sábado, novembro 07, 2020

Médico Carvalho da Silva faleceu há 87 anos!

Joaquim Carvalho da Silva
médico e o primeiro director 
do Hospital de Águeda
 

O médico Joaquim Carvalho da Silva foi o primeiro director clínico do Hospital-Asylo Conde de Sucena, o actual Hospital de Águeda. Faleceu a 7 de Novembro de 1933, há 87 anos e o seu nome está apagado na memória óisdaribeirense.
Filho do comerciante Jacinto Tavares da Silva, de Óis da Ribeira, e de Antónia Francisca Lopes (falecida em 1894), que era de Alquerubim, nasceu a 19 de Março de 1861.Licenciou-se na Escola Médica do Porto - cidade aonde seu pai se chegou a deslocar a pé, por volta da décadas de 60/70 do século XIX, para a abastecer sua loja de Óis da Ribeira.
Carvalho da Silva exerceu medicina em Penamacor e Borralha e foi director-clínico do Hospital desde a sua inauguração, em 1922, até 1930, aos seus 69 anos, sendo substituído pelo dr. António Breda mas lá continuando a exercer funções médicas.

O jazigo da família de Joa-
quim Carvalho Silva, ce-
mitério de Óis da Ribeira

Família doou bens á
Misericórdia de Águeda


Joaquim Carvalho da Silva casou na Borralha, onde há rua com mo seu nome, com Eugénia Augusta da Câmara Mota, da Casa do Redolho, e o casal teve dois filhos: Eduardo Câmara Carvalho e Silva (nascido em 1892) e Joaquim Câmara Carvalho e Silva (em 1893), arquitecto.
É deste, falecido a 8 de Agosto de 1962, o testamento que tornou a santa casa da  Misericórdia de Águeda «herdeira da todos os seus bens mobiliários e imobiliários, entre eles uma valiosa propriedade denominada Quinta do Redolho, com a obrigação de conservação dos seus jazigos, existentes nos cemitérios de Águeda e Óis da Ribeira», como se lê no «Livro de Encargos dos Legados Pios da Santa Casa da Misericórdia de Águeda».
Mariana J. Viegas

A filha Mariana 
de Óis da Ribeira

Joaquim Carvalho da Silva teve uma filha fora (e antes) do casamento, com descendência actual em Óis da Ribeira: Mariana de Jesus Viegas.
Mariana era filha de Rosa Florinda Viegas e nasceu a 26 de Setembro de 1880 (tinha ele 19 anos). Casou com José Pinheiro de Almeida, a 7 de Setembro de 1901, e o casal teve 5 filhos: Porfírio (nascido a 4 e falecido a 5 de Janeiro de 1904), Severino (nascido em 1904 e falecido em 1907), Eugénio e Elísio (ambos falecidos em Viana do Castelo) e Alexandre Pinheiro de Almeida (em Óis da Ribeira).
Mariana faleceu a 31 de Maio de 1971(2?), em Viana do Castelo e os três filhos sobrevivos, também já falecidos, «deram-lhe» vários netos.
Os seguintes, salvo erro e/ou omissão:
- Eugénio: Ana Maria, Eugénio e Maria Eugénia, moradores em Viana do Castelo.
- Elísio: Maria de Lurdes (ausente na Alemanha), Maria Rosa (falecida a 19de Dezembro de 2019) e Maria de Fátima, ambas em Viana do Castelo.
- Alexandre: Eugénio, já falecido (em Viana do Castelo) e José (morador nesta cidade) e Arménio Framegas Pinheiro de Almeida, morador em Óis da Ribeira, onde é empresário agro-pecuário na Rua Nossa Senhora de Fátima.

A Casa do Redolho na Rua
Carvalho da Silva

Um nome de rua
para memória futura

Joaquim Carvalho da Silva, pelas destacadas funções que exerceu, tem o seu nome atribuído à rua da Borralha, onde residiu - depois do seu casamento com Eugénia Augusta da Câmara Mota, da Casa do Redolho.
Óis da Ribeira, a sua terra natal e onde ainda hoje se mantém a capela de família, freguesia que a qualquer «bicho-careta» faz homenagens e deslumbra egos, ignora por completo esta figura maior do três primeiros decénios do século XX.
Não só ele. Outros repousam na ignorância histórica da comunidade. Por exemplo:
1 - O padre José Bernardino dos Santos Silva, presidente da Comissão da Ponte, desde pelo menos 1908. Perseguido e exilado político, não deixou morrer o sonho, até 1952 - ano da inauguração.
2 - Armando dos Santos Ala de Resende, várias vezes presidente da Junta. São dos seus mandatos obras como a construção da sede (agora da Tuna/AFOR) e a hoje chamada Rua da Pateira.
Outros também estarão esquecidos.

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