quinta-feira, junho 25, 2020

O património da UFTOR, os regulamentos já publicados no Diário da República e as escaramuças associativas...

Património da UFTOR em Óis da Ribeira: os baldios das Quintas. Os eleitos
locais conhecerão estas propriedades e as suas demarcações?
Casa da Rua Adolfo Pires dos Reis, doada

à Junta de Freguesia por este benemérito

O património da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira (UFTOR) está avaliado em 3 milhões de euros, se bem percebemos e segundo foi anunciado na última Assembleia de Freguesia - a de sexta-feira passada, dia 19 de Junho de 2019.
O eleito António Horácio Tavares, do movimento independente Juntos e agora seu primeiro rosto - depois da auto-demissão de Fernando Ponto -, interveio neste ponto, comentando que «deviam estar indicado quais são os terrenos de Óis da Ribeira e quais os de Travassô», tendo Sérgio Neves, presidente da Junta, referido que «já estavam identificados e bem», ainda que, como disse, «alguns terrenos não estão registados». 
Quanto aos de Óis da Ribeira, sabemos que estão registados deste já finais do século XX, princípios do século XXI. Quanto aos de Travassô, nada sabemos.
Ricardo Almeida, eleito da lista do CDS + Independentes, precisou que o inventário está avaliado em 3 milhões de euros brutos mas que o valor líquido é de 600 mil.
Ficámos a saber o memso.
O regulamento já foi publicado no
Diário de República de 13 de Maio
de 2020 - antes da AFTOR. Os 
eleitos foram discutir o quê?

Regulamento discutido
depois de publicado
no Diário da República !

O regulamento dos cemitérios, taxas e licenças (e apoio ao associativismo, ver mais abaixo) foram votados simultâneamente mas nem se sabe para quê.
É que, qual milagre de Nossa Senhora de Fátima, o de taxas e licenças já foi publicado no Diário de República, II Série, nº. 93, página 212, de 13 de Maio deste ano de 2020, como se vê na imagem ao lado. E se pode ver AQUI, no próprio DdR.
Isto é, as senhoras e os senhores eleitos da Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira estiveram a fazer figura do que aqui não queremos dizer, por respeito, pois estiveram, inutilmente, a discutir e votar um documento já... oficial. Já publicado em DdR.
Foi um «faz-de-conta», sendo estranho que, na UFTOR e na AFTOR, se tenham estes procedimentos. Estranho, é pouco dizer-se, mas é o mínimo que se pode achar.
Os eleitos do Juntos e do CDS + Independentes lembraram que na última Assembleia foi dito que nesta, a de 19 de Junho de 2020, ainda podiam discutir e fazerem propostas, mas, afinal, tal, já não seria possível ou então isso «teria um custo de 300 euros», segundo informou o presidente de Junta.
Aqui, o d´Óis Por Três não entendeu, certamente por ignorância nossa, e repete-se: então publicaram o regulamento no Diário da República antes de ser aprovado pela Assembleia de Freguesia? 
Ah, o PSD tem maioria, pronto, faz-se assim.., pronto, as oposições inexistem, pronto, toca a andar!
O regulamento de apoio ao asso-
ciativismo já foi publicado no DR
de 20 de Abril de 2020. Os eleitos 
da AFTOR foram discutir o quê?

Cemitérios e
associativismo !

Sérgio Neves foi questionado por Carlos Vidal sobre a situação dos cemitérios e os 40 mil euros para a compra de um terreno para construir uma capela, que considerou «um valor exagerado». 
Sérgio Neves afirmou que o regulamento «não tem efeitos retroactivos» e que «o cemitério dos pobres é para terminar».
Sobre os 40 000 euros atribuídos ao terreno, seria um valor com o objectivo de «ninguém o comprar» - explicação assaz curiosa que deu, depois de procurar esquivar-se ao assunto. Quanto às sepulturas com 
Cemitério Velho
de Óis da Ribeira
mais de um alvará, disse Sérgio Neves que «não sabe como se irá fazer».
Carlos Vidal questionou, depois, a caução de empréstimo de viaturas, perguntando se acresce o valor de combustível, seguros e portagens, tendo Sérgio afirmado que será necessário um regulamento para as viaturas, ou seja o valor não era explícito mas iria ser aprovado.
O eleito do Juntos, sobre o regulamento do associativismo, disse que «não está claro» e que, por isso, «devia ser retirado da ordem do dia» e Ricardo Almeida, do CDS + Independentes afirmou que «não tiveram em conta» as suas propostas da Assembleia de 23 de Setembro e que «os regulamentos deviam ter ido para análise pública».
O curioso é que, vá lá saber-se porquê, o Regulamento de Apoio ao Associativismo da União das Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira também já foi publicado no Diário da República, 2º. Série, neste caso a no nº. 85, página 272 - ver AQUI
Então, mas se já foram publicados, para que raio estiveram as senhoras e os senhores eleitos da AFTOR a analisar o já publicado no jornal oficial da República Portuguesa!
Alguém explica isto?

Maioria fez valer
a sua... maioria !

O Regulamento dos Cemitérios foi aprovado por 10 votos a favor e duas abstenções, a tabela geral de taxas e licenças com 9 votos a favor, a abstenção de António Horácio Tavares e votos contra de Carlos Vidal e Ricardo Almeida.
O Regulamento dos Cemitérios foi aprovado por 10 votos a favor e duas abstenções, a tabela geral de taxas e licenças com 9 votos a favor, a abstenção de António Horácio Tavares e votos contra de Carlos Vidal e Ricardo Almeida.
Este eleito ainda apresentou uma proposta para isenção de taxas a desempregados, jovens até 33 anos e pessoas com mais de 65 anos, mas não foi aprovada pela Assembleia: 6 votos contra, os do PSD, e 3 a favor (dois do Juntos e um do CDS).
O presidente exaltou-se com a proposta e perguntou, irritado, se «estamos a brincar?», argumentando que que «não tinha fundamento e critérios justificados perante a lei». Ricardo Almeida contrapôs e argumentou que «o regulamento de apoio ao associativismo também não tem critérios fundamentados em lei e que o executivo o quis aprovar sem alterar».
O regulamento de Apoio ao Associativismo foi aprovado por 9 votos a favor, a abstenção do CDS e os 2 votos contra do Juntos.
A sede da Tuna / AFOR é
património da UFTOR

Intervenções «tunantes» e
exaltações presidenciais !

O período de intervenção do público teve momentos de ânimos exaltados, nomeadamente com as intervenções de Marisa Silva e Gabriela Reis, da direcção da Associação Filarmónica de Óis da Ribeira - a Tuna / AFOR.
As dirigentes manifestaram a sua «insatisfação com o apoio da Junta de Freguesias» e consideraram que o executivo de  Sérgio Neves «não teve em conta as sugestões das associações para a alteração do Regulamento de Apoio ao Associativismo».
Conceição Reis também interveio, referindo que os três pontos regulamentares «não deviam ter sido discutidos ao mesmo tempo (...), teriam de ser aprovados de forma individual», comentando até que «tudo iria ser aprovado porque têm maioria».
«Tudo vai ser aprovado porque têm maioria, mas deviam ter em conta as ideias da oposição», sublinhou a apoiante e candidata do Movimento Juntos.
O presidente Sérgio Neves, aparentemente acossado pela intervenção das dirigentes da Tuna / AFOR, referiu-se a Gabriela Reis e relacionou-a com o pai (o presidente da associação) e, porque é correspondente local do jornal «Região de Águeda, sugeriu (?), assim nos pareceu, que «devia repensar a sua posição no jornal».

Alterar notícias
sobre a UFTOR

A «escaramuça» continuou agitada e Sérgio Neves acusou Gabriela, afirmando de que «não escrevia o que a Junta fazia».
A visada respondeu e deu a entender que Sérgio Neves já teria «tentado alterar as notícias, antes da saída no jornal», o que ela terá recusado. A ser assim!..., que comentar!
A não participação da Tuna / AFOR em eventos da freguesia também foi abordada e o presidente Sérgio Neves, em tom acusatório, afirmando que «só querem dinheiro» e pediu um email para reunir com a direcção, retorquido por Gabriela Reis, perguntando-lhe se «outro?!», outro email..., e  explicou que manda emails e que «a Junta não responde».
A questão centrou-se no dia 6 de Maio de 2019, quando a Tuna tinha um serviços e não pôde  participar num evento da UFTOR. «Não houve flexibilidade do executivo para alterar datas», disse Gabriela Reis, que é secretária da Tuna / AFOR e filha do presidente António Manuel Reis.
(FIM)

5 comentários:

Anónimo disse...

Mas afinal os terrenos estão registados ou não?!

Alguém destes d'ois está a mentir!

Anónimo disse...

"Todo o burro come palha, a questão é saber dar-lha"

E a festa da pateira, paga pelo o eleito local com dinheiro do erário publico, custo exactamente 5.703,50 euros e a câmara municipal de Águeda contribui com 1.711,o5 euros, que são precisamente 30% do valor permitido por regulamento.

Está tudo registado, mas nesta terra de "burreirenses", toda a gente é capaz de comer algo de que, em princípio, não gosta, se for apresentado ou preparado de uma forma que lhe agrade.

Anónimo disse...

Geralmente aqueles que sabem pouco falam muito e aqueles que sabem muito falam pouco.

Os velhos que não acreditam em tudo já não estão na assembleia de freguesia, as pessoas de meia idade suspeitam de tudo não aparecem e os jovens que estão na assembleia pensam que sabem tudo.

E os nossos amigos da outra parte da desunião poderão não saber muitas coisas, mas sabem sempre o que fariam no nosso lugar e já o fizeram!

Anónimo disse...

Os nossos antepassados diziam e com alguma razão que, "Não se põe bezerro a puxar carro de bois".

Anónimo disse...

Feliz aquela que transfere o que sabe e aprende o que ensina.

Infeliz aquela doutora presidente, que não sabe contar e repreende as mais novas pelas contas.