sábado, agosto 13, 2022

* Memórias d´Ós dos dias 13 de Agosto: A isenção do foro à Casa de Bragança (1832)! Inventário de Menores (1978)! O alargamento da Rua do Viveiro e Viela do Canto (1944)! Técnicos da Câmara definiram entradas na ARCOR (2004)! A deputada Carla Tavares (2013)! A (não) delegação de competências da CâmaraNa Junta de Freguesia (2019)! C artaz do CDS + Independentes em Óis da Ribeira (2021)!


A Ponte da Rata no Século XIX


1 - ANO 1832: ISENÇÃO DE FORO
À CASA DE BRAGANÇA:  Os cidadãos óisdaribeirenses ficaram isentos de pagamento do foro devido à Casa de Bragança por decreto-lei de 13 de Agosto de 1832, há exactamente 190 anos.
O feudal imposto era suportado pelos agricultores desde a atribuição do foral, a 2 de Junho de 1516, há 505 anos... -, o que, na prática, era lesivo dos seus interesses e da pobre economia local. 
A Casa de Bragança
O Boletim Municipal de Aveiro, no nº. 3 do seu Ano II, em artigo de Venâncio Dias de Figueiredo Vieira (que citamos do blogue de Luís Neves), lembra que a Casa de Bragança não se deu por vencida e intentou contra os povos do Almoxarifado de Eixo (do qual também fazia parte Óis da Ribeira), em 1851, uma acção a reclamar os foros, rações e laudémios - que não eram mais que uma espécie de imposto sobre a venda de propriedades. E desde 1833.
Aparecerem avisos nas várias povoações do almoxarifado (e outras que tinham sido da Casa de Bragança, convidando os foreiros a pagarem voluntariamente as prestações em dívida.
- NOTA: A questão evoluiu favoravelmente e sabe-se que a 4 de Dezembro de 1864, «centenas de pessoas de Eixo, Oliveirinha, Requeixo, Fermentelos, Alquerubim, Óis da Ribeira e Espinhel reuniram-se no sítio da Ponte da Rata, em Eirol, para combinarem os meios de defesa comum na causa que opunha esses povos à Sereníssima Casa de Bragança, em questões de tributos, rendas e foros».
E mais não sabemos, com o rigor suficiente para mais adiantar.
O DG nº. 186/1878

2 - ANO 1878: INVENTÁRIO DE 
MENORES E CITAÇÃO DE 
CREDORES: O Diário do Governo nº. 186, de 22 de Agosto de 1878, publicou o edital do Tribunal de Águeda, datado de 13 do mesmo mês - hoje se passam 144 anos!... -, citando citando Venâncio Ferreira de Carvalho e credores e legatários desconhecidos pelo óbito de Cândida Tavares de Melo, de Óis da Ribeira.
Cândida era viúva de Francisco Ferreira de Carvalho, que era natural de Fontes, freguesia de Alquerubim, concelho de Albergaria-a-Velha, tinha 65 anos e era filha do lavrador Joaquim Tavares de Melo e de Maria Dias, ambos naturais e residentes em Óis da Ribeira.
- NOTA: Cândida Tavares de Melo faleceu a 29 de Julho de 1878, sem deixar testamento.



3 - ANO 1944: ALARGAMENTO DA RUA 
DO VIVEIRO E DA VALETA E MURO 
DA VIELA DO CANTO: A Junta de Freguesia de Óis da Ribeira, reunida a 13 de Agosto de 1944, há 78 anos, deliberou aprovar o alargamento da então Carreira do Rio e da Viela do Canto.
A primeira, depois chamada Rua do Viveiro e mais tarde Adolfo Pires dos Reis, implicou a demolição das casas que eram de António Agostinho Pires Soares e de Ana de Carvalho, tendo as terras sido adquiridas por Miguel Marcos dos Reis, por 101$00. 
A mesma reunião do executivo presidido por Benjamim Soares de Freitas acordou a necessidade de endireitar a valeta e fazer um pequeno muro para formar as terras entre a casa de Manuel Soares dos Santos (Lopes), que era o tesoureiro da Junta, com a de José da Conceição Rino - a agora Pastelaria Pau de Canela.
- NOTA: A casa verde, uma das então construídas e que se vê a imagem, foi demolida em 2021 pelos herdeiros (netos) de Miguel e filhos de Amílcar.
Entradas principal, a vermelho,
e do parque, a amarelo


4 - ANO 2004: TÉCNICOS DA 
CÂMARA MUNICIPAL NO CENTRO
SOCIAL  DA ARCOR: A construção do Centro Social da ARCOR foi motivo de mais uma reunião de trabalho, a 13 de Agosto de 2004, para analisar e tomar decisões sobre os arranjos exteriores.
Os trabalhos de há exactamente 18 anos foram participados pelo arquitecto Domingos Camarinha e pelo engenheiro Jorge Aleixo, técnicos da Câmara Municipal de Águeda, pelo engenheiro Filipe Maqueta (da Construções Marvoense., a empresa construtora) e pelo presidente da ARCOR, Celestino Viegas, estando essencialmente em discussão o acesso ao centro social, a partir da hoje existente rotunda - que não existia, ao tempo.
As diferenças do opinião continuaram nas reuniões dos dias 18, 20 e 27 de Agosto desse ano, acordando-se na forma que hoje se conhece: duas entradas. A principal e a do parque de estacionamento, junto à casa dos herdeiros de José Rodrigues.
- NOTA: O arquitecto  Domingos Camarinha e o engenheiro Jorge Aleixo já faleceram. RIP!!!
Carla Tavares

5 - ANO 2013: CARLA TAVARES EM
3º. LUGARNA LISTA DO PS NA
ASSEMBLEIA MUNICIPAL
: A ribeirense Carla Tavares, há 4 anos, arrojou-se a ser presidente da Junta de Freguesia de Óis da Ribeira, liderando a lista do PS. Não foi eleita, ficando na Assembleia de Freguesia, na oposição. E na Assembleia Municipal de Águeda, no secretariado da Mesa.
Agora, o PS apresenta-a como nº. 3 da Lista para a Assembleia Municipal de Águeda - a primeira mulher socialista, depois do líder Francisco Vitorino e de José Marques Vidal. Ora toma!
- NOTA: Carla Tavares foi deputada nacional na XIII legislatura e é presidnete da Comissão para a Igualdade no Trabalho e Emprego (CITE)
A sede, em Óis da Ribeira, da União de Freguesias
de Travassô e Óis da Ribeira - a UFTOR


- ANO 2019: A (NÃO) DSELEGAÇÃO
DE COMPETÊNCIAS DA CÂMARA 
NA JUNTA: O presidente da Câmara Municipal de Águeda, o enfermeiro Jorge Almeida, a solicitação do d´Óis Por Três e sobre os contratos celebrados com 6 Juntas de Freguesia e não com a de Travassô e Óis da Ribeira, disse que «nenhuma Junta foi excluída de absolutamente nada».
Por exclusão de partes, conclui-se que a UFTOR não solicitou nenhuma delegação de competências, como adiante se verá. 

Junta pediu apoio
para um pavilhão
Jorge Almeida

O d´Óis Por Três solicitou ao presidente Jorge de Almeida que indicasse «a razão por que a UFTOR foi excluída dos últimos contratos administrativos assinados pela Câmara que preside com 6 outras autarquias».
Foi esta a pergunta.
O presidente da Câmara Municipal respondeu e disse que «os contratos celebrados entre o Município e seis freguesias do concelho inserem-se num conjunto de apoios que todos os anos são celebrados com todas as Juntas».
«Estes contratos referem-se a solicitações das Juntas, que, sendo competência municipal, lhe é delegada a competência e os meios financeiros», disse Jorge Almeida, precisando que «outras Juntas solicitaram obras da sua competência, como é exemplo o apoio à construção de um pavilhão solicitado pela UFTOR».
«Trata-se de um apoio e não de uma competência delegada, onde não há lugar a celebração formal de contrato»
, frisou o presidente da Câmara Municipal de Águeda, precisando também, e a concluir, que «importa que fique claro que nenhuma Junta foi excluída absolutamente de nada».
- NOTA: Os dois presidentes, como hoje se sabe, integram a mesma coligação política, liderada pelo presidente da Câmara Municipal, que era e é do Juntos. Sérgio Neves era do PSD e agora do PSD no Juntos.

 

O cartaz do CDS + Independentes no largo da Fonte do Cruzeiro

Ana Fragoso

- ANO 2021: CDS + INDEPENDENTES
COM CARTAZ EM ÓIS DA RIBEIRAO CDS + Independentes já afixou o seu cartaz de promoção eleitoral em Óis da Ribeira, virado para a aposta autárquica local de 26 de Setembro de 2021. No largo da fonte, ou Rua Jacinto Bernardo  Henriques - como modernamente lhe chamam.
A lista, recordemos, é liderada pelo enfermeiro Ricardo Almeida, que repete a candidatura das intercalares de 14 de Fevereiro de 2017 e inclui os óisdaribeirenses Mariana Pinheiro, Gabriela Reis e Aurélio Reis, Ana Sofia Fragoso e Jorge Élio Framegas dos Reis. 
E, já agora e pelo que é conhecido, a curiosidade de, de Travassô, a lista incluir Carlos Vidal, Celestino Matos Laranjeira e Marta Morais, os 3 ex-candidatos do Juntos.
Os 15 primeiros candidatos conhecidos do CDS + Independentes da União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira são os seguintes: 
1 - Ricardo Alexandre Rebelo de Almeida, 37 anos e enfermeiro, de Travassô, foi candidato nas eleições intercalares de 2019 e é eleito da actual Assembleia de Freguesia.
2 - Mariana Soraia dos Reis Pinheiro, de 27 anos e nutricionista, debutante da política, de Óis da Ribeira.
3 - Carlos Emanuel Silva Vidal, de 22 anos, electricista e de Travassô. É membro da actual Assembleia d
e Freguesia, eleito pelo Movimento Juntos.
4 - José Abílio de Oliveira Morais, de 59 anos, aposentado da GNR e de Travassô. Foi candidato nº. 2 do CDS + Independentes nas eleições intercalares de 2019.
5 - Gabriela Catarina Ferreira Reis, de 24 anos e estudante, debutante da política e de Óis da Ribeira.
6 - Pedro Fernandes dos Santos, de 48 anos e profissional gráfico, de Cabanões. Foi candidato do PS nas eleições de 2009 (20º. lugar em Travassô), 2017 e 2019 (3º.), na UFTOR.
Aurélio Reis

Jorge Élio Reis
7 - Aurélio Matos dos Reis, de 59 anos e ferramenteiro, de Óis da Ribeira. Tio de Mariana Pinheiro e Jorge Élio Reis.
8 - Rita Laranjeira Martins, 39 anos e contabilista, de Travassô. Candidata do Juntos em 2017 e 2019. Filha de Mário Martins, presidente da Junta de Travassô pelo CDS e PS e da UFTOR (em 2013); candidata do Juntos em 2017 e 2019.
9 - Celestino de Matos Laranjeira, inspetor tributário aposentado, de 73 anos e de Travassô. Foi candidato PSD em 2009 (5º.) e do Juntos em 2019.
10 -Ana Sofia Vieira Fragoso, de 44 anos e desenhadora/orçamentista, de Óis da Ribeira. Foi a nº. 3 da lista do CDS + Independentes em 2019.
11 - Marta Lúcia de Castro Morais, professora, de 40 anos e de Travassô. Foi eleita do PS em 2013 e nº. 3 do Juntos em 2017 e 2019.
12 - Eduardo Manuel Pereira Simões, de 55 anos e pedreiro, de Travassô. Foi candidato do CDS + Independentes em 2019.
13 - Jorge Élio Framegas dos Reis, de 33 anos, músico e metalúrgico, debutante da política, de Óis da Ribeira e sobrinho de Aurélio Reis.
14 -
 Ana Cláudia Pinheiro de Almeida, de 39 anos e educadora de infância, de Travassô.
15 - Marisa Ferreira da Silva, de 40 anos e operária fabril, de Travassô.
- NOTA: O CDS + Independentes viria a eleger Ricardo Almeida para a Assembleia de Freguesia da UFTOR.

1 comentário:

Anónimo disse...

É mais fácil refutar erros que descobrir verdades...

Quanto mais sublimes forem as verdades mais prudência exige o seu uso, senão, de um dia para o outro, transformam-se em verdades comuns e as pessoas nunca mais acreditam nelas.