segunda-feira, agosto 22, 2022

* Memórias d´Óis do dia 22 de Agosto: Estado deu 900 contos para a ponte (em 1949)! Escolástica foi nome de menina d´Óis (1809)! Inventário de menores com pai no Brasil (1878)! Edital de venda de casa e anexos (1894)! A morte de Maria Olinda Estima Reis (1978)! Nair Figueiredo: o primeiro funeral do Cemitério Novo (1993)! A primeira reunião do centro social da ARCOR (2001)! Fernando Suarez lançou O CD «Sueños 2015» (2015)! Rua dos Aidos sem asfaltamento (2021


A ponte de Óis da Ribeira foi inaugurada a 25 de Maio de 1952. Há já mais de 70 anos

Benjamim S. Freitas
José F. Ulrich


1 - ANO 1949: GOVERNO ANUNCIOU
900 CONTOS PARA A PONTE D´ÓIS
: A Junta de Freguesia de Óis da Ribeira reunida a 22 de Agosto de 1949, hoje se fazem 73 anos, deliberou agradecer ao Ministério das Obras Públicas a atribuição de 900 contos para a construção da ponte sobre o rio Águeda. 
Qualquer coisa, a valores de hoje, parecida com 500 000 euros!!!
A autarquia era presidida pelo benemérito Benjamim Soares de Freitas e enviou ao engenheiro José Frederico do Casal Ribeiro Ulrich (o ministro das Obras Públicas) um telegrama de «vivo agradecimento, por ter sido lançada mais uma verba em benefício da construção da ansiada ponte».
A freguesia de Óis da Ribeira, recordemos, para esta grandiosa obra, que era grande ambição do local desde imemoriais tempos, contribuiu com 100 000$00, que foram angariados entre a população e entregues na Câmara Municipal de Águeda a 7 de Agosto desse ano de 1949.
A Câmara Municipal de Águeda ficou encarregada de enviar os 150 000$00 para a Direção do Serviço de Pontes (DSP) da Junta Autónoma de Estradas (JAE), tutelada pelo Ministério das Obras Públicas.
- NOTA: A ponte viria a ser inaugurada a 25 de Maio de 1952, pelo coronel Dias Leite, Governador Civil de Aveiro, em representação do engº. José Frederico Ulrich, Ministro das Obras Públicas. Também estiveram o dr. Fausto Luís de Oliveira (presidente da Câmara Municipal de Águeda) e autoridades civis, militares e religiosas - nomeadamente a Comissão Executiva da Ponte, presidida pelo padre José Bernardino, com o vice-presidente Benjamim Soares de Freitas, também presidente da Junta e, com ele, o tesoureiro Manuel Soares dos Santos e o secretário Armando dos Santos Ala de Resende.
O registo de baptismo de Escolástica Maria de Jesus


2 - ANO 1809: ESCOLÁSTICA, 
UMA BEBÉ DE ÓIS DA RIBEIRA: Escolástica é o nome mais estranho e curioso que achámos nas nossas navegações pela história de Óis da Ribeira. Foi baptizada a 22 de Agosto de 1809 e faleceu a 11 de Agosto de 1888, há 134 anos!
Solteira, jornaleira e de 79 anos, morreu repentinamente, pelas 8,30 horas da manhã desse dia e na sua casa da Rua 
Registo de óbito de Escolástica
do Cruzeiro. Era filha de Josefa Barrelha,
do Cruzeiro. Era filha de Josefa Barrelha, também jornaleira e solteira, mas de , ao tempo lugar meeiro de Óis da Ribeira e Travassô, na altura já certamente falecida.
Escolástica era neta materna de Manuel José Fernando, de Travassô, e de Joaquina Maria, de Cabanões, e, como padrinhos de baptismo teve José Braz Pinheiro e e Joana Almeida, ambos de Óis da Ribeira, em cerimónia celebrada pelo padre António José da Mota e tendo  Manuel de Freitas Soares e José Almeida como testemunhas.
Escolástica Maria de Jesus, era este o seu nome completo, deixou uma filha - cuja identidade desconhecemos, assim como os seus eventuais descendentes da actualidade.
- NOTA: Tivemos curiosidade em perceber o significado de tão insólito nome e a wikipédia fez-nos saber que escolástica é derivado é derivado do grego e atribuído a quem pertence à escola, é instruído e sábio.
 Quem diria?! Uma criança de Óis da Ribeira chamada Escolástica!
O edital nº. 188 de 1878

3 - ANO 1878: INVENTÁRIO DE
 MENOR POR MORTE DE ANA
ROSA DE JESUS: O Diário do Governo nº. 178, de 2 de Agosto de 1878, há exactamente 144 anos, publicou um edital do Tribunal de Águeda citando José Maria do Carmo e seus filhos António Joaquim do Carmo e Vicente Maria, ausentes no Brasil, em parte incerta, por morte de Ana Rosa de Jesus - respectivamente sua mulher e mãe.
O edital era de 14 de Agosto e assinado pelo escrivão José Martins de Pinho.
- NOTA: Ana Rosa de Jesus era dona de casa e tinha falecido a 29 de Julho de 1878, Natural de Cortegaça, residia em Óis da Ribeira. A 27 de Agosto de 1884, o Governo Civil de Aveiro emitiu um passaporte para a filha, do mesmo nome e para o Brasil. Tinha 22 anos e era viúva de António de Almeida da Silva, de Travassô. 
Edital no Diário do Governo 188/1894

 4 - ANO 1894: EDITAL DO TRIBUNAL 
DE ÁGUEDA PARA VENDA DE CASA 
E ANEXOS: O Diário do Governo nº. 188, de 22 de Agosto de 1894, publicou um edital do Tribunal de Águeda para citação de interessados numa casa de habitação e anexos de Óis da Ribeira. 
O requerimento era de José Gomes Fernandes e Delfina Pereira, sua mulher, citando António Lourenço Pires, solteiro, emigrado em parte incerta do Brasil, e Silvina Rosa Faneca, viúva de Manuel João Pires Soares - esta a representar os seus filhos Aníbal e Olímpia, de 14 anos, e também em paradeiro desconhecido.  
- NOTA: O que estava em causa era a venda do bens a um seu filho e os éditos corriam por 30 dias, por ordem de R. Calixto, o juiz da Comarca de Águeda, com o escrivão João José Pinto Camelo Coelho. 

Maria Olinda
5 - ANO 1978: MARIA OLINDA
ESTIMA DOS REIS
: A óisdaribeirense Maria Olinda Estima dos Reis nasceu a 8 de Janeiro de 1932, há 90 anos, e faleceu, vítima de doença, a 22 de Agosto de 1978. Há 44 e deixando viúvo e dois filhos menores.
Filha de Sebastião Pires dos Reis e de Maria da Graça Sucena Estima, da Rua Manuel Tavares (a do Cabo), em Óis da Ribeira, era irmã de Manuel (Neca, falecido a 5 de Janeiro de 2021) e de Rogério Estima Reis (morador em Oeiras). Casou com Messias dos Santos Framegas (Sias), falecido subitamente a 4 de Junho de 2017.
- NOTA: O casal teve os filhos Selda Maria (moradora na Rua de Santo António) e Paulo Rogério dos Reis Santos Framegas (da Rua da Pateira), ambos em Óis da Ribeira.

Nair Figueiredo
As placas que registam o primeiro funeral
do Cemitério Novo de Óis da Ribeira

6 - ANO 1993: NAIR FIGUEIREDO, O PRMEIRO FUNERAL NO CEMITÉRIO NOVO: O primeiro funeral realizado para o Cemitério Novo de Óis da Ribeira foi o de Maria Nair Antunes de Figueiredo, a 22 de Agosto de 1993. Há precisamente 29 anos!
Natural de Espinhel, era casada com o óisdaribeirense Walter dos Reis Framegas, entretanto falecido, e o casal teve uma moagem na Rua Manuel Tavares, antiga Rua do Cabo. Teve os filhos Manuel Horácio, Armando e Maria de Fátima Figueiredo dos Reis, todos residentes em Óis da Ribeira.
- NOTA: O Cemitério Novo foi construído pela Junta de Freguesia presidida por Manuel Soares, resolvendo o então grave problema de falta de espaço no Cemitério Velho. O terreno foi comprado ao comerciante António Marques dos Reis, falecido a 11 de Março de 2018, que o vendeu por, expressamente, ser para aquele objectivo.

A primeira reunião do Centro Social da ARCOR, há 21 anos: 
os engºs. António Canas e Filipe Magueta, Celestino Viegas, 
Dinis Alves, António Simões, Milton Santos, Arlindo Reis 
e Milton Gomez


7 - ANO 2001: REUNIÃO DA ARCOR COM
EMPREITEIRO DO CENTRO 
SOCIAL E  SEDE DA JUNTA: A direção da ARCOR teve a primeira reunião formal com a Construções Marvoense e sobre as obras do centro social e sede da Junta de Freguesia a 22 de Agosto de 2001, há precisamente 21 anos. O tempo voou!
A empresa de Ventosa do Bairro, da Mealhada, tinha ganho o concurso público, por 149 713 962$00 - seriam agora 1.007.890,19 euros, mais IVA - e foram-lhe adjudicadas as obras. Concorreram outras três empresas: Encobarra, também da Mealhada (197 517 470$00), a Construtora da Bairrada, de Oiã (192 005 928$00) e a Socértima, de Anadia (196 424 519), todas mais IVA.
- NOTAA reunião foi a primeira das dezenas que se seguiram nos 4  anos seguintes e, da ARCOR, teve participação do presidente Celestino Viegas, do tesoureiro Arlindo Reis, do vogal Milton Gomez e do PAG Milton Santos, com os engºs. António Canas (fiscal oficial das obras) e Filipe Magueta (Marvoense), António Simões, administrador da Marvoense (já falecido), e Dinis Alves (da comissão de fiscalização).

8 - ANO 2015: FERNANDO SUAREZ 
LANÇPU O «CD» «SUEÑOS 2015!»: O ribeirense Fernando Suarez lançou O CD, que intitulou «Sueños 2015» e que inclui 16 temas - entre eles  a imortal Cantanamera e a Rapariga de Ipanema.
O CD foi gravado na Venezuela, onde está emigrado, e cantado em espanhol, com algum sotaque brasileiro. A apresentação ocorreu no restaurante Pôr do Sol, em Óis da Ribeira e na noite de ontem - sábado, dia 22 de Agosto de 2015.
- NOTA: Fernando Suarez é o ribeirense que há mais de uma dezena de anos foi raptado na Venezuela, com sua esposa (Fernanda) e filha (Sara). Junta a esta dramática experiência pessoal e familiar o gosto de apresentar o seu trabalho discográfico. Parabéns!
- NOTA: Fernando Matos Suarez está actualmente radicado em Óis da Ribeira, embora ainda mantenha interesses empresariais na Venezuela. 
A Rua dos Aidos, há um ano. E hoje!




9 - ANO 2021: RUA DOS AIDOS 
SEM ASFALTO NO ALARGAMENTO: A Rua dos Aidos, de que ontem aqui falámos, foi alargada no tempo da governança da Junta de Freguesia de Óis da Ribeira, a do presidente Fernando Tavares Pires.
Antes, pois, da (des)União de Freguesias de TravassÓis. Há para aí uns 10/12 anos.
Pouco depois e ainda na gestão de Fernando Tavares Pires, o asfaltamento chegou a estar em plano de actividades, mas não se concretizou - sem tempo útil para que tal acontecesse.
A partir daí, a rua entrou em zona de sombra, esquecida, abandonada.
A política, entretanto, «fez das suas» e fez com que as freguesias de Óis da Ribeira e Travassô, em 2013,  constituíssem uma forçada (des)União. Já lá vão 8 anos!

Alargamento mas
sem alcatrão

A rua, entretanto, foi intervencionada pela rede de saneamento, em 2019, mas, quanto a asfaltamento, só foi recuperada a parte da vala que foi aberta - já em Junho de 2020.  E, a brincar a brincar, já lá vão 14 meses!
O espaço do alargamento do tempo da governança de Fernando Tavares Pires, aos já tais 10 a 12 anos passados, ficou e continua no tinteiro do esquecimento. Em terra batida, ao lado do alcatrão. Como se vê nas imagens.
Nem um chisquinho de alcatrão.
Assim se brinca, por omissão ou desmazelo, ou seja lá pelo que for, se brinca com o povo de Óis da Ribeira, ante o silêncio e a cumplicidade das eleitas autoridades locais!
Palavras para quê? É política à portuguesa! À moda de TravassÓis!!!
- NOTA: Um ano depois, as palavras que acima se releem continuam absolutamente actuais. Infelizmente, quem deve agir gosta mais de fazer festas e propaganda, para ganhar votos.

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