domingo, fevereiro 24, 2019

A pateira e a liberdade de prometer em dia de eleições.

A margem de Óis da Ribeira da pateira, na manhã de hoje, 24 de Fevereiro de 2019

A campanha eleitoral ter-minou, hoje é o dia de o povo votar e, assim, escolher. Escolher quem mais justo achar e isso está na consciência de cada um, cada eleitor(a).
Tema que foi (e é) con-
sensual na vida colectiva da União das Freguesias de Travassô e Óis da Ri-
beira é a pateira. É trans-
versal e foi usado ao ex-
tremo, quase irracional-
mente, mas de forma re-

tórica e populista. Quase infantil e leviana. Seguramente aligeirada, podendo ser politicamente correcta, mas ao mesmo tempo seguramente ilusória.

A pateira e uma
qualquer Junta 

Na pateira, o que pode fazer uma Junta de Freguesia? 
Coisa pouca, ou nada - para além, de lim-
par as margens e mantê-las minimamente atraentes, para que se possam usufruir. E se parata tiver delegação de competências da Câmara Municipal. O que nem tem sido feito, como de pode ver na imagem. Nem delegado, por não há Junta desde 1 de Outubro de 2017 
A política deve ser levada a sério, seriamente, e não é, não será nunca, pela prática desmesurada de anúncios de intenção que se resolverá qualquer problema.
O da pateira, e o da sua margem de Óis da Ribeira, é um deles.
Por mais que se intoxique a opinião pública - se a asfixie, até... -, nenhuma solução nascerá para a pateira se não partir, se não for pela intervenção do Estado Central. 
Não pela de qualquer candidato ao que quer que seja, em qualquer campanha eleitoral que seja. Que prometa o que não tem nas mãos. Que, cultivando um populismo de certo modo mediático, é verdade, é, no geral, até confrangedor e absolutamente sazonal..., apenas se fazendo notar e auto-compensar com alguma qualquer notoriedade meteórica, mas ineficaz. Até inexistente, na geral dos casos.

A liberdade
de prometer

A solução dos problemas da pateira não é, nem nunca será..., achada por entre os fait-divers e bitaites de uma campa-
nha eleitoral. Nunca com eles se resolverão quaisquer casos.
Os problemas, quaisquer problemas..., nunca se resolverão com a promessa pelas promessas, a polémica pelas polémicas, mesmo que projectadas nas redes sociais, nas quais alguns oráculos acordam e se fazem tribunos de todos os saberes e soluções. Mas que valem o que valem.
A liberdade de prometer morre nos cabeceiros da verdade. Verdade que se separa da aldrabice como a água do azeite.
A liberdade de prometer é mais para fazer, fazer de verdade,  para construir futuros, amar todas as verdades.

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