domingo, dezembro 04, 2022

2 - Os 125 anos da Tuna/AFOR: Memórias e saudades, homenagem a José Maria Gomes! 7 novos jovens músicos e... futuro certo! Uma União de Bandas sem a... Tuna/AFOR !

O concerto dos 125 anoa da Tuna/AFOT com o cantor FF
Ana Neves e Carlos Matos (Bigodes)
na gravação do CD de 2013
Alípio S. Framegas



A Tuna / Associação Filarmónica de Óis da Ribeira (AFOR) comemorou 125 anos e já ontem o d´Óis Por reportou, em primeira parte, o programa dos dias 26 e 27 de Novembro de 2022.
«A Tuna / AFOR em festa dos 125 anos! Confiança no futuro e portas que se fecham! - 1», assim titulámos.
Hoje, voltamos ao assunto e ao
 domingo de 27 de Novembro deste 2022 que assinala os 125 anos da Tuna / AFOR, que começou com a romagem ao cemitério, homenageando fundadores, dirigentes, músicos, maestros e associados já falecidos (10 horas), o acompanhamento da missa solene da Igreja de Santo Adrião de Óis da Ribeira (10,15), o hastear de bandeiras na sede e o almoço comemorativo no salão cultural da ARCOR.







José Maria Gomes
(capa da marcha)
Hostilino Matos e
José Maria Gones

Memórias e saudades,

homenagem a José Maria Gomes !


A entrada d
os convidados no salão arcoriano foi tempo de emoções várias, destacando-se a espontânea salva de palmas para Alípio dos Santos Framegas, decano músico tunante (já retirado) no momento da sua entrada. Neto de um dos fundadores da Tuna (Jacinto Pereira de Matos), o antigo músico, já sem a saúde de outros tempos e acompanhado por familiares, fez-se ouvir sempre que a Tuna terminava cada peça do concerto.
Concerto que, na abertura, foi tempo para um minuto de silêncio em memória dos recentissimamente falecidos presidentes da direção e músicos da Tuna - os irmãos Carlos Matos (o Bigodes, também maestro e a 12 de Novembro de 2022) e Hostilino Matos (a 22), seguindo-se a passagem da música «Rita e Manecas», que Carlos «Bigodes» e Ana Neves interpretaram para o CD gravado em 2013.
Ambos os momentos foram seguidos de longas e sentidas salvas de palmas. De saudade e de memória do primeiro (Hostilino) e segundo presidentes (Carlos) da direção da Tuna, após a sua «ressurreição» de 1993. Ambos netos paternos de Jacinto Pereira de Matos, um dos fundadores; filhos Óscar Pereira de Matos de outro músico, dirigente e maestro.

Estreias: a Mariana e a Inês e, 
à frente, o Martim e a Yara 

Tuna / AFOR com
7 novos jovens músicos
e... futuro certo!

O concerto foi dirigido pelo maestro António Bastos e outro momento emotivo da história tunante/aforiana aconteceu quando foram apresentados os alunos que entraram para a associação desde 2021. Nada mais nada menos que 7: as flautistas Mariana Alegria, Inês Miranda e Lara Brites, os clarinetistas Yara Branco, Gabriel Lima e Martim Almeida (clarinete) e o saxofonista Mateus Lima.
Músicos novos e jovens, que são «colheita» das pautas da escola de música e o futuro da Tuna / AFOR!  
Antes da última peça, foi tempo para homenagear José Maria de Almeida Gomes, o músico mais velho no activo. Músico que raramente falha um ensaio e que está sempre pronto a ajudar, tendo agora uma obra em sua homenagem, escrita pelo 
Novo músicos: Lara
Brites e Gabriel Lima
Capitão Amílcar Morais: «José Maria Gomes, Homenagem ao amigo».
A obra já está pronta desde o final de 2020 mas, devido à pandemia, só neste aniversário foi apresentada. Foi a última peça do concerto e foi dirigida por Mara Brites, neta do homenageado.

Presidentes unânimes
no apoio à Tuna/AFOR!


Sérgio Neves, presidente da Junta de Freguesia da UFTOR, destacou, na sua intervenção, «a homenagem aos que já partiram, mas também aos que cá estão», como foi (é) o caso da «homenagem ao sr. José Maria».
«Fico muito agradado com a presença de outras entidades da União de Freguesias», disse o autarca, referindo-se à 12 de Abril e aos Escuteiros, pois isso «é sinal que as Feiras Rurais são frutos».
Referiu-se também ao concerto com FF e precisou que «a Tuna está para lá da dimensão que certas e determinadas pessoas acham que é uma banda». Mas, disse ainda, «quando somos pequenos mas temos vontade, podemos fazer coisas muito boas e levar o nome da nossa terra muito longe».
«Gostava que aquele tipo de eventos pudesse ser trazido para a nossa pateira»
, disse Sérgio Neves, apontando para «um evento que está a ser pensado para o futuro, organizado pela Junta de Freguesia».
O presidente Jorge Almeida, da Câmara Municipal de Águeda, afirmou «estar aqui com muito gosto» e, sublinhou, «a tratar a Tuna exactamente de igual para igual, como com as bandas do nosso concelho».
«Não pude estar no Centro de Artes, mas sei exactamente o que se passou e quero deixar os meus parabéns», concluiu o presidente da Câmara Municipal de Águeda.
Filipe Almeida, presidente da Assembleia Municipal, surpreendeu-se por «ver no palco 80 a 90% de músicos jovens e muito jovens», o que, do seu ponto de vista, «significa que a instituição está viva e muito bem viva».
«Nada mais a dizer, além de que Óis da Ribeira é lindíssima e não digo isto de cor, digo porque de facto é assim que eu a sinto. Com uma localização muito feliz, a sua proximidade com a pateira dá-lhe todo um deslumbramento e encanto que tenho certeza que todos vocês adoram, assim como eu, como aguedense», disse Filipe Almeida, concluindo: «Mantenha-se portando juntos e unidos e vão fazendo desta terra aquilo que ela bem merece».
Os órgãos sociais da Tuna / AFOR do ano 125. Da esquerda
para a direita, Carla Tavares (PAG), Marisa Silva (que se
demitiu). António Reis (PD), António Soares (PCF), Armanda
 Marques, Gabriela Reis (que se demitiu) e Carla Duarte. 
Atrás: João Baptista, Victor Fernandes, Ricardo Branco,
Sandra Marques, Jorge Élio Framegas e Paulo Gomes.
Faltam João Pedro Bastos e Carlos Vidal (que se demitiu)


Uma União de Bandas
sem a... Tuna/AFOR !


Carla Tavares, presidente da assembleia geral da Tuna/AFOR, lembrou os recentes falecimentos dos irmãos Carlos «Bigodes» e Hostilino Matos, destacando também a homenagem aos presentes (José Maria Gomes) e também «o olhar para o futuro» - referindo-se aos novos 7 elementos.
A PAG da Tuna/AFOR, depois dirigindo-se ao presidente da Câmara, comentou que «de facto, estamos de acordo que devemos tratar todas as bandas por iguais e, por isso, continuamos a não perceber porque razão não podemos integrar aquela que é a União de Bandas de Águeda» - a UBA.
«Bem sabemos que o sr. Presidente da Câmara não tem nada a ver com isso, mas há uma associação que, de forma inexplicável, continua a recusar a entrada/acolhimento de outra filarmónica sem apresentar motivo para isso», afirmou Carla Tavares, acrescentando achar que «há coisas que precisam de ser melhor clarificadas, ainda para mais sendo uma entidade que também vive de apoios da Câmara».
«Era com muito gosto (e justiça) que veria, no futuro, a Tuna  integrar a UBA. Até porque se temos uma União de Bandas e todos estamos de acordo com o actual nível da Filarmónica de Óis da Ribeira, não se percebe porque é que tal ainda não aconteceu», concluiu a presidente da assembleia geral da Tuna/AFOR.
Luís Neves
- NOTA 1: O d´Óis Por Três reagradece e reenaltece, a colaboração de Luís Neves (na foto ao lado) para a elaboração deste trabalho sobre os 125 anos da Tuna/AFOR. Sem ele, antigo dirigente e sempre músico da associação, e o rigor dos pormenores informativos que gentil e generosamente nos forneceu, na verdade não nos teria sido possível deixar, em forma escrita, rigorosa e para o futuro, esta data histórica da Tuna/AFOR.
Obrigadíssimos!

- NOTA 2: Não dispomos, com pena nossa, de imagem do jovem músico Mateus Lima. Alguém no-la poderá arranjar? Poderão fazê-lo para doisportres2@gmail.com. Obrigados.

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