A sede, na vila ribeirinha, da União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira |
As más governações abundam em sociedades
de elites disfarçadas de democracias, onde se instalaram profundas desigualdades! |
Os eleitores de Óis da Ribeira e Travassô pouco ligam ao que se passa com a política local e os seus actores no activo.
A ausência e indiferença às últimas sessões é disse evidência clara - depois das trapalhadas circenses que se encenaram de 2013 até agora.
A culpa não deste ou daquele: é de todos. E dos eleitores, que os elegeram.
Também dos 632 dos 2020 inscritos nos cadernos eleitorais que se marimbaram nos candidatos e nas propostas, promessas e quejandos das 6 listas (ena, tantas!!!...-) que a 24 de Fevereiro de 2019 se apresentaram a sufrágio nas eleições intercalares.
A culpa é de todos, deste (des)governo e do anterior (des)governo.
A culpa é de todos os que prometeram e não cumprem. E se desacreditam aos olhos do povo que neles (des)confia.
É de todos quantos, e não são poucos, que se julgam imunes e salvaguardados em vacinas de maioria que desequilibram e desfiguram a democracia.
Mandatos divinos
e ditaduras
A governação actual, na forma como actua, decide e comunica, age como se fosse o expoente máximo da competência, da capacidade política e até da infalibilidade, como se fosse portadora de uma espécie de mandato divino que lhe outorgaria, se possível ad eterno, o direito a dirigir, sem passar cartão, os destinos do território que devia governar com competência, agilidade e justiça. Não em ditaduras, por muitas maiorias que disponham.
As más, deficientes e frágeis governações abundam, perigosamente, em sociedades de elites disfarçadas de democracias, onde se instalaram profundas desigualdades!
Por alguma razão o povo se desinteressa cada vez mais pela coisa política e destrata os políticos, os ignora - continuando, alegremente, a não perder os tiques de quem está habituado a viver com pouco e a pouco exigir.
Adiante!
A imagem do pólo de saúde em... papel |
Um pólo ainda sem
«saúde» para andar...
A última sessão da Assembleia de Freguesia de Travassô e Ois da Ribeira, foi tempo para, em tempo do público, Maria Conceição Reis, uma óisdaribeirense descendente, questionar o executivo de Sérgio Neves sobre o (não) caso do Posto Médico de Travassô. O Pólo de Saúde.
Que deve «ser uma prioridade», o que é evidente, disse a ex-centrista, ex-socialista e agora juntista. Que seria (é) «importante o presidente da Junta estar disponível para resolver essa situação com o presidente da Câmara».
O que também é evidente.
Só que Maria Conceição Reis falou de alhos e Sérgio Neves respondeu-lhe com bugalhos, remencionando «o dinheiro em falta» - os não sabemos bem quantos euros que a Câmara não transferiu no trágico período em que algumas senhoras e senhores da desastrada política local não elegeram uma Junta de Freguesia.
Ponto prévio: o d´Óis Por Três também acha que a Câmara Municipal de Águeda é devedora.
Ponto seguinte: é inenarrável a forma como o presidente da Junta de Freguesia recebeu o presidente da Câmara, a vereação e toda a Assembleia Municipal na sessão de Óis da Ribeira, a 28 de Fevereiro de 2020.
Outro ponto: o presidente da Câmara disse a Sérgio Neves para se sentarem e fazerem as contas.
E disse também, quanto ao Pólo de Saúde, que a Câmara apoiaria a opção a UFTOR, qual fosse: a construção de um novo edifício, ou a requalificação do actual.
Sérgio Neves (PJ do PSD) |
M. Conceição Reis (Juntos) |
Caderno de encargos
do Pólo de Saúde
Maria da Conceição Reis, há uma semana e comentando a resposta de Sérgio Neves, considerou, e bem, que «estavam a misturar dois assuntos» e que, isso sim, «deviam concentrarem-se numa coisa de cada vez».
«Seria importante ter uma resposta definitiva da Câmara no próximo mês», disse Maria da Conceição Reis, que, logo depois de breve troca de perguntas e respostas, foi impedida de falar, à ordem institucional de Sara Silva (PSD), a presidente da Assembleia de Freguesia.
Sérgio Neves continuou a falar, esse sim, e afirmou, ironizando, que «para Águeda, o Mercadona tem mais prioridade do que o Centro de Saúde de Travassô». Maria Conceição Reis concordou que «a prioridade tem que ser o Centro de Saúde» e que, acrescentou, «se depois existir mais dinheiro, que vá ser investido noutros locais da freguesia».
O quiprocuó iria continuar, blá-blá-blá..., Maria Conceição Reis ainda interrompeu Sérgio Neves e afirmou que, certamente por ter dúvidas (dizemos nós), ia «tentar entender junto da Câmara Municipal de Águeda se a situação está no ponto que Sérgio Neves afirmou». Tentar saber, disse Maria Conceição Reis, «saber como cidadã da União de Freguesias e mais nada».
«Nem aos emails respondem», disse-lhe Sérgio Neves, antes de ser lida a acta e aprovada em minuta.
O d´Óis Por Três sabe, entretanto, que a questão foi levantada por Sérgio Neves na Assembleia Municipal de 26 de Junho de 2020, tendo o presidente Jorge Almeida informado que o processo está em fase de preparação do caderno de encargos, desde a semana que decorre. Assim seja!
1 comentário:
A maioria das pessoas não quer realmente a liberdade, pois liberdade envolve responsabilidade, e a maioria das pessoas tem medo de responsabilidade.
Mas as pessoas sérias assumem responsabilidades, os outros procuram culpados.
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