domingo, novembro 01, 2020

Os dias 1 de Novembro nos dias de Óis da Ribeira...


A carta do padre Francisco Almeida
para o Bispo-Conde de Coimbra e
o Marquês de Pombal

O terramoto de 1775 e a 
digressão da Tuna de Óis da 
Ribeira

1 - Ano de 1755,
há 265 anos !
O terramoto durou 4 minutos
e teve réplica 40 dias depois

O terramoto de 1755 também se fez sentir em Óis da Ribeira e o inquérito nacional mandado fazer pelo Marquês de Pombal foi respondido pelo padre Francisco de Almeida, já a 15 de Maio de 1756.
A resposta foi enviada ao Bispo Conde de Coimbra, Diocese a que pertencia a Paróquia de Santo Adrião de Óis da Ribeira e o padre Francisco de Almeida era o clérigo titular, dando conta que o terramoto se fez sentir por volta das 9,06 horas da manhã, durante 4 minutos e sem causar «muita bulha».
Repetiu-se 40 dias depois, por coisa de 2 minutos e «com menos estrondo que o primeiro». O sacerdote informou também não saber se outras réplicas houve, mas precisava que ao rio não chegou maré, nem alterações se viram, como não se viram bocas abertas na terra ou alguma fonte rebentou. 
O povo, ainda segundo o padre Francisco de Almeida, «despertou para Deus» e registaram-se muitas confissões e várias penitências. Por exemplo, em três noites seguidas realizaram-se procissões à capela de Santo António, com o clero e o povo descalços, cantando a ladaínha e «chorando muitos amargamente».
Óis da Ribeira, a esse tempo, tinha 125 homens e rapazes de comunhão e 146 mulheres. Cabanões era lugar meeeiro e tinha 39 homens e 93 mulheres.
Jacinto Matos
 
2 - Ano de 1906,
há 114 anos
Digressão da Tuna Musical 
a Estarreja e à Torreira
- Concertos em Aveiro, Esgueira, Eixo, Travassô e Cabanões

A Tuna de Óis da Ribeira fez, a 1 de Novembro de 1906, há 114 anos, uma memorável digressão a Estarreja e à praia da Torreira.
O grupo era formado por mais de 40 pessoas, que viajaram de barco, e a Tuna apresentou-se com peças do seu variado reportório, coroadas de aplausos, quer na vila estarrejense - onde desfilou com a bandeira oferecida pelo Conde Sucena na frente... -, quer na praia, onde se juntaram milhares de pessoas, que se despediram do barco agitando lenços.
A Tuna tinha 20 músicos e era dirigida o Jacinto Matos. Já em Aveiro, voltou a tocar e, sempre de regresso a casa, também em Esgueira, Eixo, Almear, Travassô e Cabanões.
O professor Joaquim Augusto Tavares da Silva e Cunha era o presidente da direção, com o secretário Manuel Claro de Almeida, o tesoureiro Jacinto Matos (o maestro) e os vogais José Ferreira das Neves Júnior e Manuel Maria Tavares da Silva.

2 comentários:

Anónimo disse...

A vida é imprevisível, e o controle é só uma ilusão.

Anónimo disse...

Um povo sem conhecimento, saliência de seu passado histórico, origem e cultura é como uma árvore sem raízes.