingo, junho 06, 2021

* ANO 1890: 4 emigrantes para o Brasil! José Maria na GG, teatro de «Os Modestos» e campeãs Carina e Julieta!

Mausoléu de Manuel F.
Soares no Cemitério Velho

O Governo Civil de Aveiro emitiu, a 6 de Junho de 1890, há 131 anos, passaportes para 4 cidadãos de Óis da Ribeira que pretendiam e emigraram para o Brasil, à descoberta da «árvore das patacas».
Uns mais afortunados que outros, foram os seguintes:

1 - MANUEL FILIPE SOARES.
Casado e carpinteiro, de 29 anos, era filho de Manuel Pereira da Conceição e de Teresa Maria Soares de Freitas, todos de Óis da Ribeira. Media 1,66 metros e tinha marcas de bexigas no rosto, comprido, cabelos e sobrolhos pretos e olhos castanhos.
Emigrou para o Rio de Janeiro, no Brasil, e de tal forma lá fez fortuna que, em 1905 e regressado a Óis da Ribeira, construiu a casa apalaçada (foto) da Rua Benjamim Soares de Freitas, que há muitos anos foi foi comprada pela família José Resende/Ana Tavares e agora é do neto João Paulo Resende Gomes.
Era casado, desde 1 de Março de 1889, com Guilhermina Estima de Carvalho, de 23 anos, governanta de casa, natural de Espinhel e filha de Germano de Sousa, de Eixo, e de Josefa Maria Estima, de Oronhe (Espinhel).
Manuel M. Maurício e esposa

2 - MANUEL MARQUES MAURÍCIO.
Era filho de Delfina Marques, que era de Travassô. Tinha 35 anos e era carpinteiro. Casou com Maria Glória Martins Marques, que nasceu no Rio de Janeiro - o que terá motivado a sua emigração. Quando regressou, construiu uma casa apalaçada em Cabanões, depois vendida e demolida, e onde agora é a casa do industrial Manuel Rodrigues. Homem de posses, construiu capela de família no cemitério de Óis da Ribeira (ver foto).
Familiares contemporâneos foram, entre outros, as netas Auta Pires Marques, filha de Alberto Marques, que morou em Cabanões e casou com João Lopes Martins (ambos já falecidos) e, entre outros, Zulmira (já falecida e mãe de Óscar e Necon Miranda), que casou em Barrô e também, já faleceu. E o engº. Armando Roque, morador em Águeda, entre outros.
Passaportes de António 
Pires dos Santos, Manuel 
Marques Maurício e 
Manuel Tavares Pinheiro

3 - ANTÓNIO PIRES DOS SANTOS.
Solteiro e estudante, de 17 anos, era filho de Augusto Pires Soares da Maia e de Maria Luísa Marques dos Santos, todos de Óis da Ribeira.
Estudante, de rosto comprido e cabelo e sobrolhos pretos, tinha nariz regular, olhos castanhos e defeitos nas unhas de ambas as mãos. A 6 de Agosto do mesmo ano, o Governo Civil de Aveiro emitiu novo passaporte em seu nome, por razões que não apurámos. Apenas que emigrou para a cidade de Porto Alegre, capital do Estado de Rio Grande do Sul, no Brasil, e dele nada mais sabemos.

4 - MANUEL TAVARES PINHEIRO.
Alfaiate, de 23 anos, filho de José Ferreira Baeta e de Ana Maria Pinheiro dos Santos, todos de Óis da Ribeira. 
Casou aos 19 anos com Maria Teresa Soares, de 23, tecedeira e filha de Manuel Pereira da Conceição, de Cabanões, e de Teresa Soares de Freitas. Media 1,68 e tinha olhos, sobrolhos e cabelo castanhos, nariz regular e um pequeno sinal escuro no lado direito do queixo, para além de varizes na perna direita
Emigrou para o Rio de Janeiro, no Brasil, e era irmão de José Tavares Pinheiro, que foi casado com Eulália Soares e avô de Isaura (na França), José (já falecido)  Maria Esmeralda, João Manuel (Travassô) e Zulmiro Pinheiro. Outros descendentes familiares e contemporâneos, foram os sobrinhos-bisnetos e  irmãos Maria Dulce, Carmen e Arménio (já falecidos, este em Viana do Castelo) e José Valentim Pinheiro Estima e, também já falecidos, os irmãos Eugénio e Elísio (em Viana do Castelo) e Alexandre Pinheiro de Almeida (ÓdR). 

Outros tempos,
outros factos !
José Maria na 1ª. Grande Guerra Mundial, (ainda) o paredão de Óis da Ribeira, teatro «Os Modestos» em Valongo do Vouga, Julieta e Carna campeãs regionais de canoagem
Registo militar de José Maria
na 1ª Grande Guerra Mundial

1 - ANO 1895,
há 126 anos !
- JOSÉ MARIA SANTOS NA
1ª. GRANDE GUERRA MUNDIAL: O óisdaribeirense José Maria Soares dos Santos, combatente da 1ª. Grande Guerra Mundial, nasceu às 4 horas da manhã de 6 de Junho de 1895, há 125 anos.
Era filho de Bernardino Soares dos Santos e de Maria Rosa Ferreira Estima, ambos lavradores, e neto paterno de António Lopes dos Santos e Rosa Emília Soares e materno de José Francisco da Silva e de
Josefa Ferreira Estima.
Mobilizado pelo Regimento de Artilharia nº. 2, como soldado condutor (nº. 318), partiu para França a 20 de Janeiro de 1917, integrado na 2ª. Bateria do 1º. GBA. Foi promovido a 1º. cabo (ao tempo, denominado miliciano) a 7 de Outubro de 1917.
Era irmão, entre outros, de Manuel Soares dos Santos (Lopes) e, por via disso, tio-avô dos irmãos Milton, Margarida e Manuel Soares dos Reis e Santos (filhos de David Soares dos Santos). E também de Aires Soares dos Santos, por esta via também tio-avô de João Alfredo, já falecido, e de Maria Ascensão Ferreira Tavares (filhos de João Tavares dos Santos, já falecido e conhecido por João da Magna).
A notícia do paredão

2 - ANO 1935,
há 86 anos!
- O INÍCIO DA CONSTRUÇÃO DO
PAREDÃO DE ÓIS DA RIBEIRA: Ontem. falámos aqui do início das obras de construção do paredão do rio Águeda e mão amiga mandou-nos o link do extinto blogue «Óis da Ribeira», com mais dados sobre  as obras.
Assim, e citando-o, recordamos que se tratava de «uma das mais importantes obras públicas do século XX, se excetuarmos a ponte» e particularizava dados sobre os autarcas ´pois da ribeirenses desse tempo. Os seguintes: - ESTIMA. José Maria Estima, pai de Erminda, Olívia, Maria, Dinis, António e José. Avô do dr. José Bernardino (actual presidente da ARCOR) e irmã Erminda, as irmãs Maria Eugénia, Maria do Carmo e José Augusto (este, no Brasil), entre outros.
  - VIEGAS. Joaquim Maria Viegas, sem filhos, tio-avô das irmãs Benilde e Amália, dos irmão Celestino e Fernando (já falecidos), Maria Cesaltina, José Augusto, Angelina e Aldírio (moradores em Travassô), Leontina (Aveiro) e Armando (Luxemburgo) e Ana Maria (em Viana do Castelo) Maria Dulce e Celestino Viegas, entre outros. 
- REIS. José Simões dos Reis (Taipeiro), pai de Odete, Magna e Neca (já falecidos), José, Fausto e Odete e Magna. Avô de José Melo Ferreira (engº.), Luísa e Fausto, Maria Ascensão, Armando, Maria da Luz, Manuela e Fausto Albano (este, na Venezuela), entre outros. 
- REIS. Manuel Maria dos Reis, antigo regedor, tio de Élio e Walter (já falecidos), Graciete e Carmina, entre outros
Óscar Matos

2 - ANO 1936,
há 85 anos !
- TEATRO DE «OS MODESTOS» DE
ÓIS DA RIBEIRA EM VALONGODO: O grupo teatral «Os Modestos», de Óis da Ribeira, actuou em Valongo do Vouga a 6 de Junho de 1936, há 85 anos, representando «um bom drama» e uma «excelente opereta», para além de «um mimo musical religioso, a três vozes».
O drama denominava-se «O espectro do passado», considerado «muito moralizador e educativo, com lances arrebatadores» e acontecimento que, e isto reportamos do extinto blogue «Óis da Ribeira» (ver AQUI), «nada tinha a ver com aquilo que vulgarmente se observa nas revistas que se exibem nas cidades, onde o nudismo e a fina ironia de palavras maliciosas andam em moda».
O óisdaribeirense Óscar Pereira de Matos (foto), que tinha sido regente da Tuna Valonguense, interpretou «uma canção patriótica» e «três simpáticas meninas foram aplaudidas com delírio nas suas canções». Nascido a 11 de Novembro de 1909, e era filho de Jacinto Pereira de Matos, ferreiro, e de Ana Rosa dos Santos, governanta de casa. Músico e regente da Tuna de Óis da Ribeira, faleceu a 8 de Março de 1984, aos 74 anos.

Julieta Fernandes e
Carina Pereira (2004)

3 - ANO 2004,
há 17 anos!
- CARINA E JULIETA, DA ARCOR,
CAMPEÃS REGIONAS DE CANOAGEM: As canoístas Julieta Fernandes e Carina Pereira, atletas da ARCOR, sagraram-se campeãs distritais de velocidade a 6 de Junho de 2004, há precisamente 17 anos.
A prova era de K2 infantis, na distância de 100 metros, e decorreu em Coimbra, no rio Mondego, tendo as duas atletas, a nível individual e na mesma distância, sido, no mesmo dia e respectivamente, segunda e terceira classificadas.
A 5 de Maio anterior, vale a pena recordar, as duas atletas arcorianas tinham sido campeãs distritais de K2 Promessas, na prova comemorativa dos 25 anos da ARCOR e disputada nas águas da pateira de Óis da Ribeira, com organização da própria ARCOR, no âmbito do campeonato regional de cadetes e infantis da Associação de Canoagem de Aveiro. O que será feito delas?

1 comentário:

Anónimo disse...

Saudades destes velhos tempos 🥰🥰🥰