O padroeiro Santo Adrião da Paróquia de Óis da Ribeira

Santo Adrião, padroeiro da Paróquia,
 na Igreja de Óis da Ribeira 

A Enciplopédia de Festas Populares e Religiosas de Portugal aponta 4 festividades em Óis da Ribeira: Nossa Senhora de Fátima, Santo Adrião, Santo António e São Sebastião.
Julgamos saber que, actualmente, apenas se realiza a de Nossa Senhora de Fátima e em moldes inabituais, quanto à tradição de ser simplesmente religiosa e agora também envolver parte profana.  
O d´Óis Por Três nem se lembra de se realizarem as outras, se bem que, há bem poucos anos, se realizou a Festa da Paróquia - não estamos certos que seja esta a designação. O que não quer dizer que não se tenham realizado. Lembra-se, isso sim, da festa da pateira, mas esta é (era) só profana, com bailes e merendas na margem da lagoa e em frente ao restaurante.
Estranho para o d´Óis Por Três e para muita gente também é muito estranho é o facto de, em Óis da Ribeira, não ser celebrado o santo padroeiro da Paróquia: Santo Adrião.

Santo Adrião no altar da

Igreja de Óis da Ribeira

Santo Adrião, padroeiro
da Paróquia de Óis da Ribeira 

Adriano de Adriano, ou Santo Adriano, foi, segundo a wikipédia, um guarda herculiano do imperador Galério Maximiano que, após se converter ao cristianismo com a esposa Natália, foi martirizado em Nicodémia, na região de Vifania, na Ásia Menor, hoje território da Turquia e cidade de Izmit. 

Aos 28 anos, chefiava a terrível guarda hercúlea a quem o imperador atribuía a tarefa de aniquilar quem se atrevesse a questionar os deuses romanos e as ordens do império. Foi no exercício dessas funções que Adriano encontrou um grupo de 23 cristãos e as ordens foram claras: obriga-los a qualquer preço a oferecer sacrifícios aos deuses pagãos. 

O grupo recusou, Adriano interrogou-os para saber os que os movia e foi confrontado com a resposta: «Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam» (1 Cor 2,9).

Adrião declarou-se depois abertamente ser também cristão, mes-

mo que ainda não baptizado: «Acrescentai também o meu nome a estes heróis mártires, pois também eu me declaro cristão». 

Foi logo preso e a esposa, que era cristã, visitava-o e instruía-o na fé. Depois de ter sido baptizado pelos irmãos, foi condenado à morte e a esposa proibida de o visitar.

Adrião morreu com outros mártires cristãos a 4 de Março de 304 (ou 306), tinha 28 anos. Quando tentavam queimar os seus corpos, a terra tremeu, o céu cobriu-se de nuvens e a chuva apagou o fogo. Os inimigos fugiram, mas os cristãos ficam junto dos seus mártires, recolheram-os em urnas e enviaram-os para Bizâncio, onde foram sepultados em Argiropólis. As relíquias destes Santos Mártires foram transladadas para Roma num dia 8 de Setembro, pelo que é neste dia que se celebra a sua festa.

S. Adrião é o padroeiro dos quebrados e danados, sendo sendo também invocado por militares, carcereiros e carteiros, comerciantes de armas e açougueiros. E protector contra a peste.