sexta-feira, fevereiro 05, 2021

ARCOR, o teatro, liderança, planeamento e gestão de recursos !

O Grupo de Teatro da ARCOR que há 21 
anos estreou a peça «A hora do suplício»

ARCOR em
1999/2000


A ARCOR de que nos tem vindo a ocupar nos últimos tempos, contínua o seu período de nojo e luto eleitoral, expectando pelo anúncio definitivo da chegada de um messias salvador. 
Há 21 anos, precisamente, a 5 de Fevereiro de 2000, o seu Grupo de Teatro Amador (GTA) fazia a última apresentação da peça «A hora do suplício», que se estreara a 11 de Dezembro de 1999.
A direção era presidida por Fernando Reis e o GTA actuou depois em Paradela (8 de Janeiro), Eirol (15), Espinhel (22) e Óis da Ribeira (29). Era dirigido por Firmino Santos e com os actores 
Porfírio Pires, Luís Gonçalo, Clara Santos, Fátima Reis, Fernando Dinis Pires (já falecido), Hernâni Pires, Horácio Soares, António Carlos Almeida, Lurdes Fernandes e José Manuel Gomes. O programa incluía a comédia «Remédio santo» e cançonetas.
O teatro amador, por definição da sua secular tradição em Óis da Ribeira, é um agente promotor de cultura e aglutinador de vontades. Atrai e aproxima pessoas à associação - os actores, os ensaiadores, os técnicos, as suas famílias, vizinhos e amigos, o povo que ama a arte de Palma e admira os seus intérpretes. E os quer ver em polaco.
O teatro fomenta(va) relações sociais, a inter-acção e o nome e prestígio da ARCOR.
Era (e ainda é...) um canal de afectos e comunhão da comunidade com a ARCOR. Era fonte de receita. Mas acabou em Óis da Ribeira, já lá vão 9 anos, e dá-se o caso de, nos actuais órgãos sociais - em exercício há 4 anos!!!..., podemos até dizer 8! - estarem incluídas personalidades de vários anos do teatro da ARCOR!
Rui Fernandes

C. Pereira


Rui e Carlos
da direção !

Rui Fernandes, secretário da direção, participou em várias peças da ARCOR, em funções diversas, e foi o ensaiador da última: «O avarento», de Molière.
Curiosamente, e por coincidência, foi estreada no palco do salão cultural do centro social no dia 4 de Fevereiro de 2012, ontem se passaram 9 anos. Era, também, o responsável pelo som e luzes e, com Carlos Pereira, responsáveis pela secção
Curiosamente, foi, em 2004, um dos dinamizadores do Grupo de Amigos de Óis da Ribeira (GAOR), «concorrendo» directamente com o GTA da ARCOR. Este, em domingo de Páscoa, 12 de Abril, estreou a peça «A prima Eugénia».
O GAOR estreou-se no sábado seguinte, dia 17, com a peça «Um erro judicial» e com Rui Fernandes a desempenhar o papel de juiz.
Carlos Pereira, vogal da actual direção arcoriana e há 9 anos co-responsável do Grupo de Teatro Amador (GTA) da ARCOR (com Rui Fernandes) foi sempre ponto, nesta e outras peças anteriores. Sempre no GTA.

C. Soares
Fátima Reis

Cristina e Fátima
do conselho fiscal


O actual conselho fiscal da ARCOR também tem dirigentes ligados ao teatro: a presidente Cristina Soares e a 1ª. vogal Fátima Reis.
Cristina Soares foi uma das actrizes do GAOR, na peça «Um erro judicial». interpretando o personagem Maria Sotto Mayor.
Fátima Reis integrou elencos de várias peças da ARCOR, épocas atrás de épocas.
Ambas integravam o conselho fiscal da arcor nos dois mandatos anteriores, os de Manuel Soares - 2012/2013 e 2014/2015.
Isto é: membros dos órgãos sociais nos últimos 8 anos.
Poderíamos acrescentar dois elementos até agora ligados à Secção de Canoagem: Paulo Rogério Framegas e Paulo Gomes, suplentes da direção no mandato de 2014/2015. E Paulo Rogério, também na assembleia geral, de 2012/2013 e outras. 
Ora, se 6 dirigentes não «puseram» nenhuma peça em palco nos últimos 8 anos, o que se poderia esperar? Que o teatro sobrevivesse?
E podemos acrescentar-lhe pelo menos duas funcionárias com experiência de palco: Clara Santos e Anabela Melo.
Como pode haver empatia da ARCOR com a comunidade? E como pode sensibilizá-la se, dirigentes de 8 anos, até o teatro deixaram morrer?!
Há (?) na ARCOR falta de
liderança, planeamento e
gestão de recursos!

Liderança, planeamento
e gestão de recursos !


A «morte» do GTA e acrescentando-lhe o estado de lastimável e lamentável abandono a que está votado o polidesportivo, assim como a necessidade de obras no edifício do centro social, são três sinais evidentes da falta de rumo, ausência de planeamento e liderança da instituição.
Soma-se a isso a gestão deficitária dos últimos 5 anos, os de contas aprovadas em outras tantas assembleias gerais. Não se conhecem ainda as de 2020.
Há sempre milhares de razões para explicar as coisas que correm menos bem, mas convém não olhar para elas com a mesma complacência com que tem sido olhadas até agora.
Não é bastante, é muito curto, que nos conformemos com a inexistência de rumo, de planeamento e de liderança, com o ziguezaguear de explicações que se tem dado para justificar o estado a que se chegou.
Virão todas as desculpas, como tem vindo. As de como (não) se gerem os recursos, se dinamizam sinergias, se faz planeamento, se angariam fundos e mobiliza a comunidade. Como (não) há liderança e compromisso.
Mas isso somos nós a dizer, sem querermos confundir palavras fiadas com competência, ou trabalho com inteligência.

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