A sede da Tuna / AFOR está cedida pela Junta de Freguesia até 2111 |
O período da última sessão da Assembleia de Freguesia de Travassô e Óis da Ribeira (AFTOR) para a intervenção do público, no dia 15 de Junho de 2020, foi tempo para a presidente Sara Silva (PSD) interpelar Gabriela Reis, correspondente do jornal «Região de Águeda», referindo-lhe que «uma vez que escreve para o jornal e estava presente, devia ter atenção à maneira como escreve».
A neo-forma de censura - quem havia de dizer, nos tempos que correm?!... -, inusitada e não regimental, ainda deu para a presidente-autarca qualificar o trabalho de Gabriel Reis, classificando-o de «incompleto e com falhas».
Isto é, conclui o d´Óis Por Três e por evidente exclusão de partes, sem alguém querer melindrar: o trabalho da jornalista não é a verdade oficial.
Sérgio Neves num magusto da Tuna / AFOR.
Outros tempos, mais amistosos... Agora,
diz ele, nem fala com a associação
|
Presidente da Junta não
responde à Tuna / AFOR
Dito isto e sem dar oportunidade para ter resposta, a presidente usou da liberdade que não deu a outros - os da verdade não-oficial... - para outras coisas dizer e, após isso, dar voz a Marisa Silva, dirigente da Tuna / AFOR e ali obviamente como público, que se dirigiu à mesa da Assembleia de Freguesia afirmando que «é vergonhoso o que escreveram em acta».
«A acta refere que quis dar sugestões e propostas para o regulamento de apoio ao associativismo, quando apenas informei que foram dadas imensas propostas e questionei se estavam contempladas no novo regulamento», protestou Marisa Silva.
Sérgio Neves, altercado pela dirigente da Tuna /AFOR, afirmou, surpreendentemente, que não respondia a nada que tivesse relacionado com a Associação Filarmónica de Óis da Ribeira. Como?
Gabriela Reis, também directora da Tuna/AFOR, interveio e começou por se penitenciar de «algum tipo de lapso na notícia» e relembrou o executivo e a Assembleia que «no jornal era impossível reportar toda a Assembleia anterior».
Mostrou desagrado com a acta, uma vez que dizia que ela mesmo tinha afirmado que (a Tuna/AFOR) usufruiu da sede durante 99 anos e que a associação já tinha direito a ela e que tinha dito que a Festa do Peixe continua a ser feita porque tinha apoio da Junta de Freguesia, porque se não dava prejuízo.
«Tudo mentiras e ninguém as quis alterar», disse Gabriela Reis, que é secretária da direcção da Tuna / AFOR, além de correspondente do jornal «Região de Águeda, acrescentando que a acta refere que o presidente da Junta não cedia a sede porque não se sentia confortável.
Ora, segundo Gabriela Reis, «na verdade, ele afirmou que nunca iria passar a sede para o nome da associação, enquanto for presidente de Junta».
Já agora e só para lembrar, em 2016 e então presidente da Assembleia de Freguesia, Sérgio Neves afirmou que «só chega aos 119 anos de idade quem tem alicerces muito fortes, com bases de pessoas que dão muito de si». Elogiava a Tuna / AFOR que agora «ignora».
Gabriela Reis e António
Reis, secretária e presi-
dente da Tuna/AFOR
|
Actas na internet
emails e reuniões
A intercalação continuou com a persistente Gabriela Reis a referir «eventos com prejuízo ou lucro», afirmando que «sim, o presidente afirmou que a nossa festa dava prejuízo», o que não será verdade, e convidando-o «a começar a participar nas assembleias da associação, como sócio».
«O evento nunca deu prejuízo», disse Gabriela Reis.
Sérgio Neves, algo enfadado, considerou que «era muito interessante ver dois membros da associação com transcrições da acta da Assembleia» e, também que «era muito estranho pessoas estranhas à Mesa da Assembleia terem acesso a documentos (...) já espalhados na internet, com expressões usadas em Assembleia».
Assim, insinuando que Gabriela Reis andava a escrever na internet sobre as Assembleias e que tinha acesso à acta, por momentos deu para perceber que já se tinha esquecido (ou isso quis fazer crer...) que a acta tinha sido lida na sessão. E que as duas dirigentes da Tuna / AFOR reagiam ao que lá estava escrito - eventualmente não tão verdadeiro quanto o documento reporta(va).
Sérgio Neves «lavou mãos» e afirmou não ter «nada a dizer» sobre a Associação Filarmónica de Óis da Ribeira uma vez que, alegou, «pedi um email para uma reunião e ninguém o mandou».
Gabriela Reis ripostou, dizendo que «não fazia sentido pedir uma reunião sem reunir a direcção da Tuna» e a troca de palavras continuou com minudências, vulgar e inconsequente, com Sérgio Neves a comentar que «para isso é necessário reunir, mas para pedir o regulamento de associativismo e a ficha de inscrição não era necessário reunir com a direcção».
Gabriela Reis sorriu-se, dizendo que «não tinha nada a ver», mas a presidente da Mesa reclamou a sua autoridade institucional e interrompeu-a, argumentando que não permitia diálogo. Ponto final.
Edifício da Junta de Freguesia
que já foi sede da Tuna e
está... abandonado pela Junta!
|
Sede é da TUNA /
/ AFOR por 99 anos !
Os eleitos, seja do que for, devem, no mínimo, conhecer o essencial das instituições que representam. A sua história.
O d´Óis Por Três, sobre a actual sede da Tuna /AFOR, vem lembrar que foi cedida, por 10 anos, na Assembleia de Freguesia de Óis da Ribeira, reunida a 9 de Fevereiro de 2007.
A 17 de Setembro de 2012, a Assembleia de Freguesia de Óis da Ribeira votou a cedência, por 99 anos, confirmando a votação de 23 de Julho, com votos favoráveis dos dois partidos da AF - quatro eleitos do PSD e dois do PS (pois faltou Carla Tavares, a líder da lista). Houve necessidade de fazer correcções jurídicas, razão que levou a nova votação.
Portanto, tão simples como isto: a sede é da Tuna / AFOR até 2111, assim não fira o protocolo de há quase 8 anos.
O resto são bravatas de gente menos esclarecida, que ameaça e fala do que não sabe e, aparentemente, nem faz por saber.
- AMANHÃ: Ainda o Posto Médico e outras coisas mais!
6 comentários:
«é vergonhoso o que escreveram em acta»
E a malta ainda se lembra de quando vimos este filme? não foi assim há tanto tempo Nem com a maioria absoluta deixa de usar este expediente.. Aguenta-te ÒdR
É deprimente ver o presidente falando... É mais vergonhoso ver o que fazem com as actas... A finalidade é simplesmente fascinar, deliciar e proporcionar regozijo.
Agora desmascarado publicamente o mentiroso é só esperar o troco!
Mentiras em notas graúdas!
Quem fala muito, mentem sempre, porque o menor desvio inicial da verdade multiplica-se ao infinito à medida que avança.
Somos tão pobres que as palavras, servem para a mentira se transforme na verdade que se esqueceu de acontecer.
La isso é verdade que são, "Tudo mentiras e ninguém as quis alterar".
Quando o povo acordar para a realidade, depois não venha dizer que não são os culpados.
Enviar um comentário