* Memória d´Óis de 8 de Julho: Nascimento do padre/monsenhor José Bernardino! E outras coisas mais...

Padre/Monsenhor José
Bernardino Santos Silva

Registo de nascimento do padre José
Bernardino dos Santos Silva

O padre José Bernardino dos Santos Silva foi figura maior da sociedade oisdaribeirense do Século XX e nasceu a 8 de Julho de 1880, às 11 horas da noite e na  casa de família, em Óis da Ribeira. 

Há 142 anos!!!

Óis da Ribeira ainda hoje lhe deve mais que merecida homenagem, por exemplo com a atribuição do seu nome a uma rua. Outros a tem, por muito, muito menos terem feito pela vila.

Filho do lavrador Manuel Tavares Duarte e de Maria José Santos Silva, governante de casa e activista política do Partido Progressista (monárquico e por isso extinto na implantação da República), era neto paterno de João Tavares da Silva e de Maria Clara Duarte, neto materno do médico cirurgião José dos Santos Silva e de Ana Catarina Soares
Os padrinhos de baptismo, celebrado a 18 de Julho de 1880, foram José dos Santos Silva, o avô materno, e Bernardina Constantina dos Reis, ambos de Óis da Ribeira, numa cerimónia celebrada pelo padre Ricardo Tavares da Silva.
A Missa Nova do padre José Bernardino dos Santos Silva foi celebrada na Igreja de Óis da Ribeira no Dia de Reis de 1903.

O padre José Bernardino na inauguração
 da ponte de Óis da Ribeira

A política, a monarquia,
a prisão e a religião!

José Bernardino dos Santos Silva foi pároco da Trofa e, depois, entrou em Óis da Ribeira a 6 de Abril de 1908. Também exerceu sacerdócio em Coimbra e no Estado do Espírito Santo, no Brasil, a nordeste do Rio de Janeiro - onde, por exemplo, iniciou a construção da Igreja da cidade de Muqui, dedicada a S. João Baptista. Duas curiosidades: tem pinturas do italiano Giuseppe Irlandi (já na década de 40) e um 

Igreja de Muqui (Brasil)

relógio, de 1917, cuja maquinaria, imagine-se..., pesava 300 quilos.
Monárquico convicto, na tradição da família, foi acusado de alta traição pelo Regime Republicano e teve de «fugir» para o Brasil - já depois de ter estado preso durante 5 meses, nas prisão do Alto do Duque e do Limoeiro, em Lisboa - de onde foi solto, sob fiança, a 22 de Maio de 1912. 

Fugiu para o Brasil, fixando-se no Estado do Espírito Santo, a nordeste do Rio de Janeiro, e foi julgado à revelia pelo Tribunal Militar de Coimbra. Regressou em data desconhecida e, entre outras funções eclesiásticas, foi Consultor Diocesano, pároco e Arcipreste de Águeda. O Papa Pio XI elevou-o à dignidade de Camareiro Secreto, com o título de Monsenhor e Águeda, nessa altura, prestou-lhe «justa a eloquente homenagem». 

Camareiro Papal era, até 1968, um título cortesão concedido pelo Papa a altos membros do clero e também a leigos.
O cargo foi abolido pelo Papa Paulo VI e substituído pela posição de Cavaleiro de Sua Santidade, para leigos, e por outras denominações para o clero.

A ponte de 1952

Presidente da
Comissão da Ponte

A sua ligação principal como agente empreendedor do colectivo de Óis da Ribeira tem principalmente a ver com a construção da ponte sobre o rio Águeda, na ligação com Cabanões.
Ponte que, não esqueçamos, durante décadas atrás de décadas, foi ambição maior do povo oisdaribeirense, desde sempre mas principalmente desde o início do Século XX - desde quando se conhecem diligências no sentido da a freguesia ter ligações fluídas com o exterior.
Até aí, apenas pela embarcação do barqueiro 

A casa do monsenhor José Bernardino

Zebedeu, entre as duas margens do rio 

Águeda, ou pelo caminho de mato, por onde não passava um automóvel, que é agora a Estrada do Surpel.

O padre José Bernardino Santos Silva foi presidente da comissão durante muitos anos, desde a primeira década do Século XX (com as interrupções decorrentes da sua missão no Brasil) e até à construção e inauguração - a 25 de Maio de 1952. 

Faleceu a 18 de Janeiro de 1960, de doença e às 21 horas, na sua casa de Óis da Ribeira e aos 79 anos. A casa foi demolida em 2002, quando era propriedade da professora Cândida Tavares Ferreira, sua sobrinha-neta e esposa do dr. José Bernardino Estima Reis (Zeca), falecido a 29 de Dezembro de 2021 e quando era presidente da ARCOR. O espaço é o que correspondente ao actual estacionamento e, com o quintal, foi adquirido pela associação em 2004 e pela direção presidida por Celestino Viegas e escriturado na de Agostinho Tavares.

Dia do mês
de Julho

Dinis A.

Tavares

- ANO 1959: O Governo Civil de Aveiro emitiu passaporte para Dinis de Almeida Tavares da Silva, que foi quadro superior da antiga Companhia Portuguesa de Celulose, actual The Navigator Company, em Cacia. 

Nasceu a 20 de Novembro de 1924 e era filho de Joaquim Tavares da Silva e de Maria Gracinda dos Reis Almeida, fundadores do Escondidinho (actual Escondidinho da Núria) e Café Império. Ao tempo, era também empresário do sector de fotografia, em Aveiro, arte que herdou da casa de família, em Óis da Ribeira. Trabalhou na Bélgica, Moçambique e Estados Unidos, onde faleceu em data indeterminada do verão de 2014. Avô materno de Steven Tavares Pires, actual tesoureiro da ARCOR e filho de Maria Isabel, que foi casada com Fernando Tavares Pires, antigo presidente da Junta de Freguesia de Óis da Ribeira.

ARCOR Futebol em 1979

- ANO 1979: A equipa de futebol da ARCOR da ARCOR empatou (0-0) com ma de Casal de Álvaro em jogo do Torneio do jorna Soberania do Povo. O jogo realizou-se em Fermentelos e alinharam António Vicente; Custódio Ferreira, Diamantino Correia, Zé Celestino Vegas (cap.) e José Maria; António Framegas, Zé Ferreira e Carlos Marques; Jorge Marques, Milton Gomez e António Marques. Ainda jogaram, substituindo, Zé Melo, Manuel Capitão e Zé Pires.

O terreno em 1999/2000

- ANO 1988: A Câmara Municipal de Águeda anunciou a compra da casa e quintal de Armando Resende, onde hoje se localiza o Centro Social da ARC OR e a sede da União de Freguesias de Travassô. 

Foi doado à Junta de Freguesia de Óis da Ribeira e por esta cedido à ARCOR, por comodato de 99 anos. Comprado por 8000 contos, seriam hoje 119.001,88 euros, segundo o conversor da PORDATA. O vendedor descontou 500 contos, como oferta - agora seriam 7.437,62 euros.

- ANO 2001: Sérgio Soares, canoísta internacional da ARCOR, foi segundo classificado da selectiva nacional de Melres, em C1 seniores e nas distâncias de 500 e 1000 metros. 

Pedro Carvalho, fazendo equipa com Jorge Marques, d CCA, foram segundos nos 10 000 metros de K2 e apuraram-se para a Volta à Madeira. Terceiros classificados foram Bruno Soares (em C1 juniores, 500 metros) e Juvenal Carvalho (em K1 seniores e também apurado para a Madeira).