quinta-feira, dezembro 03, 2020

A ARCOR em pré-eleições, as realidades, as dinâmicas directivas...

As árvores do Natal de 2020, em Óis da Ribeira: a da Junta de Freguesia e
a da ARCOR (mais pequena), na frente ao centro social e sede da UFTOR 

A actual direção da ARCOR, em final de
mandato: a vice-presidente Teresa Car-
doso, tesoureiro Joel Gomes, secretário 
Rui Fernandes, presidente Mário Mar-
ques e vogal Carlos Pereira
                                                        A ARCOR - Associação Recreativa e Cultural de Óis da Ribeira volta a ser tema de hoje, por estar em maré (pré)eleitoral e se aproximarem as comemorações do 42º. aniversário.                          São dois bons motivos.                 E, até por isso mesmo, há que, necessariamente, honrar e dignificar essa história, as suas memórias, os bons e os menos bons momentos.                                «Está na altura de alguns ex-dirigentes voltarem para a direção da ARCOR», considera um comentador do d´Óis Por Três, corroborando, de resto, o que por AQUI e noutras ocasiões já falámos.                                                                                               O problema maior, assim nos parece, é que essa gente, esses antigos dirigentes «desapareceram» do mapa associativo.
E que antigos dirigentes? Quem?
Por onde andam eles? Estarão sensibilizados ou ao menos conhecem os verdadeiros problemas da associação? Quem sabe?
A direcção de 2005: Ascenção Tavares,
Madalena Neves, Agostinho Tavares,
António José Tavares e Porfírio Pires


Não basta vontade, é
preciso ter capacidade !


O d´Óis Por Três, entre Maio e Agosto deste ano, tentou ouvir vários ex-presidentes de direção e apenas um nos deu troco, opinando sobre a ARCOR que, nas contas dos últimos 4 anos já aprovadas em assembleias gerais, teve prejuízos acumulados de 175 619,24 euros.
E mais tarde se saberão os resultados de 2020.
«Servi esta instituição durante mais de 20 anos e apraz-me dizer que para ser dirigente não basta vontade, é preciso ter capacidade, disse-nos António José Tavares, que foi presidente no mandato de 1995/1996, depois de ter sido vogal da direção de José Maria Gomes (mandato de 1987/1988), secretário de Sesnando Reis (1993/1994) e, depois, vogal de Agostinho Tavares (2005/2006), entre outras colaborações.
«Parece-me que o que falta à ARCOR é ter dirigentes capazes», acrescentou António José Tavares, concluindo que «os ribeirenses precisam de estar unidos. Contra a pandemia....».
Os outros ex-presidentes contactados não responderam ao d´Óis Por Três. Lá terão as suas razões, que desconhecemos. Não contactámos o actual e o anterior presidentes da direção - Mário Marques e Manuel Soares, este agora presidente da assembleia geral.

O projecto do lar foi posto na
gaveta por sucessivas direções

Auto-elogios e homenagens, o
lar posto na gaveta dos sonhos,
a «morte» do teatro!

A situação da ARCOR não é mais - e não é pouco... - do que o espelho da crise crescente do movimento associativo - seja de que natureza for. E onde for.
O caso das IPSS´s é manifesto, para mais numa pequena comunidade, como a óisdaribeirense, entre a qual não é fácil escolher para... eleger gente capaz.
Há vários factores que explicam a situação actual. 
Um primeiro, foi (é) a forma autofágica como sucessivas direções geriram a causa comum que se chama ARCOR, não disfarçando as suas competências e misturando-as com consecutivos auto-elogios e homenagens aparentemente (im)ponderadas.
A ARCOR, que tantos avanços teve nos quase 42 anos da sua história, e numa segunda razão, não soube, não foi capaz ou não quis alargar e multiplicar, ampliar e tornar sólida a vivência associativa e, assim, concretizar projectos - como o do lar, principalmente o do lar...
 
Ou evitar a «morte» do Grupo de Teatro Amador.
Ou o abandono e degradação do polidesportivo
Um terceiro, tem a ver com as dinâmicas directivas.
Os movimentos associativos são parte importante do desenvolvimento local e cabe às direções, aos órgãos executivos, assumir esse papel «motorizador» da vida social, criando e dinamizando causas, interesses ou vocações de integração social, espaços de debate e democracia. 
Os movimentos associativos devem ser reconhecidos como interlocutores naturais da sociedade civil nessa transformação desejável.
As direções da ARCOR não souberam, não quiseram ou não foram capazes de dinamizar o movimento associativo.
Não mobilizaram a comunidade associativa.
Muito menos a sociedade local.
Excluíram, até!
A placa e terreno, em 199, onde foi
construída a ARCOR de hoje

Uma associação forte e não autocrática, a (não)
crucificação dos dirigentes


Uma associação forte faz-se no dia-a-dia mas não se limita ao dia-a-dia. Tem de ter planificação e... trabalho, valorizando estes factores com a participação cívica e activa dos associados.
Ter olhos no futuro e estimar e estimular associados, amigos e parceiros da instituição.
E por onde andam os associados da ARCOR?
Andam distantes, ausentes e desincomodados.
As direções fortes fazem fortes associações, mas o que se sabe da associação que falamos é que toda a sua (in)competência é justificada em culpas alheias, como se viu e ouviu em AG´s recentes.
O que mais afastou os associados, despindo-os de responsabilidades em relação à autocracia que a tem governado, com o conforto de elevadas aplicações financeiras entretanto desbaratadas.
O que, naturalmente, ainda mais afastou, desresponsabilizou e desincomodou associados que, porventura, alguma sensibilidade e preocupação ainda tivessem (ou tenham) para com os problemas da instituição. E não só os financeiros.
O caminho escolhido e as justificações dadas crucificam os dirigentes que desbarataram e mutilaram os meios da instituição e, por via disso (e não só) a fragilizaram e fomentaram o distanciamento dos associados e dos cidadãos, dos parceiros e dos amigos da ARCOR. Distanciamento que, assim nos parece, é cada vez maior.
Oxalá nos enganemos!

6 comentários:

Anónimo disse...

Por favor, não me queiram calar, quero mais é gerir ideias. É quem nada tem, vive infinitamente melhor do que aquele que fantasia que tem.

Gerir a ilusão é bem mais difícil do que administrar a realidade. Eu que não sei gerir grande parte das emoções, mas que também não lhes nego espaço em mim, digo-vos que pior do que uma emoção mal gerida é não dar espaço dentro de nós a uma emoção no seu auge.

É que a sorte favorece os audazes, e é o que acontece quando menos se espera, que a oportunidade encontra alguém preparado.

O ser administrador é muito mais do que ter um diploma. Gerir está além do que os olhos e análises podem descrever. Gerir e administrar está na atitude independente da sua ocupação em sua organização.

Liderar é um dom que vem sendo ocupado muitas vezes de forma decepcionante, mas esse é o mundo. Ser líder não é só trabalhar e saber delegar, e buscar por novos anseios quando aquele não mais te satisfaz, ser líder é conhecer todo o seu trabalho e não executar nada, ser líder é fomentar conflitos e apimentá-los, ser líder é simplesmente ser líder, ser líder de si mesmo.

É que melhor não podia-mos estar servidos por um casal de ribeirenses sensação. O administrativo Romeu Fernandes e a responsável de armazém Diana Moreira são os pré candidatos para gerir a instituição.

Anónimo disse...

Por acaso não é mal pensado, essa dupla tem capacidade para gerir e girar a casa toda e ainda nos traziam aos fins de semana uns prémios.

Até digo mais, nem precisam mandar o presidente embora, é deixá-los entrar que ele abandona logo pelo próprio, como tiverem que fazer os uns lideres do be.

Anónimo disse...

Que excelente ideia deste oisdarubeirenses serem os novos dirigentes da ARCOR! É que depois de eleitos, demarcavam se e abandonavam simplesmente as dividas da instituição! E pronto, as dividas astronómicas ficavam logo sanadas! De seguida dedicavam se a "perseguição",
“vigiado”, "denunciado" e “julgado” qualquer um de nós que usa se discordar da sua liberdade de gestão familiar!

Anónimo disse...

Candidatos que falam mal dos outros e dos dirigentes, não têm competência para aspirar e muito menos ocupar cargos de dirigentes na instituição.

Anónimo disse...

Por bem ou por mal, precisamos abandonar estas dívidas que não traz nada de bom para a instituições. E assim, de uma forma simplista, são os pré candidatos que nem sequer são de oisdaribeira mais bem qualificados e com mais experiência em demarcar se, abandonar, fiscalizar, denunciar e a fazer dívidas que jámais seja quem for lhee consegue imputar ou cobrar.

Anónimo disse...

Ora aí está uma boa altura para os homenageados da Arcor darem a cara e assumirem a direcção, começando com mais uma boa pansada na cave e bem regada com uns tintos do bendedor de vinhos.