sábado, janeiro 02, 2021

UFTOR 2021 (5): «Vamos ser caixote do lixo das outras freguesias!...»


O Valdir de Pedrosa fica na estrada para a Fontinha

António Horácio Tavares, Carlos
Vidal (eleitos) e Maria Conceição
Reis, do Movimento Juntos
Resíduos
verdes


A travassÓisense Maria da Conceição Reis, intervindo na última sessão da Assembleia de Freguesia de Travassô e Óis da Ribeira, como cidadã e no período reservado ao público, criticou o protocolo dos resíduos verdes a assinar pela Junta de Freguesia com a firma Ângulo Verde.
«Vamos ser o caixote do lixo das outras freguesias!...», afirmou a óisdaribeirense-descendente, que foi eleita local de Travassô pelo CDS e pelo PS, manifestando-se de acordo com os eleitos Nuno Oliveira (PSD) e Carlos Vidal (Juntos), que votaram contra - assim como António Horácio Tavares (Juntos) e Ricardo Almeida (CDS + Independentes).
«Como cidadã, não concordo e ficar escrito em acta que Sérgio Neves enviava uma carta a acabar com o contrato se houvesse ramadas de madeireiros, isso não serve para nada, uma vez que prevalecerão as cláusulas do protocolo!», asseverou Maria da Conceição Reis.
Sérgio Neves interrompeu-a, para afirmar que «o preço da máquina é muito alto» e que a Junta de Freguesia «não suportará esse custo!». 
O terreno em questão, de 1500 metros quadrados, situa-se no Valdir da Pedrosa, na estrada para a Fontinha, e será, proximamente e nos ternos do protocolo, depósito de resíduos verdes - ramos, ervas, folhas e ramadas.
O acordo é válido por um ano, automaticamente renovável, salvo denúncia de qualquer das partes, com uma antecedência não inferior a 60 dias e por carta registada.
Ricardo Almeida
CDS+Indep.
Resíduos
verdes


Danos a causar não
estão acautelados !

Ricardo Almeida, eleito do CDS + Independentes,  entretanto, fez questão de precisar ao d´Óis Por Três as razões de ter votado contra o protocolo, desde logo considerando, como já aqui dissemos, que «os interesses da UFTOR não estavam salvaguardados!».
«Não está em causa o serviço de recolha dos resíduos verdes ou o seu processamento para recolha», mas, frisou, «não há garantias de que os 1500m2 de terreno, gratuitamente cedidos à empresa, não se tornem num depósito de resíduos, sobrantes e ramadas, de toda a região e não só da UFTOR, sendo uma potencial fonte de combustível para possíveis incêndios, na zona em que se localize».
O eleito do CDS - Independentes acrescentou, também, que «não há garantias de quando a empresa faz o processamento e recolha dos resíduos verdes».
«Supostamente, só quando tiver o suficiente para fazer carregamentos economicamente viáveis!», considerou Ricardo Almeida, lembrando que «já existe um centro de depósito municipal que tem a mesma finalidade».
Por outro lado, considerou que «não foram acautelados os potenciais danos que serão causados nos acessos pela passagem de camiões de carga e descarga (previsivelmente madeireiros e outros a deixar os seus resíduos/ramadas) e que se tornarão encargos para a UFTOR com a sua reparação».
Também, na sua opinião, «não estão devidamente acauteladas os critérios para rescisão do protocolo em caso de incumprimento» e, por outro lado, «ficou provado que se não fosse feita a cedência do espaço à empresa, ela poderia vir na mesma pontualmente fazer a recolha de resíduos verdes acumulados num determinado espaço, se para tal fosse solicitado e desde que a quantidade o justificasse».
O que, concluiu Ricardo Almeida, «parece tornar desnecessária uma cedência gratuita e exclusiva de 1500 m2 de terreno público!»
Acta da sessão de 25
de Setembro de 2020
Ilda Pinheiro

Actas com vírgulas e
500 euros por luvas 

A interveniente Maria da Conceição Reis, sobre as actas da Assembleia de Freguesia, notou a Ilda Pinheiro, a presidente em exercício (e 2ª secretária da Mesa), que «têm que conter tudo o que os membros da Assembleia dizem».
A alusão era ao facto de a última acta não referir a parte «mentirosa» da penúltima sessão, a de 25 de Setembro de 2020 - que levou o juntista Carlos Vidal a votar contra. 
«Têm de ser mais rigorosas», sublinhou Maria da Conceição Reis, lembrando que «antigamente, o atual executivo reclamava com a falta até de vírgulas» e que «agora não dão grande valor» às palavras.
Outra questão levantada foi o custo de 500 euros por 3000 luvas, tendo Ricardo Almeida, que trabalha na área da saúde, sugerido que «têm que ser em outro tipo de material e não latex», e que «os valores aumentaram imenso desde do início da pandemia!».

MC Reis

Plano sem prioridades! Onde
será investido o dinheiro ?!

A veterana Maria da Conceição Tavares de Almeida Reis, finalmente e sobre o plano de actividades da Junta de Freguesia da UFTOR para 2021, considerou «ter pena» que o público «saia da Assembleia sem perceber uma única actividade».
«Sem entender quais as prioridades e onde será investido dinheiro!», salientou a cidadã travassÓisense, ex-eleita do poder local travassonense e que, nas eleições autárquicas de 2013, se demitiu da AFTOR (para que foi eleita nas listas do PS de Mário Martins) na sessão que deliberou, por votação maioritária, a localização da sede da UFTOR em Óis da Ribeira.
Foi candidatada não eleita do Movimento Independentes Juntos nas eleições locais de 2017 (com Mário Martins) e nas intercalares de 2019 (com Fernando Pinto). É filha do óisdaribeirense Vasco de Almeida Reis, falecido a 28 de Agosto de 2018  e aos 81 anos, tendo várias vezes sido presidente da Assembleia de Freguesia de Travassô.

3 comentários:

Anónimo disse...

Mas esta filha de um oisdaribeirense não esteve na última assembleia! Como é que ela sabe tudo que se passou nessa assembleia? Até sabe o que foi dito e não dito!

É que estas conversas de chamar mentirosos uns aos outros, ou se presencia para poder ter a certeza do que se diz ou então alguém anda a gravar clandestinamente as assembleias!

Anónimo disse...

A isto é andar deliberadamente a induzir o povo da desunião em erro...

O Valdir de Pedrosa fica na estrada para a Fontinha!!!

Não acreditamos que não saibam aonde fica o terreno!!!

Na duvida, pergunta-se a quem sabe!!!

Anónimo disse...

O povo, como de costume, não irá julgar o trabalho que este, ou outro, executivo fez porque pura e simplesmente não está a par do trabalho e acção que um executivo produz ao longo de quatro anos, salvo uma ou outra medida ou obra avulsa.

O que o povo escolhe é o executivo que mais lhe convém. Sempre na perspectiva individual e raramente na colectiva.

Dito isto, é evidente que votarei em quem me prometer um copo de vinho.