domingo, janeiro 03, 2021

ARCOR insustentável, com «aviso» oficial de há 6 anos!

A ARCOR festejou 36 anos há 6 e o então presidente, Manuel Soares, à direita, disse 
que ««sem a valência de lar, pode tornar-se “insustentável” a médio prazo». À 
esquerda, Mário Marques, então tesoureiro e actual presidente da direção
«ARCOR sem lar pode não ser 
sustentável». Capa do jornal «Região
 de Águeda» de há 6 anos!

As verves discursivas das festas de anos da ARCOR não andam, habitualmente, muito distantes umas das outras: as da habitual panaceia oratória, que nada diz, ou pouco adianta à realidade. Por vezes, até a esconde.
Na verdade, nestas festas associativas, o que mais se ouve é o convencional discurso laudatório, o convencional «contem connosco, estamos cá para o que for preciso» (da parte das autoridades convidadas), o blá-lá-blá!..., tudo num festim de banalidades que não entusiasmam.
E muito menos resolvem coisa alguma.
Um discurso, todavia, chamou a particular atenção do d´Óis Por Três, já do aniversário de 2015, há 6 anos e pelo tom alarmista que o orador - o então presidente da direção e actual presidente da assembleia geral -, imprimiu ao que disse, aliás, repetindo-se, chamando a atenção para a sustentabilidade da ARCOR.
Na verdade, nos festejos desses 36 anos - já há 6 e aqui citado no jornal «Região de Águeda» de então (como se vê na imagem da primeira página do jornal, aqui ao lado) -, Manuel Soares deixou um alerta preocupante, defendendo que «sem a valência de lar, pode tornar-se «insustentável» a médio prazo».
«Neste momento, a situação da ARCOR é estável, mas sem o lar a instituição pode tornar-se insustentável a médio prazo», afirmou o então presidente da direção da ARCOR, apelando ao apoio dos sócios e da população para que «a instituição possa concretizar essa antiga ambição de construir um lar».  
Passaram-se quase, quasinho... 6 anos!  
Insustentável a médio prazo? Bom, logo nesse ano de 2015  ainda teve saldo positivo (em pequenino) mas já foi negativo em 2016 (ver adiante). 
 Prejuízos de 175 789,24
euros. Sem contar 2020!

Contas da ARCOR 
no... vermelho !


Passaram-se 6 anos e, nos entretantos, Manuel Soares deixou a presidência executiva há quatro, substituído por Mário Marques, o seu tesoureiro.
A sua era presidencial diretiva, depois destas declarações, apresentou um lucro de 481,60 euros no exercício de 
de 2014 (em contas apresentadas em 2015) e, depois, de 313,64 da gestão de 2015. E, já em 2016, um prejuízo de 12 448,81 euros. 
O seu sucessor e anterior tesoureiro, Mário Marques, geriu em 2017 e apresentou contas com um prejuízo de 22 509,86 euros.
E seguiram-se mais dois anos de prejuízos:
- Ano de 2018: 79 417,17 euros
- Ano de 2019: 61 413,40 euros.
Por outras palavras e de acordo com as contas oficiais e aprovadas em assembleias gerais: o prejuízo acumulado, em 4 anos, levedou e cresceu para impensáveis 175 789,24 euros.
Falta conhecer as contas de 2020, expectando-se que não sejam as melhores, pelas razões que todos conhecemos.
O que, aliás, já é antecipado pela circular divulgada a 22 de Dezembro de 2020 e na qual a actual direção já assume que, e citamos, «os custos ficaram bastante acima da receita adquirida».

Duas ou três
perguntas ! Ou quatro?
Ou mais !

O d´Óis Por Três não quer pôr nariz onde não é chamado, e muito menos fazer o papel de diabo..., mas, passados 6 anos do alarme público e oficial, lançado pelo então presidente da direção, actual presidente da assembleia geral, caberá perguntar:
1 - O que fez a direção do presidente Manuel Soares nos seus dois últimos anos de mandato (e/ou anteriores) para que, e citamo-lo, «a instituição possa concretizar essa antiga ambição de construir um lar»?
2 - O que fez a direção de Mário Marques para o mesmo efeito? 
3 - Há projeto feito?
4 - Foram apresentada(s) candidatura(s)?
5- O que foi feito, se é que foi, para inverter os crescentes  prejuízos e sucessivos exercícios deficitários da associação?
6 - O que foi feito, antes e/ou depois, para concretizar a construção do lar, que era a solução apontada por Manuel Soares?
7 - O que comentar sobre as inenarráveis explicações diretivas, expressas em documentos oficiais e assembleias gerais?
8 - O que é feito da aplicação financeira herdada de direções anteriores e oriunda do período de construção do centro social?
Obras feitas e
saldo positivo !

O d´Óis Por Três quer criticar ou sacrificar alguém? 
Não! Absolutamente não!
Apenas raciocinou sobre o problema da ARCOR - o que, aparentemente, não aconteceu da parte de quem tal devia fazer.
Pelo menos em tempo útil! E que se saiba!
O que, na verdade, (não) andaram a fazer as direções e órgãos sociais dos últimos 6 anos? Limitaram-se a lavar as mãos dos prejuízos que sucessivamente apresentaram, ou fizeram algo mais?
Onde andam os antigos dirigentes? Já não são a arcorianos?
Os actuais e antigos sócios? 
E, mais, os amigos da ARCOR que ajudaram a erguer o Centro Social, ficando a instituição sem dívidas, com fortes saldos positivos de gestão e ainda com um bom pé de meia em aplicações financeiras?  Mais de uma centena de milhares de euros!!!
Que ARCOR é esta?
A pandemia COVID 19 é do ano 2020, não justifica as gestões de anos anteriores.
- AMANHÃ: O futuro dirá..., o que para a ARCOR virá!

3 comentários:

Anónimo disse...

A falta de alternativas clarifica maravilhosamente a mente!

Assim o destino nas nossas instituições publicas e privadas, foi e é uma questão de escolha. E o diabo desta vida é que entre cem caminhos desta vila temos que escolher apenas um, e viver com a nostalgia dos outros noventa e nove. Mas mais do que em qualquer outra época, os ribeirenses estão numa encruzilhada. Porque a maioria dos ribeirenses, que facilmente é manipulável por um grupo d´Ois, optam sempre por um caminho que leva ao desespero absoluto e finalmente à total extinção.
Vamos rezar para que tenhamos a sabedoria de saber escolher para o futuro., Na vez de andar sempre aqui a promover e despromover candidatos.

Anónimo disse...

Destino não é uma questão de sorte, mas uma questão de escolha; não é uma coisa que se espera, mas que se busca. E os nossos maiores problemas não estão nos obstáculos do caminho, mas na escolha da direção errada e dos guias errados. Assim a escolha é possível, em certo sentido, porém o que não é possível é não escolher. Podemos sempre escolher, mas devemos estar cientes de que, se não se escolher, assim mesmo estaremos escolhendo.

Anónimo disse...

O segredo da saúde mental e corporal está em não se lamentar pelo passado, não se preocupar com o futuro, nem se adiantar aos problemas, mas viver sabia e seriamente o presente.