sexta-feira, setembro 23, 2022

* «Cuidar do herdado para deixarem legado - 8»: As ervas daninhas que são boas para quase tudo!

 



O ervado de Óis da Ribeira, entre o lavadouro e o rio Águeda

Aspecto do ervado selvagem


Óisdaribeirenses, 
preclaros conterrâneos:

Não percamos a esperança no futuro: já temos uma estação de plantas selvagens que, seguramente e dentro de pouco tempo, se transformará em mais uma atração turística e visitada por milhares e milhares de pessoas.
Para alám das vantagens regenerativas do meio ambiente local, com o à frente se verá!
O paraíso herbáceo fica mesminho logo na entrada da vila, encostadinho à ponte e antes do lavadouro, de que tantas vezes já por aqui falámos - pelo seu abandono e degradação.
Afinal, era (é) tudo estratégia: as ervas daninhas (ou infestantes) que crescem, crescem mas em área controlada pelos humanos e são, afinal uma presença muito desejada.
Atiram para canto qualquer associação a aspectos negativos, quais quê? 
Têm até muitas vantagens. Por exemplo, para a regeneração da biodiversidade da vila.
E compreende-se, agora, a razão de a torneira do lavadouro estar sempre a pingar: é para alimentar as plantas, as ervas daninhas que, como todos sabemos mas às vezes esquecemos, se destacam pela sua capacidade para regenerar os ambientes urbanos.
O de Óis da Ribeira, neste caso, pela vila se tornando fonte de pólen e acumulando metais pesados para reduzir a poluição.
Ervas daninhas para que vos quero?

As ervas daninhas que
são boas para quase tudo!

As ervas daninhas, na verdade e segundo alguns especialistas, proporcionam ao ambiente muito mais coisas positivas que negativas. 

Por exemplo, protegem o solo da erosão, melhoram a sua estrutura e proporcionam matéria orgânica. Por outro lado, geram microclimas favorável aos cultivos e melhoram a biodiversidade, neste caso acolhendo fauna benéfica - como os polinizadores.
Outros pontos positivos são que algumas delas são comestíveis, por exemplo, as urtigas, as candelárias ou as acelgas silvestres; e  outras são medicinais, como o cardo mariano ou o dente de leão. Que talvez faltem neste mimoso cantinho verde da terra óisdaribeirense, situada entre o rio e o lavadouro.
E, vejam só, íamos nós cair na tentação de criticar mais esta bizarria do projecto «cuidar do herdado para deixar em legado».
Deus nos perdõe!

Sem comentários: