quarta-feira, agosto 19, 2020

Os jacintos, a draga/ceifeira, os (não) protocolos...

Jacintos na plataforma de acesso da canoagem da ARCOR
A draga/ceifeira «Pato Bravo» foi comprada para a pateira
mas está estacionada no rio Águeda, em Águeda, e andou já
por outras bandas de Portugal. Menos onde deveria estar 


A jacintização da pateira continua, 14 anos depois de ter sido adquirida a famosa draga «Pato Bravo» que, no então dizer de Gil Nadais, o presidente da Câmara só dentto de dois anos terá resultados substanciais».
Olha-se para a imagem de cima, recolhida nas redes sociais, e vê-se o estado da margem de Óis da Ribeira , 14 aos depois. 
A draga custou 185 000 euros ao erário municipal, incluindo a a ceifeira e o respectivo material de apoio: um atrelado e um tapete para descarga das plantas recolhidas. 
«Retirando os meses de inverno duro e as cheias, o que implicará que a máquina seja retirada da água, o resto do tempo será de trabalho», garantiu o autarca, reconhecendo que só dentro de dois anos poderá haver os tais «resultados substanciais» na pateira, que é comum aos concelhos de Aveiro e Oliveira do Bairro.
O tempo passou e periodicamente a pateira aparece grávida de jacintos, que são até alga de bonita flor, mas ambientalmente daninha. 
A draga, entretanto, andou por Montemor, Benavente e outros sítios de Portugal, que não Águeda.
O primeiro protocolo: Fernando Pires (Óis da Ribeira), 
Sesnando Reis (Requeixo), Teresa Fidélis da Silva (Hi-
drográfica do Centro), Gil Nadais (Câmara de Águeda), 
Carlos Nolasco (Fermentelos) e Manuel Campos  
Espinhel. Em Junho de 2010, há mais de 10 anos!

Protocolos com a Região
Hidrográfica do Centro


A 30 de Junho de 2010, a Administração da Região Hidrográfica do Centro (a antiga Hidráulica do Mondego) outorgou um contrato de parceria com as Juntas de Freguesia ribeirinhas da pateira - Óis da Ribeira, Requeixo, Fermentelos e Espinhel - para «acções de limpeza dos jacintos de água e reabilitação da pateira». 
O acordo foi renovado em Maio de 2011, com as mesmas Junta de Freguesia de Espinhel, Fermentelos, Ois da Ribeira e Requeixo e também para «a limpeza dos jacintos e reabilitação da pateira», mas acabou  por ser extinto - disso se queixando os respectivos autarcas.

Ao tempo, cada uma das 4 Juntas de Freguesia recebeu 3200 euros, em 4 meses, para proceder à vigilância e remoção manual dos jacintos, como acção preventiva. 
O objectivo era erradicar os jacintos, como enfatizou António Cunha, que representava a ARHC, na altura da assinatura dos protocolos e frisando que «a parceria de há um ano foi um sucesso, razão porque se repete».
Mas que era relativamente bom, acabou... há 9 anos!
Entretanto, a draga/ceifeira anda a cirandar pelo pais e os jacintos florescem na pateira.

3 comentários:

Anónimo disse...

Mas afinal para é que existe uma junta de freguesia e mais uns eleitos para a assembleia?

Pelos vistos só marcam presença para arrecadar senhas de presença às expensas do erário público!

Mas os únicos responsáveis por estas e outras traulitadas, é o povo que elegeu quem nem sequer é de Ois!

Anónimo disse...

Se antes era difícil e havia vontades, imagine-se agora que a vontade de fazer algo por Óis é nenhuma.

Anónimo disse...

Isso é peixe com verduras e farturas :)