domingo, agosto 21, 2022

* Memórias d´Ois dos dias 21 de Agosto: ! O nascimento do benemérito Jacinto Bernardo Henriques (1894)! A morte do alferes de milicias António Soares (1860)! Passaporte brasileiro para Alfredo Lameirinhas (1919)! Parque de campismo da ARCOR nos Adouros (1990)! Desagregar ou não desagregar freguesia.., OdR contra (2014)!! A Rua dos Aidos (2021)!1


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A capela onde está sepultado
Jacinto Bernardo Henriques


1 -  ANO 1894: O BEMENÉRITO JACINTO BERNARDO HENRIQUES: O óisdaribeirense Jacinto Bernardo Henriques, benemérito da freguesia, nasceu a 21 de Agosto de 1894, há 128 anos.
O reconhecimento da freguesia, atribuindo o seu nome ao Largo do Cruzeiro, agora Largo do Centro Social, deveu-se a ter ajudado a construção do fontenário instalado no largo e abastecido a partir da mina que captava água na Rua dos Aidos, o mesmo que agora está na Rua da Ponte - rebaptizada com o seu nome, na Assembleia de Freguesia de 18 de Dezembro de 2007, com 4 votos a favor e três contra.
Jacinto Bernardo Henriques era filho de Ana Rosa de Almeida, lavradora e solteira, neto de Jacinto Bernardo Henriques (o mesmo nome) e de Joaquina Rosa de Almeida. Descendentes actuais são, entre muitos outros, os herdeiros de Luís Henriques de Almeida, seu filho, e dos netos Cristalina, Arménia, Jesuína, Alice, Alberto e as gémeas Alice e Encarnação, Clotilde, Casimira e Laudelino, já todos falecidos.
- NOTA: Desconhecemos a data da sua morte, mas o seu corpo está em jazigo do Cemitério Velho (ver a imagem).

2 - ANO 1860: MORTE DE ANTÓNIO PIRES SOARES, ANTIGO  ALFERES DE MILÍCIAS: O óisdaribeirense António Pires Soares, antigo alferes de milícias, faleceu a 21 de Agosto de 1860. Há 162 anos.
Oriundo da Família Calvo, era filho de José Pires Calvo e Ana Maria Soares, tinha prestado serviço no então já extinto Regimento de Milícias de Aveiro- regimento que era, como outros da organização militar, uma segunda linha efetiva do exército, para a qual entravam as classes privilegiadas das províncias, que aceitavam um aumento dos impostos, mas ganhavam o privilégio de não serem recrutadas para as tropas de linha. Isto é: não eram mobilizados para combates, em situação de guerra.
- NOTA: O alferes António Pires Soares faleceu aos 64 anos, viúvo de Caetana Emília da Maia e deixando 6 filhos.


3 - ANO 1919: O PASSAPORTE DE 
ALFREDO LAMEIRINHAS PARA O BRASIL: O Governo Civil de Aveiro emitiu, a 21 de Agosto de 1929, há 93 anos, passaporte para Alfredo Rodrigues Lameirinhas.
Solteiro e de 19 anos, já proprietário (assim está identificado no registo do passaporte), era filho de Alfredo Rodrigues Lameirinhas Júnior e de Rosa Correia de Jesus. Media 1,55 metros de altura, de cabelos, olhos e sobrolhos castanhos, nariz e boca regulares e sem sinais particulares evidentes.
- NOTA: Partiu para a cidade de Santos, no Estado brasileiro de S. Paulo, e dele nada mais sabemos. Nem a que família pertencia em Óis da Ribeira, sendo nesta vila desconhecido o apelido Lameirinhas.
Os Adouros, no limite com Espinhel

4 ANO 1991 anos!
4 - ANO 1990: PARQUE DE CAMPISMO
DA ARCOR NOS ADOUROS: A direção da ARCOR reuniu a 21 de Agosto de 1990 para analisar e decidir sobre a localização do parque de campismo - que era uma grande aposta do presidente Sesnando Alves dos Reis.
As alternativas eram três: o baldio dos Adouros, o Palhal do Ritos e o terreno da Costa (na Rua da Pateira), que actualmente é dos herdeiros de Eugénio Framegas Pinheiro de Almeida, óisdaribeirense já falecido, que morou
em Viana do Castelo, e é espaço de uma exploração agrícola do irmão Arménio. O Palhal do Ritos, é terreno público, mais ou menos onde está o pontão do parque da pateira. O baldio dos Adouros (ver imagem) fica no limite com Espinhel, junto à pateira, e continua baldio. 
A ideia do parque de campismo, que entusiasticamente há 32 anos tanto mobilizou  a ARCOR, não se concretizou.
A Junta de Freguesia deu luz verde à utilização do espaço como parque de campismo e era presidida por Manuel Soares, com o secretário Fernando Pires e o (entretanto já falecido) secretário Hernâni Framegas dos Reis.
- NOTA: A direção da ARCOR era presidida por Sesnando Reis, com o secretário Hercílio Almeida (já falecido), o tesoureiro Manuel Duarte Almeida (Capitão) e os vogais Paulo Rogério Framegas e o também já falecido Manuel Gomes da Conceição (Russo, o Passarito).
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O povo de Óis da Ribeira manifestou-se contra a agregação, a 28 de Julho de 2012.
Mas os seus políticos de então fizeram orelhas moucas à vontade popular...

5 - ANO 2014: DESAGREGAR OU
 NÃO DESAGREGAR FREGUESIAS?: O país oisdaribeirense acordou esta manhã com a notícia sobre uma proposta de lei do Governo que pretende criar um novo mapa de freguesias, com efeitos práticos já nas eleições autárquicas de 2021.
Dito de outra maneira, uma lei que abrirá uma porta para a separação de Travassô e Ois da Ribeira.
Já por volta da 1 horas da manhã, o d´Óis Por Três fora despertado para a proposta do Ministério da Administração Interna, pela leitura das capas dos jornais nos programas televisivos. Faltava conhecer o pormenor.
E o pormenor, lida a imprensa desta manhã, digamos que é muito vago. Mesmo muito, muitíssimo vago. Digamos que foi um mensagem governamental para apalpar terreno.
Para já, e mesmo que tal promessa vá por diante, o diploma que a imprensa de hoje noticia não garante a desagregação automática.
Dará essa possibilidades aos autarcas locais, baseando-se numa lei que ainda não se conhece - nem, naturalmente, se quer se sabe se será aprovada.
Isto é: nada se sabe, a não ser que, eventualmente, este putativo boato lançado aos 4 ventos, não passa, por enquanto, de...nada.

Vão votar os mesmos
que votaram a união?


A ver bem, tudo isto cheira a estultícia, a joga-
da eleitoral dos autores da suposta proposta.
A mais uma habilidade dos artistas da política, para, na sua esganada fome de votos, mais uma vez enganarem o povo.
Cheira a mais uma ilusão!
Quais serão os critérios do tal diploma?
Sabe-se já que o alegado e eventual diploma não reverte directamente a fusão imposta em 2013, mas a porá, provavelmente, nas mãos dos autarcas.
A decisão de desagregar será dos... autarcas.
Mas em que termos?
E que autarcas?
Os mesmos que, no caso de Óis da Ribeira, se associaram à agregação, cantando e rindo como se fossem para uma romaria?
E que votaram a favor de União?
Ou os que, eleitos há menos de um ano, são protagonistas assumidos das maiores das vergonhas da política local de todos os tempos?
- NOTA de 2014: O d´Óis Por Três afirma-se colectivamente adepto da desagregação, sempre foi (e será) contra a agregação, mas confessa-se pouco confiante na movimentação dos seus eleitos para que Óis da Ribeira recupere o anterior estatuto: o de freguesia só!
- NOTA 2: Aos dias de hoje, repetimos o dito há 8 anos. E com mais razões.



A Rua dos Aidos vai da António Bernardino à Benjamim Soares de Freitas

 
A Rua dos Aidos. Hoje!

A Rua dos Aidos,
em Junho de 2020
6 - ANO 2021: A RUA DOS AIDOS SEM ALCATRÃO: A Rua dos Aidos foi alargada no tempo da governança da Junta de Freguesia de Óis da Ribeira, a do presidente Fernando Tavares Pires.
Antes, pois, da (des)União de Freguesias de TravassÓis. Há para aí uns 10/12 anos.
Pouco depois e ainda na gestão de Fernando Tavares Pires, o asfaltamento chegou a estar em plano de actividades, mas não se concretizou - sem tempo útil para que tal acontecesse.
A partir daí, a rua entrou em zona de sombra, esquecida, abandonada.
A política, entretanto, «fez das suas» e fez com que as freguesias de Óis da Ribeira e Travassô, em 2013,  constituíssem uma forçada (des)União. Já lá vão 8 anos!
- NOTA A rua, entretanto, foi intervencionada pela rede de saneamento, em 2019, mas, quanto a asfaltamento, só foi recuperada a parte da vala que foi aberta - já em Junho de 2020.  E, a brincar a brincar, já lá vão 26 meses! Está tal e qual!




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