terça-feira, dezembro 01, 2020

As eleições, as contas e o futuro da ARCOR...


O Centro Social da ARCOR - Associação Recreativa e Cultural de Óis da Ribeira

Actuais presidentes da ARCOR: Mário Marques 
(da direção) e Manuel Soares (assembleia geral)

A assembleia geral da ARCOR, convocada para analisar e votar o programa de acção e orçamento para 2021, foi adiada para data a indicar - como aqui oportunamente dissemos.
O presidente da Mesa da AG, Manuel Soares dos Reis e Santos, no comunicado tornado público, justificou a decisão «face à evolução desfavorável da pandemia». E, acrescentou, «para não se correrem riscos de colocar em causa a segurança das pessoas».
Hoje, que é 1 de Dezembro, inicia-se o mês de eleições na ARCOR, acaba (?) o mandato do presidente Mário Marques, pelo que é expectável que dentro de semanas a instituição tenha novos órgãos sociais.
Ou os mesmos, quem sabe?
Ou alguns dos mesmos, logo se verá.
O d´Óis Por Três procurou saber novidades, movimentações, diligências. Nada soube. Melhor dizendo, ouviu especulações que, a confirmarem-se, não expectam grande augúrio de optimismo. Bem pelo contrário.


Os prejuízos da ARCOR em
4 anos: 175 619,24 euros !
 Resultados de 2020 só se conhecerão em Março de 2021

O d´Óis Por Três já a 18 de Novembro aqui abordou a questão, lembrando o 
cadastro dos últimos 4 exercícios da ARCOR, 4 anos consecutivos de prejuízos.
Prejuízos que não se explicam, apenas, na proverbial atipicidade sempre invocada pelo actual presidente, quando aparenta justificar a sua gestão.
Os seguintes:
- 2016, da presidência de Manuel Soares: 12 448,81 euros.
- Ano de 2017, da presidência de Mário Marques: 22 509,86 euros.
- 2018, da presidência de Mário Marques: 79 417,17 euros.
- 2019, da presidência de Mário Marques: 61 143,40 euros.
Total: 175 619,24 euros. 
Os resultados de 2020, que previam um saldo positivo de 3 748 euros, ainda não se conhecem mas a pandemia que assola o mundo não augura que seja muito bons. Desde logo porque o centro de dia esteve encerrado 7 ou 8 meses. Só reabriu a 16 de Novembro, desde Março.
Os resultados só se conhecerão em Março de 2021.

O optimismo orçamental
e a realidade de tesouraria!

A optimista orçamentação da direcção mariana (de Mário Marques) para 2020 previa arrecadar 548 836,31 euros de receitas.
A realidade da tesouraria não é conhecida, será em tempo próprio, mas, concedamos, o ano, de todo, não foi simpático para os cofres das IPSS´s, devido ao surto pandémico.
A prestação de serviços, vale a pena recordar, admitia os seguintes valores:
- Área de infância: 39 846,87 euros.
- Área de idosos: 132 536,60 euros.
- Refeições escolares: 271,19 euros.
- Quotas de associados: 2 910 euros.
O que perfaz(eria), 175 564,66 euros.
Acrescentemos as comparticipações da Segurança Social:
- Creche: 78 874,56 euros.
- Educação pré-escolar: 39 952,44 euros.
- Centro de Dia: 42 159,60 euros.
- Serviço de Apoio Domiciliário: 145 602 euros.
O que totaliza(ria) 306 588,60 euros.
O orçamento para 2020 previa outras receitas, entre outras:
- Subsídios da Câmara Municipal de Águeda e da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Travassô e Óis a Ribeira: 4 300 euros.
- Juros bancários: 275,56 euros.
- Subsídios a investimento: 24 544,24 euros.
- Receitas de donativos e eventos: 35 000 euros.
- Diversos: 663,25 euros.


As despesas previstas para
o 2020 que está a acabar!

A principal despesa da ARCOR, prevista o orçamento para 2020, tem a ver com o quadro de pessoal mas significativas são, também, as da energia e fornecimento e serviços.
Vejamos:
- Pessoal: 349 820,32 euros
- Géneros alimentares: 52 227,19 euros.
- Fornecimentos e serviços externos: 37 983,57 euros.
- Materiais: 13 772,72 euros.
- Energia e fluídos: 34 984,81 euros.
A assembleia geral que, a 29 de Novembro de 2019, aprovou este orçamento teve participação de 18 associados, abstendo-se um e 17 votando favoravelmente o programa de acção e orçamento de 2020.
Ninguém imaginaria o 2020 pandémico que acontece(u), mas as despesas são certas e as receitas provavelmente diminuíram.

O futuro é já
em... 2021 !

O facto de ainda não estar convocada a assembleia eleitoral permite concluir que ainda não há candidatos.
A tarefa cabe à mesa da assembleia geral e não se aparenta ser fácil, mas lá saberão Manuel Soares e seus pares como desatar o nó  - tão lestos o possível.
Há 4 anos, os mesmos actuais principais rostos da instituição recusaram a «fusão» com uma outra putativa candidatura, para eleger o órgão directivo presidido por Mário Marques.
Vão agora rever, reverter, essa negação?
O momento, o de hoje, dia 1 de Dezembro de 2020, o da restauração de Portugal, é de tempo eleitoral associativo e o voto do d´Óis Por Três é que se movimentem as forças vivas da ARCOR para não se deixar precipitar algo que ninguém deseja(rá).

3 comentários:

Anónimo disse...

O trabalho não só nos traz o pão de cada dia, mas também traz dignidade e enriquece o caráter. Emociona-nos a olhar algo bem feito, quando foram as nossas mãos que contribuíram para tal feito, e ao chegar o final de cada dia saber que contribuímos para o crescimento de nossa instituição.
É que a vida é apenas uma passagem e é nela onde temos muitas lições. E quando chega nossa hora de partir, não devemos temer nem fugir. Porque todos nós passamos por isso. Chegamos ao momento em que, se tudo continuar na mesma sem qualquer fiscalização a esperança morrerá com uma instituição.

Anónimo disse...

Está na altura de alguns ex dirigentes voltarem para a direção da ARCOR

Anónimo disse...

Também está na altura de alguns atuais dirigentes de passado longínquo, na Instituição que se auto interpretam de insubstituíveis deixarem a Instituição Arcor.

Mas... Atenção! Ribeirenses vejam sempre bem quem está nas vossas costas.