segunda-feira, agosto 02, 2021

* ANO 1884: A compra do Foral de Óis da Ribeira! Inventário de António Duque em 1894, a morte de Jacinto B. Henriques (avô) e Festas da Pateira de 1980

O Foral de Óis da Ribeira
Foral, 500 anos!

 


O Diário da República, III Série, de 2 de Agosto de 1984, há 37 anos, publicou o despacho do Ministro da Cultura de 30 de Novembro de 1983, que autorizava a alienação do Foral Manuelino de Óis a Ribeira.
O ministro era Oliveira Martins e o foral tinha sido atribuído pelo Rei D. Manuel I, a 2 de Junho de 1516, elevando Óis da Ribeira a sede de concelho - o que continuou até 13 de Agosto de 1834, quando aconteceu a reforma administrativa de Mouzinho da Silveira e foi criado o município de Águeda.
A 7 de Dezembro de 1983, a Câmara Municipal de Águeda teve conhecimento de que o foral estava em leilão e deliberou adquiri-lo, delegando no arquitecto Armando Canelhas, aguedense residente em Lisboa e especialista na matéria, os contactos com os leiloeiros Azevedo & Burnay, «estabelecendo o preço máximo de 200 contos». Seriam agora 6.129,60 euros. 
A 15 de Dezembro de 1983, a Câmara Municipal de Águeda presidida por Dinis Ramos Padeiro anunciou que o arquitecto Armando Canelhas esteve no leilão do dia 13 anterior e que arrematou o foral por 155 contos - seriam agora 4.597,20 euros.
Está em depósit na Câmara Municipal de Águeda.

Outros anos,
outros factos!
Inventário de António Duque em 1894, a morte de Jacinto Bernardo Henriques (avô) e Festas da Pateira de 1980

O edital de há 127 anos


1 - ANO 1894 ,
há 127 anos!
- INVENTÁRIO ORFANOLÓGICO
POR MORTE DE ANTÓNIO DUQUE: O Juiz de Direito da Comarca de Águeda, R. Calisto, determinou, a 23 de Junho de 1894, a citação de credores pela morte de António Rodrigues dos Santos, de Óis da Ribeira e por aqui conhecido como António Duque.
O edital foi publicado no Diário do Governo nº. 172, de 2 de Agosto de 1894, há 127 anos, citando os credores Joaquim Sucena, Manuel Dias de Carvalho e Manuel Maria Figueiras, da Oliveirinha, e o Convento dos Carmelitas de Aveiro.
António Duque era avô das irmãs Maria do Carmo e Rosa, que foram casadas com Belmiro Gonçalo e Acácio Gomes, já todos falecidos. Bisavô de Jaime, José e Palmira (já falecidos), Benedita, Luís e Abel (filhos de Maria do Carmo) e Beatriz e Maria de Fátima (filhas de Rosa).
O registo paroquial 


1 - ANO 1909,
há 112 anos! 
A MORTE DE JACINTO B. HENRIQUES, 
O AVÔ DO BENEMÉRITO: Jacinto Bernardino Henriques, avô do homónimo que dá nome à antiga Rua da Ponte, faleceu há 112 anos, a 2 de Agosto de 1909. 
Filho de Manuel Henriques Gregório e de Joaquina Maria, era viúvo e tinha 68 anos. Teve vários filhos, entre eles a lavradora Ana Rosa 
de Almeida, que viria a ser mãe do benemérito.
A capela onde está
sepultado Jacinto
B. Henriques
Jacinto Bernardo Henriques, o neto e benemérito, que nasceu a 21
de Agosto de 1894 - antes do casamento da mãe, com António Maria da Silva, solteiro e jornaleiro, de 30 anos, filho de Maria Luísa e natural da Arrota Velha, em Espinhel.
Casamento que, segundo os rituais da Igreja Católica, se realizou a 20 de Maio  
de 1899 - sendo então reconhecido como filho legítimo do casal consorciado - como se pode ler na imagem ao lado, que é parte do registo paroquial.
Ana Rosa tinha 21 anos, era solteira e jornaleira e testemunhas do casamento e do reconhecimento filial foram o (então futuro) professor Joaquim Augusto Tavares da Silva e Cunha, ao tempo ainda solteiro e agricultor, e José Maria da Costa, casado e barqueiro, ambos naturais e residentes em Óis da Ribeira.
A cerimónia foi celebrada pelo padre Manuel Gomes de Andrade, ao tempo titular da Paróquia de Santo Adrião de Óis da Ribeira.

O restaurante «Pôr do Sol»


3 - ANO 1980,
há 41 anos !
- FESTAS DA PATEIRA
EM 3 DIAS SEGUIDOS
: As Festas da Pateira, em Óis da Ribeira, realizaram-se em três dias de há 41 anos, com programa que envolveu 7 grupos musicais e concursos desportivos e de apanha do moliço.
Conjuntos musicais, actuaram «Os Perús», do Troviscal, e o «Renovação», de Fermentelos (do óisdaribeirense Carlos Matos, o Bigodes, no dia 2, sábado), «Complexo 4», de Espinho, «Splash», de Aveiro, e «Stop 70», de Vila Nova de Gaia (no dia 3, domingo), e «Amadeu Mota», de Bustos, e «Blue Band», de Águeda (dia 4, noite de segunda-feira).
Os festejos decorreram no largo em frente ao restaurante «Pôr do Sol» e, quanto a desporto, houve corrida de bicicletas, pesca ao nasso e uma concentração e desfile de apanhadores de moliço (de que amanhã falaremos).

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