sexta-feira, junho 26, 2020

Actas da Assembleia são só para alguns, não para a democracia pluralista...

A Mesa da Assembleia de Freguesia da União de Freguesias  
Travassô e Óis da Ribeira: Ilda Pinheiro, Sara Silva e
 Sérgio Almeida, todos eleitos do PSD

A autocracia aparentemente democrática da Assembleia de Freguesia de Travassô de Óis da Ribeira funcionou no seu pleno na sessão de ontem (dia 25 de Junho de 2020), logo porque a maioria do PSD, olimpicamente´..., começou por propor a não leitura da acta da sessão anterior, a de 19 do mesmo mês, por proposta da eminente presidente Sara Silva.
Veia saber-se, porém e entretanto, de algumas inexactidões e valeu a reclamação de António Horácio Tavares (eleito do Juntos), precisando que só a tinha recebido na véspera e, por isso, sem tempo para a ler, o que levou a maioria do PSD a condescender.
Assim e magnanimamente, o secretário Sérgio Miguel Almeida, também do PSD e anterior presidente em exercício da AFTOR (substituindo a titular Sara Silva, agora no activo), leu a acta, não sem antes a mesma Sara Silva pedir desculpa, por não ter sido enviada (a acta)  em tempo útil. 
«Por lapso», disse a presidencial política da autocrática democracia travassÓisense..
Ricardo Almeida
CDS/Indep.

Omissões de conteúdo, mentiras
e intervenções modificadas

Lida a acta, logo Ricardo Almeida, eleito do 
CDS + Independentes, sugeriu alterações, precisando que a dita «omitiu conteúdos» e, por outro lado e acrescentando, que «modificou algumas intervenções e ideias importantes». 
O que, diz o d´Óis Por Três e a ser assim, é grave.
Ricardo Almeida falou ainda de «omissões de conteúdo» e afirmou mesmo que «em algumas situações, o que o presidente de Junta de Freguesia afirmou na última Assembleia estava alterado na acta», bem com «as intervenções de Marisa Silva e Gabriela Reis» - duas dirigentes da Tuna /AFOR.
Ricardo Almeida comentou ainda que a acta referia que «os documentos não foram entregues antes» principalmente porque «o inventário foi um trabalho exaustivo», o que considerou razão irrelevante.
É que, observou o eleito do CDS + Independentes, tais documentos «estavam datados de Abril», dois meses antes, o que «não estava referido em acta». Acta que, ainda segundo Sérgio Almeida, referia que «os pontos foram discutidos separadamente, o que na verdade não aconteceu». E se estava feita desde Abril, tempo houve para quaisquer necessárias correcções.
Que raio de (en)exactidão da acta!
«Está em acta que não houve propostas, o que também não é verdade, uma vez que o CDS apresentou propostas e enviou-as por email», disse Ricardo Almeida.
Sara Silva, do PSD, 
a presidente da AFTOR

Actas (não) exaustivas e feitas
por funcionárias da Junta

A presidente Sara Silva, eleita do PSD da AFTOR, interrompeu-o e afirmou que «a acta não pode ser exaustiva e é feita consoante a interpretação das pessoas que a escrevem», interpretação que, na prática e tanto quanto percebemos, será (é) feita por funcionárias da Junta de Freguesia da (des)União.
Por funcionárias da Junta de Freguesias (des)União?, perguntamos nós, surpreendidos e inocentes da política.
Eh, mas que luxo!... Isto é só mesmo para Juntas de Freguesias... ricas! 
Então para que existe e é remunerado o secretário de Mesa da Assembleia de Freguesia, neste caso o eminente Sérgio Miguel Ferreira de Almeida?
Se não serve para o ofício, se não o executa, faz lá o quê?
Ricardo Almeida, do CDS + Independentes, contra-argumentou, sobre «a acta não pode(r) ser exaustiva e é (ser) feita consoante a interpretação das pessoas que a escrevem», o argumento da presidente Sara Silva, e fez lembrar que «se o discurso do Presidente de Junta de Freguesia pode ser exaustivo na acta, porque é que os dos membros da Assembleia não podem?».
E citou o exemplo do ponto que diz respeito ao regulamento do associativismo que, segundo ele, «não refere» a sua intervenção.
Santa ingenuidade, caro eleito do CDS + Independentes.
António Reis, actual, e António

 Horácio Tavares, anterior pre-

sidente da Tuna  / AFOR, 
agora eleitodo Juntos

O comodato da Tuna
na sua actual sede 

A questão que opôs o presidente Sérgio Neves às dirigentes da Tuna na sessão de 19 de Junho voltou à baila na de ontem e quanto, nomeadamente, à sede da associação musical óisdaribeirense, que está cedida em regime de comodato e por 99 anos.
O protocolo foi aprovado pela Assembleia de Freguesia de Óis da Ribeira na sessão de 23 de Julho de 2012, há quase 8 anos, com votos favoráveis de quatro eleitos do PSD e dois do PS (pois faltou Carla Tavares, a líder da lista socialista). 
Há gente que não sabe do que fala, ignora a história e abre a boca para dizer «asneira».
O eleito do CDS «corrigiu», ou pretendeu corrigir a evidenciada ignorância, precisando que os 99 anos citados a 19 de Junho são os do protocolo entre da JFOR e a Tuna, não os do tempo de uso das instalações. Pudera, a sede só foi construída em meados dos anos 60 Século XX!
«Em acta, está explicito que o presidente da Junta pediu que a Associação Filarmónica de Óis da Ribeira enviasse email a pedir uma reunião, mas não está escrito que os membros da direcção afirmaram que já houve emails enviados mas que nenhum obteve resposta do executivo», lembrou Ricardo Almeida.
António Horácio Tavares, eleito do Juntos e ex-presidente da Tuna / AFOR, sugeriu a aprovação da acta da sessão de 19 de Junho na próxima Assembleia, «uma vez que necessita de
alterações».
Actas incompletas,
ignorando as oposições

Carlos Vidal, também eleito do Juntos, interveio na sessão de ontem para «algumas alterações a dar», nomeadamente quanto ao que Sérgio Neves, o presidente de Junta, afirmou sobre efeitos retroactivos dos regulamentos abordados a 19 de Junho e que, quando ao das viaturas, afirmou que seria «necessário clarificar a situação».
Já nem falando, talvez nem soubesse, que já antes tinham sido publicados no Diário da República.
Santa e oportuna ignorância!
O eleito do Juntos afirmou também que «as duas declarações de voto entregues na última Assembleia de Freguesia não foram lidas», que a acta só refere que foram entregues, mas que, em sua opinião, «devia estar referido a que pontos as declarações de voto fazem referência».
Sara Silva,a ilustrérrima presidente da Assembleia de Freguesia, ao que viu e ouviu, anunciou que «as declarações de voto serão anexadas à acta», e que «não precisavam de ter sido enviadas para todos os membros».
O que é surpreendente!
Acta que, recordemos, não regista as alterações sugeridas, mas que Sara Silva, generosamente, disse «irem ser tomadas em conta» e por isso mesmo «nela indo ser registadas».
A votos, maioria do PSD manifestou-se obviamente a favor, bem se imaginava..., com óbvia abstenção dos eleitos do Juntos (António Horácio Tavares e Carlos Vidal) e do CDS + Independentes (Ricardo Almeida).
(continua)

2 comentários:

Anónimo disse...

Pois continua e vai continuar. ..

É só de lamentar que, os três d ois não tenho tido a mesma postura de denunciar publicamente as omissões de conteúdo, mentiras
e intervenções modificadas fas atas qur dizem respeito ao período em o eleito local não permitiu a constituição da junta de freguesia da desunião.

Como devem estar recordados, fez bem pior do que actualmente, que nem sequer dava a palavra para repor a verdade.

E agora vêem se queixar de quê? !



Anónimo disse...

Ficámos sem perceber, e é importante saber-se, afinal a Acta foi corrigida ou não? Foi aprovada ou não?

Alguém pode esclarecer, se faz favor