quarta-feira, julho 10, 2019

As placas das Ruas Manuel Tavares e Adolfo Pires dos Reis


As placas das Ruas Manuel Maria Tavares da Silva (a do Cabo) e Adolfo Pires dos Reis (a do Viveiro) homenageiam dois beneméritos da freguesia e foram colocadas nos primeiros dias de Julho de 1984. Há 35 anos.
A Junta de Freguesia de Óis da Ribeira era presidia por Isauro Carvalho de Al-
meida Santos, com o secretário António Framegas Fernandes da Silva e o tesoureiro Daniel Pereira Marques e quis homenagear dois cidadãos ribeirenses que, por razões diferentes, de si deram à comunidade.
A proposta foi aprovada pela Assembleia de Freguesia, que era presidida por Agostinho Albino Pires Tavares, com os secretários Danilo Soares da Costa e António Carvalho (Carteiro).
Manuel Tavares

1 - MANUEL MARIA
TAVARES DA SILVA
- A antiga Rua do Cabo

 O benemérito ribeirense Manuel Maria Tavares da Silva nasceu a 9 de Dezembro de 1880.
Filho de João Tavares da Silva, artista, e de Maria Angélica dos Santos, governanta de casa, era neto paterno de José Tavares da Silva e de Ana Maria Soares de Freitas e materno de Berardo dos Santos Oliveira e de Emília Pires da Maia.
Carpinteiro ao tempo, casou-se a 12 de Feve-
reiro de 1902, aos 21 anos e com Laura Ferrei-
ra Sucena, agricultora de Óis da Ribeira, de 24 anos, filha de Manuel Sucena Estima e Maria Luísa Ferreira. 
O casal foi pai de Albano (falecido em criança) e de Ana, Maria Augusta e Joaquim Tavares da Silva, todos já falecidos. Era avô de Paulo e Maria Laura Resende (filhos de Ana e José Resende), Oriana e irmãs (de Joaquim) e Álvaro e irmãs (de Maria Augusta). Manuel Tavares, como era popularmente conhecido, esteve emigrado no Brasil (nos anos 20) e em Angola, onde foi mestre de obras da Câmara Municipal de Luanda.
Notabilizou-se em Óis da Ribeira pelo apoio às obras de restauração da capela de Santo António (nos anos 40) e da igreja paroquial (anos 50 para 60) no século passado. E pela generosa e despretensiosa caridade praticada no dia-a-dia para com famílias mais carenciadas da freguesia. 
Foi presidente da Junta de Freguesia de Óis da Ribeira entre 2 de Janeiro de 1960 e 4 de Abril de 1962, quando renunciou, por doença. Faleceu a 5 de Abril de 1964 e o seu nome, em homenagem, foi atribuído à Rua do Cabo, a que vai do Largo do Centro Social (o do Cruzeiro) ao cruzeiro do Cabo, café O Nelson, e onde se localiza a sua residência (agora de Salvador Soares de Almeida). 
Adolfo Pires dos Reis

2 - ADOLFO PIRES 
DOS REIS
- A antiga Rua do Viveiro

O benemérito Adolfo Pires dos Reis nasceu a 7 de Setembro de 1898.
Filho de Justino dos Reis e de Maria Rosa Pires Soares, era neto materno de Maria Rosa Sares e Joaquim António Pires Soares, que foi presidente da Junta de Freguesia de 1919 a 1922 e proprietário dos terrenos onde hoje está a Arcor. Avós paternos, foram Do-
mingos Francisco dos Reis e Rosa Maria Estima.
A 2 de Julho de 1921, casou com a conterrâ-
nea Maria Nazaré Pires dos Reis, nascida a 10 de Julho de 1898 e filha de Manuel Joa-
quim Pires dos Santos e de Rosa Angélica dos Reis. Gémea de Carminda, que faleceu ainda criança. Maria da Nazaré faleceu a 22 de Junho de 1945, em Cabanões.
Adolfo Pires dos Reis, em data desconhecida do Século XX, migrou para Setúbal, onde chegou a ser abastado comerciante e, já viúvo de Maria Nazaré, casou com Irene Augusta Baptista, daquela cidade, que dele adoptou o apelido Reis, a 12 de Fevereiro de 1950. Enviuvou a 12 de Julho de 1964, por morte da esposa, em Lisboa.
Destacado comerciante em Setúbal, por lá fez fortuna e sem nunca esquecer as suas relações pessoais e de sangue com Óis da Ribeira. Por testamento, doou à Junta de Freguesia de Óis da Ribeira a sua casa da Rua do Viveiro e que recentemente foi sede da Tuna Musical. A autarquia, agradecida, atribuiu o seu nome à antiga Rua do Viveiro.
Irmão de Porfírio, Deolinda e Efigénia (pelo menos), era pai de Dália Reis, que já faleceu e teve casa em Cabanões. Adolfo faleceu a 1 de Novembro de 1979, na freguesia de Nossa Senhora da Anunciada, em Setúbal. O seu corpo está sepultado no jazigo de família, no Cemitério Velho de Óis da Ribeira.

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