sexta-feira, junho 04, 2021

* ANO 1935: O paredão de Óis da Ribeira! E o afogamento de Silvério, carrinha da ARCOR, assaltos à escola e jardim-de-infância!

O paredão de Óis da Ribeira, entre a ponte e o limite com Requeixo

O paredão é hoje terra e lama. A pedra 
está enterrada nas promessas políticas


A construção do paredão do campo de Ois da Ribeira começou há 86 anos, sendo uma das mais importantes obras públicas do século XX. 
Agora, nos dias de hoje e com a cumplicidade dos eleitos locais, continuam por concretizar obras no valor de 161 882 euros contratualizados em Setembro de 2017!
O paredão foi idealizado para proteger o campo agrícola da vila, na bacia do rio Águeda, e o arrojado empreendimento teve forma de notícia em jornal, no tempo, com data de 4 de Junho de 1935 e que recolhemos do extinto blogue «Óis da Ribeira» (AQUI) e o facto é tanto ou mais relevante quanto o paredão ainda hoje, passados 86 anos, é o único ao longo de todo o rio Águeda - o que, de algum modo, releva e sublinha a influência política da geração óisdaribeirense desse tempo.
A Junta de Freguesia era presidida por João de Oliveira Matos (com os vogais Manuel Simões dos Reis e Sebastião Pires dos Reis), empossada a 14 de Abril desse ano (1935). Não custa, portanto, adivinhar que a magistratura de influência foi exercida principalmente nos mandatos anteriores - os dois mais próximos (ambos) presididos por José Maria Estima, com os vogais Joaquim Maria Viegas e José Simões dos Reis (de 28 de Novembro de 1928 a 11 de Março de 1934) e Joaquim Viegas e Manuel Maria dos Reis (11 de Março de 1934 a 14 de Abril de 1935).
A notícia avançava que o paredão iria dos Portalvares ao Remoínho, mas ficou-se pela área a juzante da ponte, na zona das Areias, Crastos e Pontepedrinhas. Quanto aos Portalvares, foi já obra dos anos 60 - 20 e tal anos depois. E quanto ao Remoínho, nem pensar.
Actualmente, e depois de obras de requalificação adjudicadas em Setembro de 2017, pela Câmara Municipal de Águeda, tais ainda não começaram - ante o silêncio cúmplice dos eleitos locais. Já lá vão quase 4 anos! E lá se foram ao ar os 161 882 euros de investimento em Óis da Ribeira, era este o valor do contrato celebrado entre a Câmara Municipal de Águeda e a ABORRIDAS - Terraplanagens, Lda., de Arouca.

Seriam agora 164 024,06 euros! 
Coisa pouca! 
E os nossos eleitos a assobiar para o ar, como se nada fosse com eles!

Outros tempos,
outros factos!
A morte por afogamento de Silvério Framegas, a carrinha da ARCOR apoiada pelo Estado, assalto à escola e jardim de infância!

Silvério dos Reis
Framegas, 8 anos!

1 - ANO 1960,
há 61 anos !
- SILVÉRIO, DE 8 ANOS,
AFOGADO NO RIO ÁGUEDA
: A comunidade óisdaribeirense foi tragicamente abalada, a 4 de Junho de 1960, pela morte por afogamento de Silvério dos Reis Framegas, com apenas 8 anos de idade.
Nascido em 1952, era filho de Élio dos Reis Framegas e de Maria Celeste dos Reis, ambos já falecidos e então moradores na Rua Manuel Tavares, ao tempo Rua do Cabo, junto ao Cruzeiro e Café O Nelson. 
Naquele trágico sábado, ao final da amanhã, princípio da tarde, foi tomar banho ao rio Águeda, imediatamente a juzante da ponte de Óis da Ribeira e em frente ao chamado Jardim, campo paralelo à Rua Adolfo Pires dos Reis, ao tempo chamada Rua do Viveiro.
Teria comido cerejas, que a mãe nesse dia tinha trazido da praça de Águeda, e terá sido vítima de uma congestão.
O funeral realizou-se no dia seguinte, uma semana depois de ter celebrado a sua primeira comunhão, a 29 de Maio de 1960 e na Igreja de Santo Adrião de Óis da Ribeira. Era irmão de Zélia (que mora em Carcavelos, freguesia de Eirol, em Aveiro) e Maria Clarinda dos Reis Framegas, da Rua da Pateira.
António Tavares

2 - ANO 1995,
há 26 anos !
- CARRINHA DA ARCOR
COM APOIO DO ESTADO: A ARCOR adquiriu, há 26 anos uma carrinha para transporte das crianças das suas valências sociais e dos atletas da secção de canoagem.
Julgamos saber que foi a primeira viatura (nova) adquirida pela associação óisdaribeirense e a compra foi comparticipada pelo Ministério do Emprego e da Segurança Social, tutelado por José Falcão e Cunha, do PSD, com 3000 contos - qualquer coisa como, a valores de hoje e segundo o conversor da Pordata, a 24.005,08 euros. 

A direção da ARCOR era presidida por António José dos Reis Tavares, eleito a 18 de Dezembro de 1994, com o vice-presidente António Soares de Almeida e Santos, o secretário Salvador Soares de Almeida, o tesoureiro Paulo Rogério Framegas e o vogal Hélder Pires.
A escola primária

3 - ANO 2001,
há 20 anos!
- ASSALTO À ESCOLA E
JARDIM DE INFÂNCIA: A escola primária e o jardim de infância a ARCOR (na sala velho do bloco escolar) foram assaltados na noite de 4 para 5 de Junho de 2001.
A notícia que recolhemos do «Jornal da ARCOR» de 30 de Junho de 201, refere que o objectivo principal dos assaltantes seria o equipamento áudio-visual da escola, que não foi levado (por estar bem guardado). Quanto ao jardim de infância, nada levaram, muito embora tenham rebentado um armário e. naturalmente, forçado a entrada, por arrombamento.
O caso foi comunicado à GNR, que investigou e nada e ninguém descobriu.

1 comentário:

Anónimo disse...

O paredão é hoje terra e lama.

A pedra está enterrada nas promessas políticas e nos acessos de serventia das famosas discotecas e suas propriedades.

Se não acreditam, vão ver!