Plano Nacional de Controlo dos Jacintos d´Água

Os jacintos na pateira, margem de Óis da Ribeira. Vezes há em que as águas
da lagoa ficam totalmente tapadas pela planta invasora

A proposta de criação de um plano nacional de controlo da espécie invasora jacinto-de-água foi aprovada na Assembleia da República, como recomendação ao Governo e por proposta do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda (BE).
O documento foi apresentado a 12 de Novembro de 2019 e cita expressamente a pateira como «um caso paradigmático no que respeita a esta invasora».
«A pateira sublinhou o BE - dispõe de uma ceifeira aquática que remove mecanicamente a espécie (...) e tem apresentado bons resultados no que respeita ao controlo do jacinto-de-água», mas «recentemente, foi emprestada para actuar no rio Soraia, o maior afluente do Tejo, e que em Benavente se encontrava com áreas completamente cobertas pelo jacinto-de-água».
«É um novo avanço no combate a esta praga invasora. O jacinto de água é uma praga que afecta em muito o nosso concelho, principalmente a pateira, a maior lagoa natural da península ibérica», considerou o Nelson Peralta, deputado eleito por Aveiro e que recentemente esteve na margem de Óis da Ribeira.

O deputado Nelson Peralta (BE) na pateira

Campanha de sensibilização 
«contra»... os jacintos 
d´água

O caso da pateira, segundo o BE, «mostra que a espécie pode ser relativamente controlada e confinada se existir um trabalho contínuo de remoção da mesma». Aliás, acrescenta a proposta bloquista, «a ausência desse trabalho, por empréstimo da ceifeira, provocou novo crescimento da espécie, que agora ocupa uma parte considerável da superfície da pateira», refere a proposta do Bloco de Esquerda, apontando a necessidade de «definição de áreas de intervenção prioritária, nomeadamente por motivos de conservação da natureza e por áreas onde a espécie coloca em risco a integridade do ecossistema».
O BE propôs também a realização de «uma campanha de sensibilização para difundir o carácter invasor da espécie, os riscos que apresenta para os ecossistemas e para a necessidade de não a reproduzir ou utilizar como planta ornamental».
A proposta de criação do plano foi aprovada com maioria e abstenção dos partidos Iniciativa Liberal e do Chega - um deputado, cada.