sábado, janeiro 15, 2022

Morte, há 93 anos, de Aniceto Estima o então regedor de Óis da Ribeira !

 

Aniceto Fernandes Estima

Maria Pinheiro 
de Almeida


O óisdaribeirense Aniceto Fernandes Estima era o regedor de Óis da Ribeira e faleceu a 15 de Janeiro de 1929, há precisamente 93 anos, vítima de acidente na construção de sua casa.
Regedor, pela legislação do tempo, era  o  representante da administração central junto de cada localidade e foi função apenas extinta depois da revolução de 25 de Abril de 1974.
Aniceto nasceu a a 28 de Julho de 1895 e era filho Manuel Fernandes Estima, lavrador de Cabanões - lugar ao tempo meeiro de Óis da Ribeira e Travassô -, e de Mariana Jacinta Estima, governanta de casa e natural de Óis da Ribeira. 
Neto paterno de Manuel Fernandes e de Ana Gomes de Jesus, de Cabanões, e neto materno de Manuel Ribeiro da Silva e de Josefa Maria Gomes, foi baptizado a 4 de Agosto daquele ano, na Igreja de Santo Adrião de Óis da Ribeira e em cerimóna presidida pelo padre António Francisco Alves
Combatente condecorado da 1ª. Grande Guerra Mundial, a de 1914/1918, regressou a Portugal e casou com Maria Pinheiro de Almeida a 18 de Julho de 1919. O casal teve 4 filhos: Maria Dulce e Carmen Pinheiro Estima (ambas moradoras em Óis da Ribeira e já falecidas),  Arménio Pinheiro Estima (que morava e faleceu em Viana do Castelo), e José Valentim Pinheiro Estima, de 93 anos e morador na Rua da Pateira. 
José P.  Almeida

Cunhado de revolucionário
republicano e... regedor !

Aniceto Fernandes Estima era cunhado do revolucionário republicano José Pinheiro de Almeida (irmão da esposa), que faleceu a 4 de Janeiro de 1919, aos 41 anos e vítima de tuberculose.
 Agricultor de profissão, era o regedor de Óis da Ribeira quando faleceu, a 15 de Janeiro de 1929, aos 34 anos e vítima da queda da parede da casa de habitação que andava construir, na viela do Benjamim Soares de Almeida, na Rua Manuel Tavares (Cabo), actuamente propriedade de Danilo Soares da Costa.
A parede caiu sobre ele, em circunstâncias que desconhecemos, por volta das 7 horas da manhã dessa terça-feira de há 93 anos.
Auxiliado por populares e no seu leito de morte, que pressentiu, e sem medicina que lhe valesse - era a medicina daquele tempo... -, pediu que lhe trouxessem «as criaturas com quem tivesse tido arrelias, até tendo conta o cargo público que exercia, pois que desejava pedir-lhes perdão».
Argumentando que não ia falecer, não lhe levaram os amigos tais pessoas, se as havia, mas, nas cerimónias fúnebres, o futuro regedor Manuel Maria dos Reis, dele compadre, discursou em louvor de Aniceto e, em nome dele, apresentou as desculpas pedidas.

Sem comentários: