sexta-feira, setembro 02, 2022

* Memórias d´Óis dos dias 2 de Setembro: O primeiro dia do jardim de infância na nova ARCOR! Padre José Bernardino com direito a aposentação (1909)! Director da Segurança Social visitou Centro Social da ARCOR (2003)! Duo musical de Óis da Ribeira (1989)! Director da Segurança Social na ARCOR (2003)! CDas traulitadas e mau-querer à comovente e terna candidatura em comunhão de interesse eleitorais (2021)!

 


 
Os primeiros «donos» da ARCOR, a 2 de Setembro de 2004, há 17 anos. Atrás, João Pedro
(de Ois da Ribeira), Sónia (Travassô), Micaela (OdR), Beatriz Santos (Espinhel), Ana Sofia
(OdR), Beatiz Vanessa (Casal de Álvaro), Miguel (OdR), Clara Santos (auxiliar), Patrícia
e Juliana (OdR), Rafael (Mourisca), Inês (OdR), Frederico e Micaela, do ATL (CdA).
À frente, Anabela Almeida (auxiliar), Diogo (ÓdR), Soraia (CdA), Filipa (OdR), Verónica
(CdA), Margarida Filipa (OdR), Filipa (Azurva), Margarida Oliveira (CdA), João Filipe
(Cabanões), Fábio (Travassô), Ana Rita, Daniela e Beatriz Framegas (OdR) e a
educadora Mariela Carlos. O que será feito desta gente?

A notícia do «Jornal da ARCOR»


1 - ANO 2004: O PRIMEIRO DIA
DO JARDIM DE INFÂNCIA
DA ARCOR: O jardim de infância (JdI) da ARCOR - Associação Recreativa e Cultural de Óis da Ribeira passou para o centro social no dia 2 de Setembro de 2004, há precisamente 18 anos.
«Foram os seus primeiros donos», relatava o «Jornal da ARCOR» do dia 30 desse mês e ano, precisando que «embora já todas as valências, de forma informal, o tenham utilizado». Utilizado o centro social em diversas actividades, nomeadamente o salão cultural.
O jardim de infância funcionava na sala velha do edifício da escola primária desde 5 de Dezembro de 1997. 
O pedido da ARCOR, à Coordenação da Área Educativa (CAE) de Aveiro, dirigida pelo professor Manuel Silvestre dos Santos,  tinha sido feito pela direção presidida por Fernando Reis, a15 de Novembro de 1997. A CAE aprovou-o nesse 5 de Dezembro de há quase 24 anos, com o aval da Direcção Regional de Educação do Centro (DREC). Nesta data efectuou-se a mudança da valência.
- NOTA: A histórica foto que em cima de vê mostra as crianças e as colaboradoras arcorianas da valência: a educadora Mariela Carlos (à direita, de azul) e as auxiliares Clara Santos (atrás e ao meio) e Anabela Almeida (à esquerda e à frente). Ver a legenda, acima.
O presidente da direção da ARCOR era Celestino Viegas e Maria Madalena Neves a diretora responsável pelas gestão corrente das valências sociais.

Padre José B.
Santos Silva


2 - ANO 1909: PADRE JOSÉ 
BERNARDINO COM DIREITO 
A APOSENTAÇÃO: O Diário do Governo nº. 197, de 2 de Setembro de 1909, publicou o anúncio oficial com a relação dos párocos com direito a aposentação. Um deles, de Óis da Ribeira, era o padre José Bernardino dos Santos Silva.
A lista, de todo o país, precisava que tal direito era concedido nos termos da carta de lei de 14 de Setembro de 1890 e decreto regulamentar de 30 de Dezembro do mesmo ano. O edital nessa data publicado era da Direção Geral da Contabilidade Pública, tutelada pelo conselheiro André Navarro.
- NOTA: O padre José Bernardino era o titular da paróquia de Santo Adrião de Óis da Ribeira, que então pertencia à Diocese de Coimbra.
Eugénio Reis
António Reis

3 - ANO 1989: UM DUO 
MUSICAL DE ÓIS DA RIBEIRA: O duo musical «Ois da Ribeira» apresentou-se em público no dia 2 de Setembro de 1989, há 32 anos e no salão do restaurante Pôr do Sol.
O duo era formado por António Reis, actual presidente da Tuna (ao órgão), e Eugénio Reis, emigrado no Luxemburgo (viola), ambos de Óis da Ribeira, e, para a apresentação, organizou um espectáculo com o ilusionista e hipnotizador Professor Marcos do Vale e o grupo «Maxi», da Escola de Música Pianola, de Águeda.
O espectáculo surpreendeu e agradou ao público e o duo Tonito/Génito Reis «desafiou» outros jovens para integrarem o grupo, com o intuito de renovar a secular tradição musical de Óis da Ribeira, numa altura em que a Tuna Musical estava parada há cerca de 30 anos.
O duo teve o seu fim em data que desconhecemos.
Notícia no «Jornal da
ARCOR»

4 - ANO 2003: DIRECTOR DA SEGURANÇA SOCIAL VISITOU CENTRO SOCIAL DA ARCOR: O dr. Jorge Campino, ao tempo director do Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social do Distrito de Aveiro visitou a ARCOR no dia 2 de Setembro de 2003, há 18 anos, e felicitou a direção por se ter «abalançado a uma obra desta grandiosidade».
«Pela qualidade da obra e pela coragem de a assumir», disse Jorge Campino, que se mostrou «surpreendido com a dimensão da obra».
Recebido pelos presidentes José Luís Quaresma (da assembleia geral) e Celestino Viegas (da direcção da ARCOR), Jorge Campino visitou todo o edifício e, segundo relata o «Jornal da ARCOR» de 30 de Setembro de 2003, considerou que «isto é um mundo enorme».
«Não tinha ideia, é espantoso como Óis da Ribeira consegue construir um centro social desta grandeza», disse Jorge Campino, perguntando quanto habitantes tinha a freguesia.
«Só 721?! É admirável, felicito-vos pela coragem», disse mo director do CDSSA, incentivando a direcção a «acabar a obra»
.
- NOTA: Tempos diferentes da ARCOR, comparados com os de hoje, mas é a vida e a história das instituições.
Centro Social e sede da ARCOR
A noticia da candidatura

5 - ANO 2020: CÂMARA APOIA ARCOR
COM 20 000 CONTOS PARA OBRAS
: A  ARCOR foi contemplada com 20 000 euros, pela Câmara Municipal de Águeda, no âmbito da Medida A do Programa de Apoio à construção ou conservação de instalações de associações/instituições de solidariedade social.
A deliberação foi tomada na sessão de Câmara ontem, dia 1 de Setembro e realizada em Águeda, que aprovou apoios no valor total de 244 974,37 euros a nada mais nada menos que 32 associações do município.
As taxas de comparticipações da Câmara correspondem, no caso da Medida A, a 30% dos valores propostos nas candidaturas das associações pelo que, feitas as contas, a ARCOR apresentou uma candidatura no valor de aproximadamente 67 000 euros. Terá, assim, de investir na ordem dos 47 000 euros.
Em quê? Não sabemos e não vale a pena perguntar, pois a direcção presidida pelo sr. Mário Marques não responde a perguntas do d´Óis Por Três.
- NOTA: A 28 de Maio deste ano, a ARCOR TINHA apresentou uma candidatura na Câmara Municipal de Águeda, justamente para a Medida A - Apoio à Construção ou Beneficiação de Instalações Consideradas Essenciais ao Desenvolvimento das Suas Actividades.


A Assembleia Municipal de Águeda em
Óis da Ribeira, a 28 de Fevereiro de 2019


6 - ANO 2021: DAS TRAULITADAS E MAU-QUERER À COMOVENTE E TERNA CANDIDATURA EM COMUNHÃO DE INTERESSES ELEITORAISO d´Óis Por Três andava curioso por ver, na promoção das candidaturas do movimento «Juntos Por Águeda», com que cara se apresentariam aos eleitos Jorge Almeida e Sérgio Neves, agora recandidatos e Juntos por Águeda e UFTOR ,respectivamente presidentes da Câmara Municipal de Águeda e da Junta de Freguesia da UFTOR.
A nossa curiosidade tinha a ver com a forma inenarrável como se trataram e ofenderam na famosa Assembleia Municipal que decorreu no salão da ARCOR, em Óis da Ribeira e a 28 de Fevereiro de 2020.
Há ano e meio!
A famosa Assembleia Municipal em que as presidenciais figuras, então eleitos por listas diferentes e bem opostas e agora «juntos» por comunhão de interesses, se acusaram mutuamente. A Assembleia que, para a história da democracia aguedense, ficou como a sessão do... trauliteiro que precisa(va) de crescer como homem e como político, entre outros mimos de despeito e desrespeito recíprocos.
Sérgio Neves na
AM de 28/02/2020

Junta de TravassÓis sem vontade de
confraternizar com Câmara e eleitos
da Assembleia Municipal

Se bem se recordam, Sérgio Neves era o anfitrião e começou por explicar a razão de não ter sido oferecido o tradicional jantar que antecede estas reuniões da AM: para poupar, pelas dificuldades financeiras com que se debate a Junta de Freguesia. 
Acrescantou um segundo motivo e disse: «Por não termos vontade de confraternizar à volta de uma mesa, depois da forma como esta União de Freguesias foi tratada pela Câmara Municipal desde as eleições da 2017 e depois das intercalares de 2019».
E não poupou palavras, considerando que a UFTOR foi «ostracizada, boicotada e discriminada relativamente a outras freguesias». Boicotada pela Câmara presidida por Jorge Almeida, bem entendido.
Sérgio Neves auto-considerou-se «defensor tenaz» da UFTOR e disse que a culpa desta ostracização, boicote e discriminação é de quem «não aceitou os resultados» das eleições, ora as de 2017 ora as de 2019, e de «quem os apoia» - numa clara indirecta a Jorge Almeida e ao Movimento Juntos - o Movimento Juntos que agora integra, com outra roupagem vestida. Por causa deles, do Juntos de 2020, sugeriu Sérgio Neves que «a freguesia viu-se privada» de apoios camarários e considerou esse tempo como «um período triste», um período em que «todos me abandonaram».
Jorge Almeida, ao centro, «mandou» Sérgio Neves
«crescer como homem e como político»

 


Crescerem como homens
e como políticos !!!...


Os trabalhos foram presididos por Brito Salvador (Juntos) e Sérgio Neves, na sua intervenção, recordou «uma Assembleia Municipal desse período, na qual o sr. presidente da Câmara disse que eu tinha de crescer como homem e como político. Registei essas palavras e hoje devolvo-lhe as palavras», disse Sérgio Neves.
O autarca travassÓisense falou de «80 000 euros que ficaram por dar à Junta» e considerou inúteis as reuniões com o presidente da Câmara, Jorge Almeida, que não cumpriu a deliberação da Assembleia Municipal realizada na Trofa, no sentido das verbas camarárias (do período de Outubro de 2017 a Março de 2019) serem enviadas para a UFTOR, o que não aconteceu.
Sérgio Neves, sem papas na língua e em tom acusatório, interrogou-se sobre o que valerem as reuniões com o presidente da Câmara Municipal e considerou não ter ilusões sobre o abandono a que a autarquia municipal votou a UFTOR.
O autarca travassÓisense, falando das (não) transferências camarárias para a UFTOR, disse a que as freguesias deveriam «ser tratadas da mesma maneira» e, dirigindo-se a Jorge Almeida, afirmou que «o seu comportamento já não me ofende».
«Ofende o povo. Se não inflectir, o povo dar-lhe-á a sua resposta», disse Sérgio Neves, acrescentando, sobre as (não) transferências, que «tem hoje a oportunidade de se reconciliar com o povo».
Jorge Almeida, quando interveio, chegou a perguntar-lhe se queria «acertar as contas» já naquela famosa e polémica sessão da AM.
Brito Salvador presidiu à AM

O que fez a Câmara em
Travassô e Óis da Ribeira

O presidente da UFTOR referiu-se, também, a um panfleto eleitoral das intercalares, no qual o Movimento Juntos, o de Jorge Almeida, lembrava ao povo travassÓisense que «Câmara e a Assembleia Municipal são geridas pelo Juntos». E proclamava, o panfleto: «Não tenham ilusões. Se quiserem recuperar o tempo perdido, votem neste projecto, pois ele tem o apoio total do executivo municipal, mais. Não se deixem iludir, pois todas as verbas destinadas à União passarão pelo executivo municipal e só com o seu aval seguirão o percurso para o qual se destinam».
«Não me recordo de qualquer desmentido da Câmara», precisou Sérgio Neves, considerando que «quem cala, consente» e, entretanto, enunciando a colaboração da Câmara Municipal de Águeda à UFTOR nos «últimos 3 anos». E disse:
1 - Apoio à construção do armazém da Junta em 40%, faltando pagar a segunda tranche, já aprovada,
2 - Comparticipação de 40% na aquisição do tractor.
3 - Transferência de verbas para limpeza de Fevereiro a Dezembro de 2019.
4 - Caixilharias da escola primária.
As acusações de Sérgio Neves ao presidente e à Câmara Municipal de Águeda repetiram-se, com uma confissão final: «Eu não consigo gerir a freguesia quando não se sabe o que se vai receber».
O rol de acusações de Sérgio Neves foi grande, envolvendo, por exemplo e no que diz respeito a Óis da Ribeira, a pateira, o alargamento e asfaltamento de ruas, a ligação a Requeixo.

Câmara e Mesa da Assembleia 
Municipal em Óis da Ribeira

Acusação
Um presidente da Junta
trauliteiro e perigoso !


Jorge Almeida, «acossado» pela dureza das palavras de Sérgio Neves, confessou a sua «perplexidade» relativamente ao que ouviu e foi curto, começando por registar «a forma inusitada e única como fomos recebidos pelo presidente da Junta de Freguesia».
O presidente da Câmara Municipal de Águeda lembrou que os travassÓisenses «também nos elegeram» e sublinhou «a forma trauliteira, inusitada e perigosa» como Sérgio Neves interveio no areópago municipal, para mais, dizemos nós, sendo o anfitrião.
Sobre as as obras, referiu-se ao saneamento de Óis da Ribeira, precisando que o concurso é de Junho de 2017, antes da eleição de Sérgio Neves - «ainda o senhor não era influente...», satirizou. Como quem diz que ele (Sérgio) nada tem a ver com isso. E quanto ao alcatroamento das ruas intervencionadas pelas redes da água e saneamento, afirmou que «o concurso lançado pela AdRA resulta de um protocolo com a Câmara».
«Gostaria de afirmar que Óis da Ribeira vai ter obras e obras, vão ver...», disse Jorge Almeida, sublinhando também que «Águeda é a Câmara que mais transfere para as freguesias» e ainda que «Travassô e Óis da Ribeira não vão ficar a perder».
Candidaturas em comunhão de interesses e
desejo de servir, mas com separação de vontades !


 
Tão (in)amigos que
agora s(er)ão !!!...

Pois bem, inimigos do ontem de há ano e meio, concorrem agora pela mesma lista, com o mesmo projecto político. Amigos de hoje.
«Em Travassô e Óis da Ribeira, o Sérgio Neves e a sua equipa, estão fortemente motivados para dar continuidade à obra e aos projetos que temos para a União de Freguesias», lê-se na página oficial da candidatura, que tem a chancela de Jorge Almeida, acrescentando que «vamos então continuar a construir e a desenhar o futuro, contribuindo para o desenvolvimento e promoção do bem comum».
«Obrigado, Amig@s!», conclui o documento, com comovente candura e quase paternal ternura, inimaginável há 18 meses. 
É política, dirão!
Cresceu um, muito, politicamente e como homem? Acabaram-se as traulitadas e ardem paixões nas labaredas da política?! Os trapos juntaram-se por um casamento de conveniência?, perguntamos nós. 
Vá lá saber-se!
- NOTA DE 2021: O d´Óis Por Três nada tem contra ou a favor desta candidatura. 
Como a de qualquer outra. Apenas faz nota de um registo histórico e sublinha
a pacificação relacional e política destes dois servidores do interesse público,
há ano e meio tão distantes e «sem se poderem ver» e que, afinal e de mãos e almas 
dadas, vão «continuar  a construir e a desenhar o futuro, contribuindo para o 
desenvolvimento e promoção do bem comum».
Sábias palavras e belíssimas promessas! Assim é que é bonito e aplaudível!


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