quarta-feira, dezembro 16, 2020

Os dias de Óis da Ribeira nos dias 16 de Dezembro...

O recenseamento de 1863


Recenseamento de 1863, antigos combatentes, autárquicas de 1979, sequestro no Brasil

1 - Ano de 1863,
há 157 anos !
Resenseamento de cidadãos eleitores óisdaribeirenses

O Diário de Lisboa, órgão oficial do Governo Português do tempo, no reinado de D. Luís I (cognominado O Popular), publicou, a 16 de Dezembro de 1863, a lista de eleitores e cidadãos elegíveis de Óis da Ribeira - respectivamente 50 e 14, mais 7 e 2 que no ano anterior.
A publicação (ver imagem) era do Ministério dos Negócios do Reino, através da 1ª. Repartição da Direção Geral de Administração Política, e foi publicada na edição nº. 284 daquele jornal público de há 157 anos. 
O recenseamento tinha sido organizado pela Comissão Eleitoral do Concelho de Águeda, cuja sessão social decorreu a 7 de Julho de 1863. Era presidida por João Ribeiro de Rosa, secretariado por José António Brandão Pinto Baldaia.
A Junta de Paróquia de Óis da Ribeira era presidida pelo padre Manuel Pires Soares, com o secretário Anacleto Pires Soares e os vogais Ricardo Tavares da Silva e José dos Santos Silva. Juiz da Igreja era José Maria de Almeida e Jacinto ires Soares o regedor. Certamente, 6 dos óisdaribeirenses elegíveis.
Aníbal Reis (Lito) e José C. Viegas, um 
dos primeiros (com Neca) e o último 
combatente da guerra colonial

2 - Ano de 1972,
há 48 anos !
Encontro de combatentes
da guerra colonial 

Os antigos combatentes da guerra colonial, naturais e/ou residentes em Óis da Ribeira, reuniram-se a 16 de Dezembro de 1972, há 48 anos e no seu segundo encontro anual.
O programa envolveu a celebração de uma missa, pelo padre António Fonseca, e a sessão decorreu na sede da Junta de Freguesia, 
Manuel Reis
(Neca), outro
dos primeiros
combatentes 
tendo discursado o 1º. sargento António Neto (que morava na Rua do Viveiro) e o tenente Lúcio Silva, Emílio Carvalho, Armor Pires Mota, o padre António Fonseca e os drs. Victor Mangerão e Horácio Marçal, que era o presidente da Câmara Municipal de Águeda e também antigo combatente, em Moçambique.
A comissão nomeada para 1973 era formada por Manuel Soares dos Reis e Santos, Manuel da Silva (Cadinha) e, já falecidos, Manuel Conceição (Passarito) e José Tavares Pires. Não sabemos se o encontro se realizou. Supomos que não.
Por curiosidade, os primeiros óisdaribeirenses que combaterem na guerra colonial foram os soldados Manuel Simões dos Reis (Neca Taipeiro, já falecido) e Aníbal Gomes dos Reis, ambos em Angola, para onde partiram em 1961. O último foi o furriel miliciano José Celestino Viegas que, também de Angola, regressou em 1975.
Outras frentes de combate por onde andaram óisdaribeirenses foram a Guiné, Moçambique e Timor. - Ver AQUI
Agostinho Tavares

3 - Ano de 1979,
há 41 anos !
Agostinho Tavares eleito
presidente da Junta 

As eleições autárquicas de 1979 realizaram-se a 16 de Dezembro de 1979, há precisamente 41 anos, e Agostinho Albino Pires Tavares (PS), candidato do PS, foi eleito presidente da Junta de Freguesia de Óis da Ribeira. 
Exerceu o mandato de 1980 a 1982, correspondente ao segundo eleito após o 25 de Abril de 1974, e teve 212 votos, contra os 111 de Fernando Reis Duarte de Almeida (candidato do CDS) e os 84 de António Simões Pinheiro das Neves (do PSD).
A posse foi a 18 de Janeiro de 1980 e a revista da Junta de Freguesia refere que o ex-presidente Isauro Carvalho Almeida e Santos passou a secretário e o tesoureiro continuou a ser Walter Framegas dos Reis, ambos do PS. Arlindo Reis, também do PS, continuou presidente da Assembleia de Freguesia.
José Estima e irmã Erminda, com 
o cunhado Jaime Reis, sobrinhos
José Bernardino e Cândida (espo-
sa), nos anos 70 do Século XX

4 - Ano de 1995,
há 25 anos !
Sequestro no Brasil, com
resgate de 2,4 milhões de euros

A Família Estima, de Óis da Ribeira, foi alarmada, há 25 anos, com o rapto de António José, de 22 anos e filho de António Pires Estima - que na altura estava de férias em Portugal com o irmão Dinis.
Os três raptores exigiam um resgate de 300 000 contos, agora seriam 2.400.508,21 euros, e o pai e o tio de imediato regressaram ao Brasil, para resolverem o grave problema familiar.
A família Estima já em Novembro de 1980 tinha sido abalada pelo brutal assassinato de José (irmão de António, Dinis e Maria, no Brasil) e de Olívia (Zé da Luz) e Erminda (Jaime), que moravam em Óis da Ribeira, e Fernando (em Aveiro), entretanto já todos falecidos.
Sobrinhos são Maria do Carmo, Maria Eugénia e José Augusto (emigrado no Brasil, na cidade de Pelotas, Estado do Rio Grande do Sul), filhos de Olívia, e Maria Erminda e José Bernardino dos Reis Estima (empresário que reside no Porto), filhos de Erminda.

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