quinta-feira, setembro 30, 2021

* ANO 2000: a primeira sede da Tuna! O revolucionário José Pinheiro de Almeida; os covais do cemitério em 1962; o largo do Barqueiro Zebedeu !

O edifício da Junta de Freguesia na Rua
Adolfo Pires dos Reis (a do Viveiro)
A placa inaugurativa


A Tuna Musical de Óis da Ribeira, agora chamada Associação Filarmónica, inaugurou a sua anterior sede, e a primeira da actual geração, a 30 de Setembro de 2000, há 21 anos e na Rua Adolfo Pires dos Reis (a do Viveiro).
A direção era presidida por Jorge Élio Framegas, que fez obras de restauro na que era a antiga residência do benemérito Adolfo Pires dos Reis (que a doou à Junta de Freguesia nos anos 80 do século XX). O restauro do edifício teve custos na ordem dos 3000 contos (o equivalente a actuais 21.079,02 euros, segundo a equivalência da Pordata) e a Tuna teve apoio financeiro de 500 contos, que agora seriam 3.513,17 euros, da Câmara Municipal de Águeda.
A cerimónia de inauguração foi muito singela e participada por Manuel Castro Azevedo e Horácio Marçal, ao tempo, respectivamente, presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal de Águeda. Jorge Élio Framegas fez questão, na altura, de referir e destacar os apoios de amigos e empresas de fora da freguesia, para custear as obras.


Outros tempos,
outros factos!
O revolucionário José Pinheiro de Almeida; os covais do cemitério em 1962; o largo do Barqueiro Zebedeu ! 
José Pinheiro de Almeida

1 - ANO 1914,
há 107 anos !
- JOSÉ PINHEIRO DE ALMEIDA, O
REVOLUCIONÁRIO E A REPÚBLICA: O óisdaribeirense José Pinheiro de Almeida teve passaporte do Governo Civil de Aveiro, a 30 de Setembro de 1914, há 107  anos e para emigrar para o Brasil - ele que tinha sido um dos soldados contra a Monarquia e 4 anos depois da implantação da República.

Supomos, porém, que não terá chegado a emigrar, provavelmente já afectado pela  doença que o levaria à morte, vítima de tuberculose e a 4 de Janeiro de 1919.
José Pinheiro de Almeida nasceu a 8 de Dezembro de 1878, em Óis da Ribeira, filho da costureira Maria dos Santos Pinheiro e neto de José Ferreira Baeta e de Ana Maria dos Santos Pinheiro. Ao tempo sapateiro e carpinteiro, tinha 35 anos e era casado com Mariana de Jesus Viegas, a 7 de Setembro de 1901. O casal teve os filhos Porfírio e Severino (que faleceram em crianças), Eugénio e Elísio (que se fixaram em Viana do Castelo) e Alexandre - já todos falecidos.
Ao tempo, foi um revolucionário militante e activo, integrado no movimento que culminou na implantação da República. Há quem o associe à frustrada tentativa de, no Bussaco, prender o Rei D. Manuel II, num acção revolucionária comandada pelo capitão Viegas, de Malhapão, em Oliveira do Bairro.
Neto actualmente residente em Óis da Ribeira é Arménio Framegas Pinheiro de Almeida (filho de Alexandre), que mora na Rua Nossa Senhora de Fátima. A trineta Mariana Pinheiro, neta de Arménio, foi a candidata º. 2 a lista do CDS nas eleições do passado domingo, dia 26 de Setembro de 2021.

O Cemitério Velho

2 -ANO 1962,
há 59 anos !
- COVAIS DO CEMITÉRIO
COM NOVA NUMERAÇÃO
: A Junta de Freguesia de Óis da Ribeira, reunida na tarde de 30 de Setembro de 1962, deliberou proceder à limpeza e recolocação das placas de sinalização dos covais do cemitério.
As placas do agora chamada Cemitério Velho (o único, ao tempo), 
estavam com os números apagados e inelegíveis, o que levou a autarquia a comprar, para o efeito, uma lata de tinta de malte para ser feita a repintura e entregar o serviço a Celestino Moras, o então sacristão da Paróquia de Santo Adrião de Óis da Ribeira.
O presidente da Junta de Freguesia era Armando dos Santos Ala de Resende, com o secretário Manuel Simões dos Reis (Manelzito) e o tesoureiro José Pinheiro das Neves, já todos falecidos.
Zebedeu Costa
A inauguração do
Largo do Barqueiro


3 - ANO 2000,
há 21 anos !
- HOMENGEM DA JUNTA
AO BARQUEIRO ZEBEDEU:  A Junta de Freguesia de Óis da Ribeira homenageou o barqueiro Zebedeu Alves da Costa a 30 de Setembro de 2000, há precisamente 21 anos, atribuindo o seu nome ao largo do rio, junto à que foi sua residência da Rua Adolfo Pires dos Reis - a do Viveiro e imediatamente a juzante da ponte do rio Águeda - e porto de parida e chagada da travessia do Rio Águeda.
Zebedeu foi o ultimo barqueiro a assegurar a passagem de Óis da Ribeira para e de Cabanões, no rio Águeda - até à construção da ponte, inaugurada a 25 de Maio de 1952. 
O serviço era contratado com a Junta de Freguesia de Óis da Ribeira e por arrematação pública. Entre outras obrigações, particularmente as horárias, tinha de ter duas embarcações disponíveis (para passageiros e carros) e ambas sempre limpas e bem assoalhadas.
O  último barqueiro de Óis da Ribeira faleceu a 24 de Maio de 1954, aos 68 anos e já não sendo barqueiro, depois de vários dias de internamento no Hospital Conde Sucena, em Águeda, devido a um ataque epiléptico.

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