terça-feira, dezembro 15, 2020

O plano da ARCOR para o ano 2021 (1)! Cadé os 200 000 euros?

A ARCOR em festa: a «vice» Teresa Cardoso, o
tesoureiro Joel Gomes, secretário Rui Fernandes,
presidente Mário Marques e vogal Carlos Pereira


A assembleia geral da ARCOR, para apreciar e votar o programa de acção e orçamento de 2021 e parecer conselho fiscal esteve marcada para 27 de Novembro de 2020, mas foi adiada sine die, devido ao Covid 19. 
O d´Óis Por Três sabe, entretanto, que a direção do presidente Mário Marques projectou receitas de 
519 441,92 euros e despesas de 
516 517,44. 
Isto é, contas feitas: um «lucro» de 
2 924,48 euros!
O documento previsional que iria ser sujeito à apreciação dos associados - e um dia será... -, é de 20 páginas e começa por sublinhar «o fim de ciclo dos actuais corpos sociais e a entrada de novos» e também «a situação pandémica», situação que, no seu escrever, «afectou de forma drástica o ano corrente», para justificar que «parte do plano de actividades de 2020 não foi possível concretizar».
«Como tal, a actual direção da ARCOR entendeu por bem manter para o próximo ano o que não lhe foi possível fazer neste», proclama o documento do órgão directo e executivo presidido por Mário Marques.
ARCOR em festa: presidente Mário
Marques, a Secretária de Estado Rosa
Monteiro e Carla Tavares

Um programa
de 8 pontos !

O programa de acção (plano de actividades) da ARCOR, para 2021, está dividido em 8 pontos.
Aqui os nomeamos, para memória futura:
1 - Missão, visão, valores, política e objectivos de qualidade, tendo como objectivos estratégicos potenciar a qualidade dos serviços prestados, a dinamização de eventos auto-geradores de receita adicional e conservação e reparação contínua da infraestrutura, equipamentos e meios de transporte. 
2 - Respostas sociais: Creche, educação pré-escolar, CATL, centro de dia e apoio domiciliário.
O CATL «continua suspenso, devido à não existência do número mínimo de crianças» e, admite a direção de Mário Marques, «a probabilidade de retoma nos próximos anos é uma utopia, uma vez que a natalidade, nos últimos anos, tem sido em baixa».
3 - Outros serviços: Protocolos, projectos «Cantinho das Senhoras» e «Para Si», rentabilizar o terreno (aido do padre José Bernardino), actividades para sócios, rentabilizar serviços logísticos para angariar fundos (salão cultural, polidesportivo, refeitório e cozinha e ajudas técnicas), criar as respostas sociais «Família e Comunidade em Geral» e «Pessoas vítimas de violência doméstica».
4 - Sistema de Gestão de Qualidade.
5 - Gestão de infraestruturas e equipamentos.
6 - Orçamento de 2021.
7 - Plano de actividades da ARCOR.
8 - Operacionalização dos objectivos estratégicos.
 
Os 200 000 euros onde estão,  
andam por onde, onde param?

Os 200 000 euros da
aplicação financeira?

Um plano de actividades e orçamento é sempre um plano de intenções pelo que olhar para estas é olhar para... o desconhecido, sim ou não concretizável.
Olhemos, pois, para o que já é conhecido e obra da direção de Mário Marques que, nalguns casos, propõe para os outros o que ele mesmo não fez em 4 anos de presidente, mais 4 de tesoureiro. Exactamente, um total de consecutivos 8 anos!

Olhando, como mero exemplo, o capítulo da gestão de infraestruturas e equipamentos, admite a (ainda) actual direcção que «têm sofrido, ao longo os anos, uma enorme degradação».
Loquazmente, digamos assim, considera e conclui que «o pouco investimento na manutenção das infraestruturas ao longo dos anos e no desgaste motivado pela constante utilização dos equipamentos contribui para esta degradação, havendo necessidade de um enorme investimento, de forma a recuperar os anos perdidos».
Presumimos, quanto a anos perdidos, que o presidente Mário Marques se refere aos últimos anos da governação da ARCOR, em que ele mesmo foi foi tesoureiro (4 anos) e presidente da direção (mais 4 anos).
«Como não existe, neste momento, disponibilidade financeira para recuperar tudo, optou-se pelo mais urgente, que é recuperar o terraço sobre a sala do jardim-de-infância», lê-se no documento proposto pelo presidente Mário Marques, pela vice-presidente Teresa Cardoso, o tesoureiro Joel Gomes, o secretário Rui Fernandes e o vogal Carlos Pereira.
Então, ó minha senhora e meus senhores, senhora e senhores diretores executivos da ARCOR: o que é feito da aplicação financeira de 200 000 euros que herdaram de anteriores mandatos?
Já foi de vela?

- AMANHÃ: O programa de acção (plano de
actividades), a secção desportiva e a área cultural !

1 comentário:

Anónimo disse...

A culpa é dos factos, meus amigos! Somos todos prisioneiros dos factos!
E se o mundo instituicional não corresponde em todos os aspectos aos nossos desejos é culpa dos que querem impor seus desejos ao mundo institucional! Finalmente uma boa acção, é que de uma forma misteriosamente desapareceu uma dívida de 200mil euros! Devíamos estar todos felizes e erguer um busto deste fem feitor à entrada da do mundo institucional!