domingo, setembro 27, 2020

AFTOR (2): O parque, os números, a saúde, a política de comunicação...

A sede da União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira em Óis da Ribeira

Junta de Freguesia da União de Freguesias de
Travassô e Óis da Ribeira: a secretária Ondina
Soares, o presidente Sérgio Neves e o tesoureiro
Paulo Pires, todos eleitos do PSD


As actuais sessões da Assembleia da Freguesia da União de Freguesia de Travassô e Óis da Ribeira (AFTOR) são um «decalque», para pior, das famosas e trágicas reuniões da presidência de Sérgio Neves, nos seus inesquecíveis tempos de furor anti-Mário Ramos Martins - o então e agora já esquecido presidente da Junta, que foi do CDS, do PS e do Juntos. 

Se a esse tempo nada se entendia do «parlapié» político, agora ainda menos. As AF´s são quase inenarráveis.
O que «safa» os trabalhos» é a maioria que protege a (in)explicável autocracia do presidente da Junta de Freguesia. Isto e com o devido respeito, dizemos nós, que pouco percebemos de política e, diríamos até, cada vez menos percebemos de pessoas.
O desenrolar dos trabalhos é uma manta de retalhos, uma «farinha de mistura» que embaralha e não esclarece e dá sempre no mesmo: aprovação por maioria. É o que é!
O juvenil juntista Carlos Vidal, do Juntos, perguntou «quem gere a página da Junta?», a página de propaganda oficial do executivo, e por que limpou a Junta os caixotes do lixo da pateira, o que, do seu ponto de vista «não lhe compete». O que o levou, também, a perguntar por que tal não foi publicado na página oficial da autarquia,
A pergunta vale(u) pela presidencial resposta: não respondeu. E não respondeu aparentemente porque se acha no direito de só responder ao que quer. Que responderá no site. Ainda disse, todavia, que «como corre bem, tem que se perguntar e questionar....» e que «as limpezas do parque é partilhada pelo bar e, em Travassô, com a Nossa Senhora do Amparo!»
«Com o objetivo de manter parques limpos!», asseverou Sérgio Neves, escusando-se, à frente, de explicar porque há internautas excluídos da página oficial de facebook da Junta.
«Eu próprio fui banido da página do facebook! O que é grave!», retorquiu-lhe Carlos Vidal, acrescentando ter «conhecimento de mais pessoas na mesma situação!».

A página de facebook da União de
Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira


A(não) política de
comunicação da Junta 

A política de comunicação da UFTOR foi também questionada por Ricardo Almeida, eleito do CDS + Independentes.
 «Não me revejo na comunicação, que às vezes envergonha! Bloqueiam pessoas? Foi algum erro? É feita por alguma empresa, é paga?», perguntou o eleito da AFTOR.
Sérgio Neves, reagiu indiferente: «Se a página envergonha, temos muita pena!».
«Não é a página, mas, sim, a comunicação», retorquiu-lhe Ricardo Almeida.
Sérgio Neves, lacónico: «Não pagamos a página».
Ricardo Almeida voltou ao assunto, falando de actas, uma vez que Sérgio Neves disse que estavam a digitalizá-las, para as colocar no site.
«Digitalizem primeiro as actas mais recentes, para verificar as alterações feitas, e não primeiro as de 1970», sugeriu o eleito do CDS + Independentes.
Carlos Vidal

Cala-te, Carlos, por que
não te calas, Vidal ?!

A gestão das redes sociais da UFTOR continuou na agenda dos respeitosos eleitos da AFTOR, reperguntando o juntista Carlos Vidal se «há pessoas banidas, ou não, na página?».
Sérgio Neves admitiu implicitamente que sim, afirmando que tal acontece «em casos de lavagem de roupa suja, por exemplo!». E, acrescentou, em situações de «perfis falsos».
Sofia Pinheiro, a presidente da AFTOR, comentou que «qualquer um pode bloquear» e Carlos Vidal deu o caso dele como exemplo de ter sido bloqueado.
O que embravou Sérgio Neves: «Não admito que me chamem mentiroso. Enquanto não se retratar, não respondo».
«Isto não é teatro! Em nenhum momento lhe chamei mentiroso! É bom que fique escrito isso em acta!», retorquiu Carlos Vidal.
Sérgio Neves, meio enfadado, disse que não respondia «a mais nada» de Carlos Vidal.
Entendam-se! E falem, falem, falem... Não se calem! Mostrem-se!
O bar do parque da pateira

O bar da pateira
e os cemitérios !

Ricardo Almeida falou do ambiente criado em volta da concessão do parque da pateira, que disse «não achar o melhor» e considerou que «quando se coloca uma questão, isso não é a colocar tudo em causa!».
«É o nosso dever fiscalizar», disse Ricardo Almeida, acrescentando que «não está em causa o projeto, mas não me sinto esclarecido sobre os parâmetros..., nomeadamente o edital!». 
«Se existem tantos documentos divulgados, este seria importante divulgar! Porquê só em Travassô?»,, questionou eleito do CDS + Independentes, que também falou do retorno financeiro, «principalmente quando em assembleia foi apresentado um caderno de encargos!» Assim sendo, admitiu, «mais vale não trazer, porque é alterado e ninguém informa nada!»
Relembrou que António Horácio Tavares questionou a UFTOR, quando à limpeza dos parques e perguntou se «iria limpar tudo?, os dois parques?»
Afirmou também que Sérgio Neves disse que «só havia um parque» e que «mudou a palavra, ao alterar os parâmetros do acordo». Quanto ao convite aos comerciantes (para a concessão do parque), lembrou que «foi garantido aqui que todos os serviços nessa área iriam ser convidados»! E se 9 ou 10 mil euros mais IVA, «se o preço foi o mesmo».
Sérgio Neves não se ralou com as questões: «Não posso responder a noite toda a perguntas iguais, sobre a gestão que eu faço!».
Ainda assim, e sobre o parque, admitiu que «não estávamos a contar com tanta adesão de pessoas e tanto lixo».
«Estamos a assumir, então, que o senhor não tinha razão», proclamou Ricardo Almeida.
«Se deixarmos a responsabilidade toda ao concessionário, estamos a ser injustos para quem divulga e explora a freguesia!», disse Sérgio Neves.
«Assinaram isso?», perguntou o eleito do CDS + Independentes.
«A alteração das limpezas de parque e casas de banho foi posterior à assinatura», disse Sérgio Neves..
«Podemos consultar? Na Junta?», perguntou Ricardo Almeida.
«Claro», respondeu Ilda Pinheiro, a presidente da AFTOR, substituindo-se ao presidente da Junta.
«Serão publicados no site!», acrescentou Sérgio Neves, porém,
não adiantando quando!

Extensão de Saúde,
a COVID 19 e os
cemitérios de ÓdR !


Ricardo Almeida, eleito que trabalha na área da saúde, alertou para o impacto pandémico da COVID 19 e afirmou que «é preciso «apoiar as instituições», apelando a que «haja, desde de casa, preocu
pação com o assunto».
Falou do ambiente criado, que disse «não achar o melhor» e considerou que «quando se coloca uma questão, não é a colocar tudo em causa!».
« É o nosso dever fiscalizar», disse Ricardo Almeida, que também se reportou à Extensão de Saúde, à falta de médicos, à (não) qualidade das instalações da Extensão de Saúde, a falta de salas de isolamento e situações que a DGS obriga!
Sérgio Neves disse que entregou os documentos à Camara Municipal de Águeda em Maio e que «nas próximas semanas, irá a concurso publico por 434 mil euros, mais IVA!».
«Falta a declaração da Câmara, que pagará a obra!», acrescentou o presidente, referindo, a (des)propósito, que «tenho uma filha para criar e uma casa para pagar, não posso estar sujeito a ficar responsável pelo pagamento!».
Ainda segundo o autarca, «a obra
 estará no terreno no mês de Marco, se tudo correr bem!», provavelmente para durar um ano. E alertou para os casos que, nas últimas semanas tem aparecido na freguesia e de pessoas que «não tem cumprido as normas de quarentena obrigatória!».
O que se admitiu, sem qualquer certeza, é que se programa os utentes da Extensão de Travassô irem «um dia por semana a Recardães (...) e com a carrinha transportar». Carrinha da Junta.
A ligação dos dois cemitérios de Óis da Ribeira esteve em baila na AFTOR, paradas desde Junho, tendo o presidente Sérgio Neves dado uma bondosa exp
licação: 
«Estão paradas por causa do pó. O vizinho queixou-se», respondeu a António Horácio Tavares.
(continua)

6 comentários:

Anónimo disse...

Agora já é tarde demais, nem com a solução somos nós, tem solução...

Porque todo aquele que contribuiu com uma pedra para a edificação da ideia construtiva, todo aquele que denuncia um abuso, todo aquele que marca os maus, para que não abusem, esse passa sempre por ser o imoral.

E agora, não há satisfação maior do que aquela que sentimos quando constatam que proporcionamos aos outros a opção da escolha e não optaram pela moral.

Anónimo disse...

O autor do blogue a escorregar

Anónimo disse...

A suspeita sempre persegue a consciência culpada; um trauliteiro vê em cada sombra uma ameaça à sua traulitânia.

Anónimo disse...

Minha Culpa

Sei lá! Sei lá! Eu sei lá bem
Quem sou? Um fogo-fátuo, uma miragem...
Sou um reflexo...um canto de paisagem
Ou apenas cenário! Um vaivém

Como a sorte: hoje aqui, depois além!
Sei lá quem sou?Sei lá! Sou a roupagem
De um doido que partiu numa romagem
E nunca mais voltou! Eu sei lá quem!...

Sou um verme que um dia quis ser presidente ...
Uma estátua truncada de alabastro...
Uma chaga sangrenta do povo...

Sei lá quem sou?! Sei lá! Cumprindo os fados,
Num mundo de maldades e pecados,
Sou mais um mau, sou mais um pecador local...

Anónimo disse...

As obras estão paradas por causa do pó? O vizinho queixou-se?

Qual dos vizinhos? Os vivos ou mortos?

Qual pó? Pó de perlimpimpim?

Que é uma substância de efeitos mágicos ou maravilhosos, no dizer de alguns charlatães e prestidigitadores.

Anónimo disse...

A sociedade necessita de medíocres que não ponham em questão os princípios fundamentais e eles aí estão.