sábado, novembro 02, 2019

Má notícia: Rede Local de Intervenção Social «fechou portas»...

A Rede Local de Intervenção Social (RLIS) «fechou portas...»
Iola Antunes, a
coordenadora do RLIS


A Rede Local de Intervenção Social (RLIS), projecto que desde 2016 era desenvolvido pela Santa Casa da Misericórdia de Águeda e a Junta de Freguesia de Travassô e Óis da Ribeira terminou a 23 de Outubro de 2019.
O projecto desenvolvia «um trabalho local de extrema proximidade e intervenção junto de famílias e cidadãos com alguma necessidade de apoio social» e, diz Sérgio Neves, presidente da Junta de Freguesia da UFTOR, «foi agora terminado por ordem do Governo que, de forma inesperada e inexplicável, acaba com este apoio local de grande importância».
A Junta de Freguesia da UFTOR, na sua página oficial de facebook, manifestou «agradecimento público aos técnicos e directores da Santa Casa de Águeda e RLIS que, ao longo destes anos, semanalmente, intervieram na Freguesia com centenas de atendimentos e dezenas de intervenções».
A Junta de Freguesia, concluiu o autarca, «continuará a acompanhar qualquer caso de necessidade social» e precisa que relativamente a qualquer dúvida ou «situação em que seja necessária ajuda» devem os interessados «dirigir-se à secretaria de Junta, aberta diariamente».
- Nota: Dados e imagem da página oficial de facebook da UFTOR, AQUI
O SAAS nas Juntas 
de Freguesia

A Rede Local de 
Intervenção Social

A Rede Local de Intervenção Social (RLIS) foi criada por decreto publicado no Diário da República de 24 de Setembro de 2013, com vista a ser «um apoio técnico para um acompanhamento efectivo das famílias em situação de vulnerabilidade e exclusão social, bem como de emergência social».
O objectivo era «criar um modelo de organização, de intervenção articulada e integrada, entre entidades do sector público e privado com responsabilidades no desenvolvimento da acção social?. Pretendia-se, assim e ainda segundo o mesmo decreto-lei, «promover a inserção social e comunitária, contratualizar para a inserção, bem como personalizar, seleccionar e flexibilizar os apoios sociais».
A santa casa da Misericórdia de Águeda, sempre atenta às necessidades da população do concelho,  decidiu desenvolver este projecto, cujo protocolo foi assinado com o Instituto da Segurança Social, a 20 de Julho de 2016.
Julieta Clemente e Márcia Pinto

Equipa do RLIS
com 5 técnicas

As pessoas e famílias do concelho de Águeda em risco ou em situação de vulnerabilidade e exclusão social 
M. Baptista e Marg. Gonçalves
podiam, assim, aceder ao Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS) mais próximo da sua área de residência, onde eram definidos os recursos adequados a cada caso.
Este serviço Atendimento e Acompanhamento Social mobilizava 5 técnicas: a coordenadora Iola Antunes (foto em cima), as técnicas de serviço social Julieta Clemente e Maria Baptista e as psicólogas Márcia Pinto e Margarida Gonçalves.
Os vários SAAS têm como objectivos principais:
1 - Informar, aconselhar e encaminhar para respostas, serviços ou prestações sociais adequadas a cada situação;
2- Apoiar em situações de vulnerabilidade social.
3 - Prevenir situações de pobreza e de exclusão sociais;
4 - Assegurar o acompanhamento social e o percurso de inserção social;
5 - Mobilizar os recursos da comunidade adequados à progressiva autonomia pessoal, social e profissional.
Objectivos que «faleceram» a 23 de Outubro de 2019.

As diferenças na
vida das famílias

As técnicas do RLIS de Águeda comentaram «a chegada ao fim do projecto, prevista para o próximo dia 23 de Outubro de 2019». 
«Agradecemos a todas as pessoas, entidades, empresas e Instituições que connosco colaboraram nestes 36 meses e que contribuíram para que a RLIS fosse um sucesso no concelho de Águeda», referiu a equipa coordenada por Iola Antunes, com «um agradecimento especial à Santa Casa da Misericórdia de Águeda, que acreditou neste projecto desde o início e esteve sempre ao nosso lado, em prol daqueles que mais precisam».
«Podemos afirmar que, juntos, construímos a mudança e fizemos certamente a diferença na vida das muitas famílias que recorreram ao nosso serviço», concluíram as 5 técnicas do RLIS.

1 comentário:

Anónimo disse...

Isto acabou no país inteiro por ordem do governo.. Vergonha terem acabado com este apoio