A última Assembleia de Freguesia de Óis da Ribeira (AFOR) eleita reuniu a 9 de Outubro de 2013, há precisamente 8 anos, na noite de 9 de Outubro de 2013 - uma quarta-feira.
Bem se pode dizer, em sentido metafórico, que os seus membros, eleitos para defender os interessas da comunidade, foram os «coveiros» da freguesia independente e senhora dos deus destinos, que na imagem se mostram para o futuro a que nos trouxe a (des)União de Freguesias.
A AFOR de há 8 anos foi o último acto público dos então eleitos que, nessa noite e albardados na sua competência eleitoral, assinaram o «boletim de óbito» da Freguesia da vila óisdaribeirense enquanto entidade política e administrativa independente, de pergaminhos centenários e, assim e avulsamente, botados para o cesto dos papéis da história - a caminho da colonização (!) externa que actualmente tão bem, por mal, conhecemos.
Os trabalhos da AFOR foram conduzidos pelo presidente Manuel Soares dos Reis e Sxantos (PSD), que registou o facto de ser a última, por isso histórica, verificando-se a ausência de Germano Magalhães Venade (do PSD).
O saldo final do executivo de Fernando Tavares Pires (PSD), reportado a 29 de Setembro, era de 4.561,43 euros - que não considerava, obviamente, as despesas correntes posteriores (por exemplo, de água e electricidade).
A sessão registou, também, a colocação dos retratos (ver fotos de abertura e em baixo) de boa parte dos presidentes de Junta de Freguesia de Óis da Ribeira.
A sede da Junta de Freguesia, agora da União de Freguesias |
A (não) autonomia política
e administrativa de ÓdR !
A última Assembleia de Freguesia de Óis da Ribeira, a dessa quarta-feira de 9 de Outubro de 2013, deixou para a história a referida imagem fotográfica que aqui reproduzimos - com os últimos soberanos do poder óisdaribeirense.
São eles os últimos ribeirenses que, em autonomia política e administrativa, melhor ou pior geriram e fiscalizaram a vida autárquica local. Depois disso, vive-se a estranha experiência que foi (e é) da União de Freguesias - que, ostensivamente, foi (e vai) lesando os interesses de Óis da Ribeira, nalguns com estranhas e surpreendentes cumplicidades locais.
Por fazer, está o juízo sobre a atitude e responsabilidade desta última Assembleia de Freguesia, no decorrer do processo da (dita) reorganização administrativa que, à força, provocou a (des)União de Freguesias.
Estiveram à altura?
Não estiveram?
Reagiram como cidadãos de corpo inteiro, ou mais como militantes partidários?
Provavelmente, nunca se saberá.
Muitas vezes, exageradas vezes..., prefere-se a não discussão para se alijarem responsabilidades. O que, lamentavelmente, é muito vulgar entre os ribeirinhos homens e mulheres que se propuseram servir Óis da Ribeira.
Os presidentes da Junta de
- 1879/1885: Luís Maria de Almeida.
- 1896/1901: Padre Ricardo Pires Soares.
- 1901/1907: Padre Manuel Gomes de Andrade (?).
- 1908/1910: Padre José Bernardino dos Santos Silva.
- 1910/1915: Padre Ricardo Pires Soares (após a implantação da República).
- 1915/1917: Luís Maria de Almeida.
- 1918/1919 (Março): Joaquim Maria Viegas.
- 1919/1922: Joaquim António Pires Soares.
- 1923/1927: Anacleto Pires Soares.
- 1928/1934 (Março): José Maria Estima.
- 1939 (11 de Março)/1940: João de Oliveira Matos.
- 1941/1943 (18 de Julho): Armando dos Santos Ala de Resende.
- 1943 (18 de Julho)/1954: Benjamim Soares de Freitas.
- 1955/1957: Armando S. Ala de Resende (até 17 de Novembro).
- 1957/1959: Aires Carvalho dos Santos (desde 17/11/1957).
- 1960/1962: Manuel Maria Tavares da Silva (até 4 de Abril).
- 1962 (depois de 4 de Abril)/1971: Armando S. Ala de Resende.
- 1972/1974: Aires Carvalho e Santos. Até ao 25 de Abril.
- 1974/1976, comissão administrativa: Isauro Carvalho de Almeida Santos (PS).
- 1977/1979: Isauro Carvalho de Almeida Santos (PS).
- 1980/1982: Agostinho Albino Pires Tavares (PS).
- 1983/1985: Isauro Carvalho de Almeida Santos Santos (PS).
- 1986/1989 e 1990/1993: Manuel Soares dos Reis e Santos (PSD).
- 1994/1997 a 2010/2013: Fernando Pires Tavares (PSD).
1 comentário:
DOS MILAGRES
O milagre não é dar vida ao corpo extinto,
Ou luz ao cego, ou eloquência ao mudo...
Nem mudar água pura em vinho tinto...
Milagre é acreditarem nisso tudo!
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