quinta-feira, março 18, 2021

* ANO 1895: Nomeação definitiva do padre Andrade como professor da Escola de ÓdR|

O Diário do Governo
 

A Direcção Geral da Instrução Pública, através da sua 1ª Repartição, nomeou, há 126 anos e definitivamente, o padre Manuel Gomes de Andrade como professor da escola primária de Óis da Ribeira.
O despacho governamental, nos termos do decreto real do dia 14, foi publicado no Diário do Governo nº. 64, de 21 de Março de 1895.
O sacerdote já vinha a exercer as funções, por nomeação temporária da cadeira, e, já em 1897, em data que desconhecemos, foi nomeado titular da Paróquia de Santo Adrião de Óis da Ribeira, substituindo o padre António Francisco Alves.
A 31 de Julho desse ano, celebrou o primeiro baptismo na paróquia, o de Lucinda, filha de Maria Duarte, solteira e criada de servir, natural da Talhada, Castanheira do Vouga, mas residente em Óis da Ribeira.
O primeiro funeral foi o de Rosalina, criança de apenas 16 dias, filha dos lavradores José Pedro Framegas e Teresa do Carmo, a 22 de Setembro de 1897.
O primeiro casamento, a 21 de Outubro, foi o dos jornaleiros Manuel Oliveira, de 25 anos e do Gravanço, e Raquel Rodrigues da Conceição, de 22 e filha de Maria Rodrigues, de Óis da Ribeira. 

Outros anos,
outros factos!
Chafariz do Cruzeiro, funeral sem cova, louvores da Junta, rega da lavoura, cortejo dos Reis, Óis da Ribeira na net, ARCOR Presidentes e ARCOR com contas positivas e louvor!

ANO 1945, há 76 anos!
1 - CHAFARIZ: A Junta de Freguesia de Óis da Ribeira deliberou, a 18 de Março de 1945, pedir a vistoria da mina de abastecimento de água do chafariz do Largo Jacinto Bernardo Henriques.
O chafariz (fonte), agora e desde há anos inactivo, é o mesmo que agora está na rua deste nome, a antiga e mais conhecida por Rua da Fonte.
O chafariz não deitava água, que ao tempo era para consumo doméstico, e o executivo presidido por Benjamim Soares de Freitas pedia a intervenção camarária para vistoriar da mina e proceder aos trabalhos necessários.
Ao tempo estava também em fase de conclusão a construção do chafariz novo do Cruzeiro, cujos trabalhos eram dirigidos pelo presidente e que custaram 600$00, apesar de terem sido gratuitos os carretos de areia e adobes.
A despesa foi suportada pela Junta de Freguesia, com as economias feitas a partir do dinheiro cedido pela Câmara, para a reparação de caminhos.
Era o tempo em que as autarquias se tratavam com deferência e respeito e eram solidárias.

O Cemitério Velho de Óis da Ribeira

ANO 1945, há 76 anos!
2 - FUNERAL SEM COVA:  Censurável e lamentável foi como o mesmo executivo, na mesma reunião, considerou o descuido do coveiro não ter aberto o coval para enterrar o corpo de Joaquim Augusto Ferreira das Neves.
Aparentemente, tal já tinha acontecido outras vezes, pois falou em entrarem corpos no cemitério para serem enterrados sem estarem abertos os covais. Deliberou por isso que, no futuro, lhe seria aplicada uma multa de 25$00, na primeira vez que tal volte a acontecer e o dobro pela reincidência.
O executivo decidiu também que, por ter deixado de haver coveiro e não haver quem faça o serviço por menos deliberou pagar-lhe 10$00 para covais de crianças até 12 anos completos, e o dobro para adultos

Eugénio Pinheiro

ANO 1945, há 76 anos!
3 - LOUVOR:  A Junta de Freguesia de Óis da Ribeira, ainda nesta reunião de há 76 anos, deliberou exarar em acta um voto de louvor a três conterrâneos então residentes em Viana do Castelo por terem ajudado a pagar a terraplanagem do terreno da nova sala da escola primária.
Os conterrâneos eram os irmãos Eugénio Pinheiro de Almeida (que deu 500$00, qualquer coisa como 600 euros, actualmente,) e Elísio Pinheiro de Almeida (100$00, ou 600$00) e o seu (deles) primo Modesto Tavares Pinheiro (40$00, ou 25 euros).
Eugénio e Elísio eram irmãos de Alexandre, pai de Arménio Framegas Pinheiro de Almeida, que mora na Rua Nossa Senhora de Fátima, em Óis da Ribeira.

ANO 1945, há 76 anos!
4 - REGA DA LAVOURA: O médico dr. Abel Condesso, de Fermentelos, e um seu sócio de Aldeia, da freguesia de Valongo do Vouga (de nome Corga) solicitaram à Junta de Freguesia de Óis da Ribeira, autorização (gratuita) para a construção de uma pequena casa para um motor de rega.
O objectivo era regar a lavoura de Óis da Ribeira e a Junta de Freguesia presidida por Benjamim Soares de Freitas autorizou a construção mas nem deu nem vendeu o terreno, estabelecendo que o contrato teria validade enquanto não decidisse a (a Junta) o seu levantamento.
A concessão passou, anos mais tarde para Aires Carvalho e Santos e Celestino Henriques de Oliveira e destes para Alípio Fernandes da Silva, até que cessou a actividade que tão útil foi à lavoura de Óis da Ribeira.
Grupo de tunos em 1990

ANO 1990, há 31 anos !
5 - CORTEJO DOS REIS: Um grupo de antigos elementos da Tuna de Óis da Ribeira abrilhantou, a 18 de Março de 1990, o Cortejo de Reis que se realizou em favor da Igreja.
Algum tempo antes e já todos na casa dos 50 para 60 anos, tinham-se encontrado em convívio com músicos mais jovens da freguesia e, entusiasmados, entenderem participar mo cortejo.
Nuno Reis, agora músico profissional em Lisboa, escreveu sobre isso, há alguns anos, e dizia lembrar-se muito bem de o grupo «ter feito uma arruada pelas ruas da freguesia, uma romagem ao cemitério e uma missa em homenagem aos tunos desaparecidos e nomeadamente ao maestro Óscar de Matos.
A 18 de Março de 1990, é certo que alguns dos tunos participaram num cortejo de oferendas a favor das obras da Igreja.
Óis da Ribeira


- ANO 2001, há 20 anos!
6 - JUNTA NA NET: A Junta de Freguesia de Óis da Ribeira passou a ter um site na internet, para divulgar a localidade e os eventos que nela se realizavam. 
Há 20 anos e por estes dias de Março, já se poderiam ver imagens e informação actualizada da vila óisdaribeirense, embora o espaço estivesse ainda em construção.
A iniciativa era da autoria e responsabilidade de Luís Neves, com o endereço http//www.oisdaribeira.no.sapo.pt e já não está activo. Não sabemos desde quando e como agora acabámos de confirmar.
Madalena Neves, Celestino
Viegas e Agostinho Tavares

- ANO 2005, há 16 anos!
7 - ARCOR PRESIDENTES: A assembleia geral da ARCOR elegeu, a 18 de Março de 2005, os novos órgãos sociais, para o mandato de 200/2006. Agostinho Tavares substituía Celestino Viegas na presidência da direção.
Os eleitos foram os seguintes:
- ASSEMBLEIA GERAL: José Luís Quaresma (presidente), Fernando Reis (1º. secretário, já falecido) e Fernando Pires (vogal). Suplentes: João José Soares,  Manuel Duarte de Almeida (Capitão) e Manuel Fernando Marques.
- CONSELHO FISCAL: Armando Ferreira (presidente, já falecido), Carla Tavares (1º. vogal), Carlos Manuel Estima (2º.) e os suplentes Armando Tavares dos Reis, Fernando Jorge Tavares e Salvador Soares de Almeida.
- DIREÇÃO: Agostinho Tavares (presidente, já falecido), Madalena Neves (vice-presidente), Maria Ascensão Tavares (secretária), Porfírio Pires (tesoureiro) e António José Tavares )vogal). Suplentes: Arlindo Reis, José Pinheiro (já falecido), Hernâni Pires e Aurélio Reis.
José Luís Quaresma, Fernando
Pires e Celestino Viegas


- ANO 2005, há 16 anos!
8 - ARCOR CONTAS POSITIVAS: A assembleia geral da ARCOR aprovou, por unanimidade, as contas de 2004, com um resultado líquido de 53 975,37 euros. Seriam hoje qualquer coisa como 68.115,71 euros, segundo o conversor da PORDATA.
O presidente da direção era Celestino Viegas que, no decorrer dos trabalhos, deu conta dos 21 principais pontos das actividades do ano, precisando a fase final das obras e a abertura do centro de dia para idosos e o facto de, na véspera, ter assinado o acordo para a criação do serviço de apoio domiciliário e i aumento da capacidade da creche (de 16 para 30 crianças).
Os presidentes da assembleia geral e conselho propuseram um voto de louvor à direção, sublinhando «a forma dedicada e arrojada que foi necessária para pôr de pé este edifício» - o centro social.
O activo imobilizado da ARCOR, a esse tempo, estava contabilizado em 1 113 345,24 euros - seriam hoje 1.372.553,86 euros.

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