segunda-feira, janeiro 04, 2021

O futuro dirá..., o que para a ARCOR virá!

 

O centro social e sede da ARCOR

Dia de festa e palmas: Paulo Santos, Mário Marques,
Joel Gomes e Manuel Soares. Altos dirigentes da
actual ARCOR. A ARCOR  de 2012 a 2021!


O futuro próximo da ARCOR está, inevitavelmente, nas mãos dos seus associados. E, em primeira instância, no dinamismo, capacidade de trabalho, coragem e compromisso dos seus órgãos sociais. 
O futuro dirá..., o que para a ARCOR virá!
A convocatória para a assembleia geral de 15 de Janeiro de 2021 é alarmante, no seu ponto único da ordem de trabalhos: «Análise da situação decorrente da não apresentação de listas para os órgãos sociais da instituição e das possíveis consequências que daí poderão advir».
O que poderá advir da falta de candidatos, é simples e estatutário: não havendo listas, continuam em exercício os órgãos eleitos.
A convocatória da assembleia
geral de 15 de Janeiro de 2021
«Quando as eleições não sejam realizadas atempadamente, considera-se prorrogado o mandato em curso, até à posse dos novos corpos gerentes», rezam os estatutos.
Por aí, por não há problema algum: continuarão os órgãos sociais que há 4 anos anunciaram o seu assumido orgulho em servir a instituição. 
Orgulho que certamente não se desvaneceu.
Na altura, 5 de Março de 2017, Paulo Santos, que cessava funções de presidente da assembleia geral, passando a 1º. secretário (e já tinha sido vogal da direção no mandato de 2012/13) garantiu ter sido um orgulho fazer parte daquele órgão e felicitou os novos membros, a quem desejou «muito sucesso para os próximos quatro anos».

Manuel Soares dos Reis e Santos, até aí presidente da direção (executivo) e depois líder da assembleia geral, referiu, por sua vez, «ter sido uma honra ter servido a ARCOR durante os últimos quatro anos» e fez questão de mencionar a afluência das últimas eleições, com o número bastante elevado de sócios que exerceram o seu voto (58), comparativamente com eleições anteriores.
«É um número inédito, havendo uma única lista candidata», disse Manuel Soares, acrescentando que «é muito bom a massa associativa preocupar-se com a continuidade da instituição» e que apesar de (ele) deixar a direção continuaria «presente e disponível para tudo o que for preciso», revelando também «carinho pela associação.
Pois bem, dizemos nós, é desta gente assumidamente orgulhosa de servir a associação, que por ela tem carinho, que agora deve mostrar quanto vale. Mais os 58 associados que os elegeram. Por isso, responsáveis pela eleição dos órgãos sociais.
E continuar a instituição.
Começando pelos órgãos sociais em exercício. E pelos sócios que, citando Soares, estarão «preocupados com o futuro da instituição».
As últimas contas conhecidas, as
de 2019, apontam para mais de
5000 euros de prejuízo mensal

O assustador
défice mensal

O futuro próximo da ARCOR depende, fundamentalmente, da audácia, da competência e do compromisso dos seus órgãos sociais. Sejam quais forem.
Da estratégia que for delineada e de como for executada.
Não depende do discurso laudatório, das feiras de vaidades e dos auto-elogios que muitas vezes por aí se ouviram, em cerimónias oficiais, de bajulações bacocas e petulâncias exageradas, de louvores indevidos e imerecidos, de promoção de clãs; ou das inércias que não produzem riqueza, da inação que é morte de qualquer instituição.
A ARCOR, pela frente e para já, precisa de equilibrar contas.
Tendo como exemplo o prejuízo de 2019, o último oficialmente  conhecido, é de 61 143,40 euros.
Como isso foi possível, não sabemos!
Avançando e arredondando contas, para facilitar o raciocínio, digamos que os futuros dirigentes da ARCOR «herdam» do executivo de Mário Marques uma «prenda» de mais de 5 000 euros por mês de défice.
Isto, sem cuidar saber o mais que certo défice de 2020!
E já não podendo contar com a almofada financeira que «segurou» os últimos anos de gestão da ARCOR.
Será essa a sua primeira tarefa: criar sinergias para angariar fundos na ordem dos mais de 5000 euros por mês. Pelo menos.
Para equilibrar a gestão, assegurar a qualidade dos serviços, manter içada e bem desfraldada a bandeira da associação - o seu prestígio, a sua história e as suas (boas) memórias!
Não será fácil!
Mas é nestes momentos que se vêem os homens e mulheres de coragem. 
Obras no centro social e no hangar

As obras, o hangar, as finanças,
210 000 a 220 000 euros !

A instituição debate-se com vários problemas. Além de outros, com as obras de requalificação do edifício do centro social e a ampliação do hangar de canoagem. Já nem falando no abandonadíssimo polidesportivo.
Vamos por partes:

1 - CENTRO SOCIAL

 A ARCOR apresentou, a 28 de Maio de 2020, uma candidatura, à Câmara Municipal de Águeda, para a Medida A - Apoio à Construção ou Beneficiação de Instalações Consideradas Essenciais ao Desenvolvimento das Suas Atividades.
A estimativa de custos aponta para os mais de 170 000 euros.
A instituição encontra-se ainda a aguardar um parecer positivo, que certamente aparecerá. A ser aprovado, a Câmara Municipal de Águeda apoiará com 30 a 35%, qualquer coisa como entre os 50 e tal mil e os 60 000 euros.
A ARCOR terá de angariar entre 110 000 a 120 000 euros. Ou, em alternativa, não se realizarão as necessárias obras de beneficiação do centro social. O que não é desejável.

2 - HANGAR 

A ARCOR Canoagem tem obras de ampliação que serão comparticipadas em 200 000 euros pela Câmara Municipal de Águeda. Mas a Secção terá de angariar uma verba na ordem dos 100 0000, segundo disse Sérgio Varela, o director de comunicação da ARCOR Canoagem, em declarações ao d´Óis Por Três.
Quer isto dizer, na prática, que os próximos tempos da ARCOR carecem de qualquer coisa como entre 210 a 220 000 euros de receitas extraordinárias, mais os 60 000 / ano (5 000 por mês) para o reequilíbrio financeiro, em termos de gestão corrente. 
Isto é: o ano de 2021 precisará de receitas extraordinárias na ordem dos 270 000 a 280 000 euros.
Ou, então, não se farão obras. É a única alternativa. 
Não desejável!
O d´Óis Por Três reflecte sobre dados conhecidos, não os imaginou, e entende que o momento, sendo de gravidade extrema, terá de necessariamente ser, também, de união e criação e multiplicação de sinergias.
A ARCOR precisa de uma estratégia segura. E de quem a execute.
O futuro dirá..., o que para a ARCOR virá!

Não há que...
temer o futuro!

O momento, não sendo fácil, não deve desestimular os associados que seriamente se preocupam com a instituição.
Há 20 anos, precisamente, a ARCOR arrancava como o projecto  maior da sua história: a construção do centro social - o edifício gigante que hoje conhecemos.
Citando os números de memória, foi um investimento total na casa do um milhão de euros. Ou mais. Qualquer coisa como, segundo o conversor da PORDATA, qualquer coisa como 1.349.665,98 euros, nos dias de hoje.
Os 270 000/280 000 são quase um troco, face a estes números de há 20 anos.
A ARCOR conseguiu e sobrou saldo de dezenas de milhares de euros.
Agora, também irá conseguir ultrapassar esta crise. Basta seguir o exemplo. Se a geração directiva de há 20 anos conseguiu, a actual também conseguirá!  Era o que faltava!
O futuro dirá..., o que para a ARCOR virá!

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